Dois fodidos coitados em um pseudo poema

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Queria eu dormir para parar de pensar
Mas parar de pensar já é um pensamento
Então percebo que sou todo eu um Grande pensamento desordenado
Então quero agora parar de ser poeta
E de ser trambolho que sente tudo e escreve tudo
Ou talvez eu sinta nada e por isso escreva tudo
Para compensar a falta de sentir e de agir
Sou fraco feito uma faca cega, cortando sem ver a quem
Eu só queria ser comum como um bêbado qualquer que talvez nunca tenha sentido o gosto da sobriedade
Me sinto possuído pelo espírito de C.L
Não parece eu escrevendo e isso me corrói
Vomito cada palavra com grande arder
Porquê cada uma que escapa é como uma bala que arranco de dentro do peito
Pelos meus amores roubados e saturados
Tu és ferida aberta, desgraçado do sorriso cristalino e dos olhos de Rio Tapajós
Tu és a minha perda mais bonita
Tu és um fodido coitado, ou talvez eu seja o fodido coitado
Não sei mais, só quero dormir
Talvez morrer durante um sonho
Onde nossos lábios se tocam
E como já disse
Quando isso acontecer
O céu e o inferno entrarão em combustão espontânea

A Libertinagem Da Bicha Nortista Onde histórias criam vida. Descubra agora