Capítulo 34

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Olá pessoal!

Me sinto na obrigação de avisar que este capítulo possui  cenas fortes de violência e linguagem indevida. Por ser uma guerra entre licantropos achei melhor não romantizar a descrição  e tentar me manter o mais próximo possível do que as lendas contam sobre esses confrontos. Claro que busquei ser um pouco mais suave...

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Liam

Olho intensamente para Hian que assente compreendendo o que quero e rapidamente se aproxima.

Seguro entre as minhas mãos o rosto da minha esposa, Hanna, minha escolhida, e a contemplo por alguns segundos. Posso ouvir os gritos dos meus homens indo para o confronto, sei que deveria liderá-los, mas preciso senti-la só mais um pouco, talvez pela ultima vez.

- Amo você. – deposito um leve beijo em seus lábios – Nunca se esqueça disso minha Luna.

Sinto seu corpo contrair com a compreensão do que vou fazer.

- Leve-a. – digo para meu irmão sem deixar de olha-la.

- Liam... – seus olhos se abrem ainda mais quando a empurro para Hian – Liam não! Não... – grita ao mesmo tempo em que tenta me segurar.

Ele a agarra pelos braços atraindo-a para si, contemplo-o com respeito e carinho. Não falamos, meu irmão sabe o que sinto. O som das tendas pegando fogo, do clamor do meu povo e o brado de guerra proferido por Brandon me fazem virar.

- Peguem minha mãe e minhas irmãs! – escuto Hian dar ordens para três homens do nosso Clã enquanto arrasta Hanna, que se debate violentamente, para longe.

Eles imediatamente as seguram, e assim como Hanna, elas tentam se soltar. Brigida é agarrada pela cintura e jogada por sobre o ombro de um deles, Muriel se debate sem sucesso e é carregada, minha mãe me olha contrariada e balança a cabeça em negação.

- Vão! – berro – Agora!

Volto minha atenção para o lugar onde a luta acontece e vejo Gwineth me encarando no centro do embate, sua roupa preta e suas garras estão sujas de sangue, o cabelo avermelhado flutua com o vento e um sorriso triunfante delineia sua boca.

- Eu disse que voltaria e que você seria meu! – afirma com a voz rouca e sensual – Estou até vestida de preto em solidariedade a sua perda. Gosta? – dá um giro em torno de si mesma.

Olho-a atônito.

- Está louca! Nunca serei seu. – urro encolerizado, ela faz um beicinho contrariada.

- Que comentário descortês meu querido! – seu dedo indicador desliza por entre os seios – Mas eu o perdoo, entendo que deva estar sob o efeito da dor, afinal, tornar-se viúvo no dia do próprio casamento é tão... triste. – Gwineth abre os braços para mim – Estou aqui para te consolar.

- Maldita! Se tocar na minha mulher, ou qualquer um dos teus capangas, eu vou...

- Fazer o que meu bem? – ri sarcástica – Usará suas garras, me desmembrará com suas mãos grandes e fortes? Me torturará ou... matará? Você não tem coragem, nunca teve. Mesmo depois que eu voltei, sabendo o que fiz com a sua família, seu Clã, você não me machucou, ao contrário. – sorri maliciosa - Durante esses meses vi e senti seu desejo por meu corpo, ainda fica duro por mim... Só tenho que eliminar a sua pequena distração, o que ocorrerá hoje, e então poderemos...

- Por todos os Deuses que há no mundo, vou destruí-la! – digo entre dentes, mal consigo controlar minha ir.

Uivo o chamado do clã com toda a minha potencia e os outros respondem, salto para a batalha e luto para chegar até Gwineth, sei que para acabar com tudo isso ela tem que morrer. A medida em que avanço, me esquivo dos golpes desferidos pelos Ômegas recrutados para nos destruir e os ataco sem piedade deixando seus corpos dilacerados atrás de mim. Olho novamente para ela, seu sorriso se amplia cada vez mais ao mesmo tempo em que me chama sensualmente com seu indicador.

O Caminho - Clã Mac Mactíre - Livro 1.2 - ContinuaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora