Poemas duros - II

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Me degusta com o seu paladar canibal 
Seus gostos por sangue cru 
De mim correm lágrimas de sabor sensacional 
Espetacular sensação carnívora por gozo
Tu és meu predador, me prende nos lençóis 
Da cama dura, feito os teus ossos 
Sou seguro de meus movimentos 
E de tua boca correm ventos
Meu toque é feroz, fera mortífera 

Te olho pelos óculos, lentes cor de céu 
A cama treme, derrubamos o concreto
As flores florescem ao som de nossas vozes 
Que ecoam em variações de tom
Toma teu tapa na cara, desgraçado

Toma meu lado mais escuro
Engole de uma vez meu amor 
Bebe tudo, gota por gota do meu prazer 
Lambe os lábios, maldito
Retorce a minha carne nua, tua 
Tenha paciência em me invadir 
Pois eu ficarei bem aqui
Debruça teu corpo sobre o meu 
Fode-me com a alma, fode-me tragicamente 
Eu te odeio, e o ódio carbiniza
Florescem as flores, no nosso cu
O maior jardim que o mundo já viu. 

A Libertinagem Da Bicha Nortista Onde histórias criam vida. Descubra agora