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LB Narrando: 

Parando pra conversar com a Mariana eu entendi o porque do Gaúcho tá assim por ela, com ela era difícil manter o plano, mas eu tinha que ter foco, não podia botar tudo a perder por causa de um rostinho e corpinho bonito, isso é o que mais tem na boca e no Complexo. Eu não disse meu apelido de esperteza ela deve imaginar que eu sou bandido, mas não imagina que tipo de bandido eu sou, porque se não duvido muito que ela teria ficado conversando comigo o tempo todo, fora que eu dei ordem pra nenhum soldado ir falar comigo me chamando de “chefe” 

Mariana Narrando: 

O Caleb levou eu e Malu até minha casa, eu pedi para que ele ficasse e dormisse, mas ele disse que aguentava até a casa dele. Eu e Malu entramos e já fomos conversar: 

— E ai? 
— Dei pra caralho. — dela disse 
— Piranha — balancei a cabeça negativamente e rimos 
— E tu? 
— Fiquei conversando com aquele homem a noite inteira. 
— Bonito ele. Qual é o nome? 
— Leandro. 
— É bandido? 
— Provavelmente né. 
— Mas vocês só conversaram? 
— Não né, a gente ficou. Mas de resto ficamos conversando. 
— Olhe lá heim, lembre-se que sua realidade é Gaúcho — ela disse eu bufei — Ah, falando nisso, agora tu não vai fugir do assunto. 
— Assunto? Que assunto? — disse desconversando 
— Tu sabe bem, Mariana. Quero ouvir isso de sua boca, tu tá gostando do Gaúcho né? 
Eu fiquei em silêncio alguns segundos e estava prestes a tentar enganar a mim mesma com um riso: 
— Hahaha, Claro que n... Tô. 
— Sabia! 

Só foi a Malu calar a maldita da boca pra gente se assustar, o próprio surgiu da porta da sala. Eu sentir a minha pigmentação da pele sumir, acredito que a Malu também

Ele tava com um sorriso, que sei lá, parecia irônico, deboche, bobo, babaca, daquele jeito dele. 

— Ai, eu vou tomar banho — a Malu disse saindo de fininho 
Eu fuzilei ela com os olhos, primeiro ela me faz admitir em voz alta isso, ele provavelmente deve ter ouvido e agora ela tira o dela da reta, grande amiga, hein! 
— O que você quer? — perguntei me levantando 
— Que tu repita o que tu acabou de dizer pra Malu. 
— Tu tava ouvindo nossa conversa? 
— Ouvi o que me interessava — disse sem fazer caso 
— E o que tu ouviu? 
— Que tu tá de quatro por mim. 
— Menos... 
Ele riu se aproximando, não houve mais diálogo, ele me beijou de forma calma, o jeito como ele me prensou pela cintura também foi calmo. Tava bom, até ele parar e me olhar desconfiado. 
— Tu tá cheirando a maconha e Ralph Lauren. Onde tu tava? — perguntou serio 
— Eu sai com um amigo e com a Malu. 
— Tava com o Rievers, né? 
Sabendo que se eu mentisse agora, mais tarde ele descobriria a verdade porque provavelmente me viram entrando no morro com o Caleb, eu preferi dizer logo a verdade: 
— Aham, eu sai com o Caleb. Eu, Malu e Caleb. Fomos pra uma boate. — disse séria 
— Tu vai parar de ficar saindo a noite, chega disso, Mariana. Aqui no morro tem baile, samba, pagode, rave. Não tem necessidade de tu ficar indo pra outro lugar. 
— ri — Como é que é? — perguntei sem entender — Você tá querendo me prender ou algo do tipo? 
— To falando o que tu tem que fazer. 
— Já falei que não gosto que me mandem — disse séria — Eu nem sei por qual motivos você tá achando que pode me dar ordens, eu to aproveitando minha vida só agora. E não é porque eu gosto de você que significa que eu vou me privar de viver. — disse me alterando 
— Eu também gosto de você —disse e soltou um riso 
Eu parei e me acalmei instantaneamente e ficamos um fitando o outro. E eu perguntei: 
— Você usou algum tipo de drogas? 
— riu — Não. E você, usou? 
— Não! — rimos

A gente sentou no sofá, ele colocou meu cabelo pra trás da orelha e me beijou, o beijo era calmo, era bom, não dava vontade de parar assim como todos os outros, era incrível. Quando a gente finalmente parou ficamos olhando um pro outro, e eu ri envergonhada: 

— O que foi? 
— Sei la, vlh — riu 

NOVA ERA - CRIMINAL! (F)Onde histórias criam vida. Descubra agora