NOVA ERA - CRIMINAL! (F)

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Gaúcho. 

— Tu vai ter que investigar isso da mariana — o TFA disse
— É, eu vou investigar isso.
— Eu to indo — a garota disse
— Qual é o teu nome mesmo? — perguntei
— Amanda
— Amanda, eu te aconselho a viajar o mais rápido possível, se o Deco e o pai dele sabem que você ouviu, você provavelmente vai correr perigo.
— Eu sei, e eu vou ir daqui direto pra casa fazer minha mala — ela disse
— TFA, fala com algum segurança pra fazer a segurança dela até ela viajar — eu disse
— Não, não precisa...
— Claro que precisa, tu se encrencou pra vim aqui contar a verdade.
— Obrigada — sorriu — E pode ficar calmo, eu não vou contar pra Mariana seu envolvimento na morte do pai dela, isso não me diz respeito — assentiu

Eu me mantive sério, eu nem tinha me ligado nessa possibilidade, é até bom mesmo ela sair daqui pra eu não correr risco.
Ela saiu e eu continuei pensativo. Algumas coisas começavam a fazer sentido, o pai do Deco é dono de uma porcentagem da empresa, a Mariana não sabe da existência dessa empresa, ele que eu o Deco se case com a Mariana pra pegar o restante. Agora, como ele sabe que eu tô envolvido na morte do pai dela? E porque esse infeliz perguntou pro pai dele se ele se lembrava de mim?

O TFA voltou e disse:
— Tu acredita nessa garota?
— Já falei que eu só acredito em Deus. Eu apenas levo fé no que ela disse porque isso tudo fez algumas coisas terem sentidos — eu disse sério — porém...
— ...Fez outras não fazerem sentido algum?
— Exato! Eu tenho que ficar frente a frente com esse mauricinho e jogar, vou jogar com ele e vou tirar as verdades. Eu vou afastar a Mariana dele!

— Tu não pode, vocês terminaram e outra que pra você afastar ele dela tu teria que contar a história, e eu acho que ela não tá pronta pra outra bomba.
— respirei fundo — Vou lá na casa dela pra ver se os caras do Celso já falaram com ela — disse me levantando
Eu me levantei com o TFA e fomos pra boca, chegando na boca tinha uma mulher loira, de costas pra mim falando com um soldado, e ele apontou pra mim, quando ela se virou eu fiquei surpreso, aquilo seria uma assombração?

— Cauana...
— Maninho, que saudades! — deu um riso irônico.
Eu olhei pro TFA e peguei ela pelos braços correndo e arrastei de volta pra salinha, fechando com força a porta, eu ainda tava assustado, mas ainda sim tava surpreso:
— O QUE TU TÁ FAZENDO AQUI? TU TÁ MORTA!
— riu — É, to sabendo disso... Ué não gostou da surpresinha não? Vim do além te visitar, uuuh — disse sarcástica e riu
— peguei ela pelo braço — TU TÁ ACHANDO QUE EU TO DE SACANAGEM CONTIGO?
— Tá, tá, eu vou contar minha história, agora me solta! — ela disse e soltei ela empurrando — nossa maninho, tu tá bruto hein.
— Fala logo antes que eu te mate.
— Ui — riu — Mas enfim, eu fingi que tava morta, foi isso! Eu fingi pra fugir com o Marcelo pra fora do Brasil, e deu certo né? Até que ele morreu...
— TU É UMA VADIA DISSIMULADA, O QUE TU TÁ FAZENDO AQUI?
— Ué, Cauã, tu é meu irmão, vim reavivar os laços familiares com você.
— Gaúcho — corrigi — o Cauã morreu.
— Nossa — revirou os olhos
— Tomara que algum inimigo meu descubra que tu tem meu sangue e te sequestre, que eu não vou mover um dedo pra te salvar. Que eles te façam de cachorra, porque é isso que tu é! Tu fugiu com um cara que só te xingava e te batia, mas é isso que piranha gosta né?
— Nossa maninho, eu fico até emocionada ao ver tamanha preocupação vinda de você — disse fingindo emoção
— Cauana, eu vou te matar, sua piranha!
— Maninho o que é isso? Você teria coragem de me matar.
— ri — Tu nem imagina!
— Mas você mataria uma irmã esperando seu primeiro sobrinho? — disse de boca aberta — Eu acho que a Mariana não ia gostar nada, nada... — disse assentindo negativamente e logo soltou um riso de lado com a sobrancelha erguida.

