Capítulo 31

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Liam

Cubro Hanna com a manta que está no sofá e a observo enquanto dorme aconchegada ao meu corpo. Olho cada detalhe do seu rosto, relembrando-o e identificando as sutis mudanças que se operaram nela durante o tempo em que estivemos afastados. Estreito-a em meus braços aproximando-a mais, seu corpo morno e macio desperta meu desejo, preciso possuí-la novamente.

Meu pênis já está ereto, basta tê-la por perto para ficar assim. Ela me faz parecer um jovem animal no cio.

Apoio o dorso da mão em minha testa e encaro o teto respirando fundo. Relembro tudo o que dissemos e como ela respondeu às minhas carícias. Sorrio satisfeito.

Hanna mudou, não sei definir bem como. Percebo que ela está mais forte emocionalmente e fisicamente, a cotovelada que me deu realmente doeu e seu raciocínio está mais afiado, como se fosse uma caçadora.

- Caçadora... – uma ideia começa a tomar forma em minha mente.

Ela se meche e acaricio suas madeixas acalmando-a.

- Nunca mais deixarei que se afaste de mim. – sussurro contra seu cabelo - Você é a minha vida.

Seu braço passa por minha cintura abraçando-me e sinto sua barriga mexer contra mim, coloco a mão sobre o seu ventre e novamente percebo que se mexe.

- Meu filho... – murmuro – Você e sua mãe são meus e ninguém lhes fará mal.

Digo as palavras como uma promessa e adormeço.

Acordo com a luz e o calor do sol sobre o meu rosto, abro os olhos e espreguiço-me, estico-me e a ardência em meu ombro me lembra da intensa noite com Hanna.

Olho para o lado com a expectativa de vê-la adormecida, mas ela não está onde esperava encontrá-la. Sento rapidamente e procuro por minhas roupas.

- Merda! Merda! – praguejo contrariado.

- Calma homem! – Brandon, sentado à mesa da cozinha me saúda com a xícara de café – Ela está lá fora, posso vê-la pela janela.

Levanto e enrolo a manta no meu quadril, caminho até a janela e a observo treinar na praia.

- Ela luta aikido. – ele comenta – E é boa. Porque você nunca pensou em treiná-la?

- Não tive tempo. – resmungo.

- É... mas pelo visto aquele Jacob teve. – sorve um gole de café.

Olho-o ameaçadoramente.

- Quero saber para o que mais ele teve tempo. – murmuro.

Brandon sorri descaradamente.

- Pelo que pude perceber eles estavam bem próximos. – atiça.

Grunho. A ideia de outro homem acaricia-la me deixa com instintos sanguinários.

Escuto a gargalhada do meu amigo as minhas costas.

- Babaca. – xingo-o e caminho até a mesa onde me sirvo de uma xícara de café, tomo um gole e contemplo Brandon – Você se diverte com isso não é?

- Honestamente? Você foi um canalha com ela e estou gostando de vê-la colocá-lo em seu lugar. – reponde – Pelo que ouvi ontem, você teve que batalhar bastante.

Bufo sem poder negar sua afirmação.

- Precisamos tomar algumas decisões quanto ao nosso próximo passo e sobre a segurança de Han...

Interrompo-me ao escutar um carro se aproximando, rapidamente tiro a manta e visto a minha calça. Posiciono-me alerta próximo a porta e observo, reconheço o carro do meu irmão, relaxo e saio para o alpendre.

O Caminho - Clã Mac Mactíre - Livro 1.2 - ContinuaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora