De óculos escuros, escondo as lágrimas

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Uma tristeza maldita me toma o corpo 

E eu não digo não

Quero gritar para o mundo todo me ouvir 

Quero me jogar dos prédios um por um só pelo sabor de saber que morrerei 

Esse mel escapa da minha boca pelos lábios cor pecado

De mim pinga desonra e de meus olhos escapam escuridão afoita e cortante 

Sinto a sombra da mortífera decepção de meu pai me acompanhar 

Sua tristeza e raiva pelo o que eu sou, cria tristeza e raiva do mundo sobre mim

Mas diferentemente em mim, cria-se a felicidade que reverberar por todos os cantos 

Pois sei que sou luz afiada como faca de mil gumes prontas para cauterizar as feridas sobre pele e sobre a alma 

Estou vomitando meus dentes, a podridão escapa da boca como um vulcão de luz celestial 

Do jeito que as escrituras grafaram, anjos cuspindo luz 

O menino que começou este poema, não é o mesmo que terminou 

Nem de perto, Nem de longe

Nem por dentro. 

A Libertinagem Da Bicha Nortista Onde histórias criam vida. Descubra agora