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Eu peguei dois fuzis, um eu pendurei e outro na minha mão, uma 38 na cintura, peguei munição e saí pra luta. Hoje é dia de baile, era óbvio que esse vermes iriam invadir, tudo pau no cu. Assim que eu sai da salinha já ouvi os barulhos fortes de tiro, tava dando muito tiro. Vieram uns 10 pra perto de mim e eu fui começar a descer o morro, eu não ia me afastar tanto da boca, porque pelo visto o bagulho tava sério, mas eu queria aproveitar, matar um pouco hoje. Fazia um tempinho que não subia polícia no morro, quer dizer, subir até sobe, mas aqueles que estão afim de ganhar dinheiro me vendendo parceria.
Eu tinha uns contatos na polícia, mas só usava em casa de emergência.
Eu fui descendo e em um beco saíram dois polícias mandando tiro, eu mandei tiro também, por pouco um não pegou na minha perna, chegou até passar de raspão no tecido e deixou um vermelhinho na coxa, mas nada de alarmante. O que importava é que os dois estavam no chão.

— Mexe neles, vê se tem arma, dinheiro, essas coisas e recolhe — eu disse pra um soldado
Enquanto ele tava fazendo isso, eu fui pro beco e fui na frente, quando eu tava virando fui surpreendido com um tiro, no braço, eu rapidamente recolhi:
— FILHO DA PUTA! — apareci e mandei tiro na direção do verme
Ele se escondeu e logo em seguida eu me escondi também.

— Chefe, volta pra boca que a gente cuida desse verme
— Relaxa que foi só um no braço, não vai me fazer cair não e eu quero matar esse filho da puta.
Eu ouvi passos, eu sabia que era o infeliz, de súbito apareci atirando, ele atirou também e pegou na altura do meu estômago, ele já tava caído. Eu senti o impacto da bala, mas por sorte estava de colete, então ela ficou alojada lá:
— Volta 3 comigo, o resto continua descendo e é pra matar, me irritei já.
Eu tava recolhendo quando dei de cara com o Nankil descendo com mais 5.
— Te acertaram? — perguntou debochado
— Não fode e vai fazer algo de bom.
Ele riu mas logo ficou sério sacando uma arma, eu de súbito me virei e ouvimos tiros de perto, era um policial e ele tava com a Luísa e a Geana de refém.

Geana é uma puta d'uma gostosa, canso antigo meu aqui. Mas faz tempinho que a gente não dá uma boa foda. Estávamos num total de 10 bandidos contra dois policias babacas.

— Solta logo a porra das garotas e a gente não mata vocês — eu disse sem paciência
— Não, a gente vai matar elas se você não se entregar, Gaúcho!
— ri — Porra você são muito babacas mesmo né, caralho? Acha que eu vou me entregar por causa de duas piranhas? — disse indiferente
— Dá logo as garotas porra, e eu prometo que não atiro da cabeça — o Nankil disse
— Se vocês forem espertos e largarem logo o caralho dessas garotas, eu dou uma quantia de 10 mil pra vocês dividirem irmãmente.
Um olhou pro outro e foi nesse momento de distração que eu atirei na cabeça de um e Nankil na do outro, parece que a gente tinha combinado:

— Bom trabalho, protegido — eu disse irônico
— Vai se fuder e eu espero que tu perca o braço — disse passando a frente descendo o morro
Eu só ri e voltei a subir. Logo senti a Geana e a Luísa virem:
— Você salvou minha vida — a Geana disse empolgada
— Tá, agora salvem a minha tirando a porra da bala. Tá latejando e queimando esse caralho.
Elas foram comigo até a boca, a Luísa não deu uma palavra, acho que ela ainda tava bolada comigo.
Na boca, a Geana tirou a bala com uma pinça improvisada, doeu, mas foi necessário, lavei com álcool e estanquei com uma blusa. Tava pronto pra voltar pra batalha:

— Até o baile — eu disse saindo

NOVA ERA - CRIMINAL! (F)Onde histórias criam vida. Descubra agora