— Que Mariana?
— A sua namorada, ou melhor, ex né — riu — Eu andei sondando os bailes daqui e descobri MUITA coisa. Tu aprendeu direitinho a ser cachorro como a família né?
Eu dei uma porrada na cara dela, de raiva e ela foi parar no chão, eu saquei minha arma e apontei pra ela:
— Eu vou contar até três pra tu sair daqui e nunca mais aparecer na minha vida! — disse destravando a arma — Um... Dois... — ela levantou e saiu.

 Eu sentei na cadeira e respirei fundo, ainda assimilando a ideia da vadia da minha irmã ter mentido pra mim, não só pra mim, pra todos. Eu não podia botar tudo a perder com ela, ela sabia de algumas merdas minhas e ela sabia da Mariana, PORRA! A Cauana não é burra, ela é esperta, bem articulada, ela sabe tramar e eu sei que ela vai voltar. Eu sai da sala e TFA tava na boca, eu mandei ele ficar responsável, porque provavelmente ele seria o sub agora. Eu assobiei pra dois caras e eles foram fazendo minha segurança até a casa da Mariana. Eu entrei e a Malu tava na sala, sentada: 

— Cadê a Mariana?
— Acabou de entrar no banho.
— Os caras falaram com ela?
— Aham. Gaúcho, eu não acho que seja uma boa hora pra vocês. É melhor você voltar pra boca, ela tá muito perturbada com tudo que aconteceu. Ela tava pensando em viajar.
— Malu, ela não pode se dar ao luxo de sair do morro, o LB já deve tá a par da morte do Nankil e eu sei que a qualquer instante eu vou ouvir fogos anunciando que ele tá subindo isso aqui porque eu fodi com o esquema dele. E ele vai vim atrás da Mariana. Cadê a Ana Flávia?
— Ela tá na casa do Deco.
— QUÊ? TRÁS ELA AGORA!
— Não dá, a Mariana não tá com cabeça hoje.
— Eu quero a garota aqui, e agora! E você vai buscar ela.
— Gaúcho.
— Sem mais, você tá me desrespeitando?
— respirou fundo — Não, chefe.
— Então, vai lá com o Jojo, de carro.
Ela saiu meio infeliz, mas foi. Eu sei que aquele não era o melhor momento de estar com a Mariana, mas mesmo assim eu queria tá. Passaram-se bastante tem até ela aparecer na sala:

— O que você tá fazendo aqui? Cadê a Malu?
— A Malu já vem, eu quero falar com você.
— Já chega de conversa, pelo amor.
— Mariana senta aqui, eu não vou fazer nada contigo.
Ela hesitou, mas se sentou do meu lado e eu abracei ela, abracei ela forte, ela ficou sem se intacta, e eu dei um beijo no alto da cabeça dela.
— Me desculpa por tudo que eu já fiz na tua vida.
— Tá.
— Você ainda tá com raiva porque eu não vou te contar do estupro?
— Eu o com raiva, porque você mesmo "me amando" ainda insiste em me ver infeliz, omitindo isso me mim.
— Eu prometo pra você que eu vou te contar isso, em breve. — disse pegando na minha mão e beijando a mesma — Mas tem algumas coisas que eu quero saber
— O quê?
— O seu pai, ele era dono de uma empresa, né?
— Aham.
— O que aconteceu com a empresa?
— Ela faliu e o dinheiro que restou, depois de ter pago os funcionários, o Ivan me deu.
— Ivan?
— O pai do Deco.
— Ele tinha envolvimento na empresa?
— Aham, ele e meu pai eram sócios. Mas de que isso te importa?
— Qualquer informação é importante, Mariana.
— Por quê? Tu tá investigando o quê? Eu quero entender, Gaúcho, por favor.
— respirei fundo — A morte do seu pai, eu tô achando as coisas muito estranhas, o porque.
— E qual foi o "porquê"?
— Que ele fez alguma merda com os bandidos.