Me mordeu
Me fudeu
Bem devagar
E no teu embalo eu ia indo
Cada centímetro pelo quarto
Quarto escuro
Escuro como os teus olhos
Convidativos a te provar
Como o melhor veneno
Que ja tomei
Descendo pela garganta
Queimando por dentro
Tu és vidro estilhaçado em minha alma
Cortando em redemuinhos
Me mordeu
Me lambeu
Deixou tua marca em mim
Te marcou com meu sangue
Sangue quente de adolescente
Aquele que quer um gozo todo dia
Você me pegou como seu brinquedo
Sorrateiro avançou
Me deixou de quatro
Me fez gemer
Me ajoelhou
Me fez beber
Teus líquidos em minha boca
Tua boca em minha bunda
Como em uma canção
Como em uma canção
Essa frase repete duas vezes
Roça essa barba em mim
Cospe e depois vai
Voce me mordeu
Deixou "Flazéda"
Algo que nem sei explicar
Brincou com meu corpo
Me fez gamar
Como esse chiclete de menta
Que voce me deu
Eu te dei
Continuo te dando
Quero te morder
Me morde
Me fode
Me fode forte
Voce me da sorte
Quase uma faisca da morte
Da morte
Me morde
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A Libertinagem Da Bicha Nortista
PoetryPoemas que eu escrevo porque não sei lidar com o caos de existir e sentir. Em três vãos sentimentais: silêncio, Libertinagem e Fúria. Sobre meus encontros, desencontros, paixões. Sobre dias bons e ruins. Um diário poético de uma vida poética. A L...