Três por dez

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Marquei com a ponta da faca 

Uma marca e que da boca fugiu farpas

Louca, cheia de traças e trapaças 

Escrevi sobre a pedra uma reta 

Nela teu nome como uma maldição 

Rasgou a faca meu pobre coração 

E dele júbilos de alvo perdão


Eu Já me perdi dentro de mim

Um labirinto cheio de fezes e sem fim 

Um sangue cor de vinho 

A carne costurada com agulha e fio de linho

De dentro pra fora comecei a brotar 

Feito uma flor de cor do Pará

Pétalas quentes como o inferno 

Queimava e ardia sem parar 


Eu já nadei nas nuvens do azul 

Mergulhei fundo na tua boca, totalmente nu 

Tu me engoliu inteiro, nem mastigou 

E pelo fim da noite inteiro também me regurgitou 

Parei perto de uma placa vermelha chamada "pare" 

Olhei fundo fundo, respirei em silêncio

Quis morrer, pobre viado efêmero 

E assim morreu, pedra na cabeça 

Tiro de 38 no meio do cu 

No outro dia talvez todo mundo esqueça 

Quem morreu, quem foi eu 

E saiba quem foi tu. 

A Libertinagem Da Bicha Nortista Onde histórias criam vida. Descubra agora