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- Se segurem - ele disse
- Se segura bem, filha.

Ela abraçou ele e ele ligou a moto, saindo numa só. Eu fechei os olhos porque o vento batia com muita força no meu rosto, sem contar meus cabelos que voavam. Alguns minutos depois ele parou em uma rua larga, bem movimentada. Em frente uma casa de muro alto e um portão grande de madeira.

- Desce! - desci e tirei a Ana Flávia.- Depois você passa lá na boca. Ou não sabe onde é?
- Sim, eu sei e vou sim.
- Tá.

Eu menti, eu não tinha a mínima ideia de onde era a boca aqui, e eu iria evitar o máximo possível o contato com esse tipo de gente.
O cara parou o carro perto da gente e eu tirei minhas malas, e carreguei-as para dentro. A Ana Flávia veio comigo.
Passando pelo portão já dava automaticamente em um caminho pequeno que dava para a porta da sala. A Casa era simples por fora, mas por dentro, posso dizer que ela era bem bonita, estranho para um lugar desses. A casa já estava toda mobiliada, assim como minha mãe havia me dito, só estava bastante empoeirada.

- Já vi que vou ter trabalho. - disse comigo mesma - Filha, fica quietinha aqui na sala vendo TV que a mamãe vai arrumar os quartos.
- Tá bom mamãe.

Eu fui até os quartos, o primeiro era grande, espaçoso com uma cama de casal. Estava bastante empoeirado e os móveis já estavam boa parte haviam sido comidos por cupins. Então eu fui para o quarto seguinte, estava bem sujo, porém estava melhor que o outro.
(...) Demorou bastante, já estava noite quando eu terminei da arrumar o quarto no qual eu iria dormi com a Ana Flávia, mais pra frente terei de comprar móveis. Eu e a Flavinha estávamos vendo a novela das nove quando eu ouvi uns porradões no portão.

- Filha, fica ai!
Eu fui até lá fora e abri o portão quando eu abri um cara de aparência fria, bonito, mas com uma cara arrogante disse:
- Anda que eu quero ter uma conversinha contigo.
Ele disse me empurrando e entrando na minha casa, acompanhado do mesmo homem que me trouxe até aqui.
- Quem é você?! Não me encosta! - disse assustada
- Sou o chefe disse tudo aqui, e eu só quero esclarecer umas coisas princesa. - disse num tom sutilmente sarcástico
Ele saiu entrando em casa, e eu corri para tomar a frente:
- TFA, cuida dessa criança, leva ela pra tomar um sorvete, vai. - Ele disse imperativo
- NÃO! Minha filha não vai a lugar nenhum com vocês! - disse nervosa.

NOVA ERA - CRIMINAL! (F)Onde histórias criam vida. Descubra agora