Estava sentado no ônibus, sentindo o sol da manhã no rosto
Tentando vivenciar alguma sensação que não fosse o vazio e o drama
Minha visão caiu em um enorme espelho que trucidou minha mente
Lá estava eu, refletido, exposto
Era como se eu estivesse nu
Me senti feio, o mais feio dos seres humanos
Tudo em mim parecia perturbadoramente horrível
Levei meu rosto ao casaco e chorei lágrimas já íntimas
Elas sabiam o porquê de estarem saindo de meu corpo
Eu ainda não me amo
Talvez eu me ame, mas talvez eu não queira ser eu
Sinto que depois que me senti melhor comigo mesmo, me pus contra a parede a estar sempre em completo amor próprio
Querido, não será assim. Nunca.
O ato de se amar é revolucionário, o ato de entender que nada nisso é estável é revolução.
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A Libertinagem Da Bicha Nortista
PoetryPoemas que eu escrevo porque não sei lidar com o caos de existir e sentir. Em três vãos sentimentais: silêncio, Libertinagem e Fúria. Sobre meus encontros, desencontros, paixões. Sobre dias bons e ruins. Um diário poético de uma vida poética. A L...