Burro !

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Os carros escorregam pela pista pavimentada
Assim como as lágrimas pelo meu rosto oleoso
Pelo calor de se habitar o norte do universo
Onde o sol das oito que é o das sete já se parece com o de uma hora
Onde se derrete puro ouro cor do próprio sol
O asfalto vira um chiclete, minha pele borracha
Minha alma gritante, calada
Pinga gotas de acidez cor de ácido sulfúrico
E a cada segundo, o segundo que passou me custou uma bala perdida
Que de peito aberto as recebo
Como convidadas que sei que nunca irão embora
Ei de me provocar sangramentos, lágrimas cor púrpura e júbilo agridoce
Devo desistir, devo me separar de meu lirismo exacerbado
Que inclusive, só ontem descobri seu significado
Vocês já viram falar de poetas burros?
Me apreisenento apara tu. Burrice em carnes, ossos e DNA

A Libertinagem Da Bicha Nortista Onde histórias criam vida. Descubra agora