Um dia vou ter janelões escancarados para a frente do sol
Bem limpas e transparentes
E então quando o sol surgir no céu
Ele vai incendiar meus lençóis brancos
De uma cor de ouro, derretido
Líquido sobre meu corpo nu
E meus pelos eretos ficarão
Meus pés em rapidez sairão em disparada
Minhas mãos sedentas pelo vento do amanhecer
Está aberto! Agora sim, sinto tudo me tocar
Sinto o mundo me tocar
Sinto o barulho da imensidão do universo me tocar
Pois sou piano de calda longa
De vidro por dentro quebrado
Mas por fora intacto
Como pedra milenar esculpida pelo sol e pela chuva
E então meu corpo escorre até o chão frio da madrugada
Colo célula por célula na lajota branca
Sinto as sensações correrem por meu mapa
Meu bom dia em melhor sintonia
O silêncio é meu companheiro
Mas o mundo parece gritar lá fora
Estou sozinho comigo mesmo
Nesse amanhecer do loucos
Nesse amanhecer dos estranhos
Nesse amanhecer dos poetas
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Libertinagem Da Bicha Nortista
ПоэзияPoemas que eu escrevo porque não sei lidar com o caos de existir e sentir. Em três vãos sentimentais: silêncio, Libertinagem e Fúria. Sobre meus encontros, desencontros, paixões. Sobre dias bons e ruins. Um diário poético de uma vida poética. A L...