Capítulo 48

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- Eu fiz um chá de hortelã mais cedo, deixo na garrafa térmica para continuar morno, não sou fã de chá gelado, você gosta? Posso passar um café novinho se preferir, seja sincera não será incomodo algum.

Rebeca se sentou e sorriu mais relaxada.

- Chá está ótimo!

- Tem certeza?

- Absoluta!

- Um chá morno saindo, e você garoto?

- O mesmo

Respondi me sentando e me sentindo muito melhor em ver que havia feito a coisa certa a trazendo ali.

- Voce detesta chá.

- Tem uma primeira vez pra tudo.

- Como pode detestar chá de hortelã?

Ela sorria olhando pra mim, eu me sentia tão bem, tão confortável...

- Como pode preferir água com mato em vez de um café passado na hora?

- Não se responde uma pergunta com outra pergunta.

- A não?

Ela rio, uma risada gostosa e leve, eu me peguei secretamente gostando daquele som.

- Garoto se falar mal do meu chá vai dormir do lado de fora.

- Eu não ousaria.

Seu Emanuel serviu o chá e pediu licença para trocar a roupa suja de graxa.

- Jonas... Obrigada! Obrigada mesmo, eu nem sei como agradecer o que fez por mim...

- Rebeca...

- Não, é sério, me deixa ser grata por ter me tirado daquela situação e ter me trazido pra cá, eu não consigo nem imaginar o que faria se você não tivesse lá.

- Mas eu estava, e era o mínimo que eu podia ter feito Rebeca, e sei que se eu estivesse sendo assediado por um bando de mulheres loucas você faria o mesmo.

- É, eu faria.

Segurei sua mão em um instinto, era tão natural que eu nem sabia como explicar pra mim mesmo, só era bom estar ali com ela, era reconfortante vê-la sorrir tranquila de novo. De perto e prestando atenção dava para ver algumas sardinhas que davam destaque a pele rosada, lembravam pequenas constelações todas aquelas pintinhas espalhadas quase imperceptíveis a quem não olhasse despercebido.

- Rebeca querida, é um prazer ter você aqui, mas terei que ser um velho rabugento e ligar pra sua casa, eles podem estar preocupados com você.

Seu Emanuel disse voltando de roupas limpas.

Rebeca terminou seu chá e se levantou devagar.

- O senhor tem toda razão Emanuel, eu posso usar seu telefone?

Seu Emanuel sorriu e deu passagem a ela.

- Fique a vontade.

Rebeca agradeceu com um sorriso,e passou por ele. Me levantei assim que terminei minha xícara.

- Acho melhor ir.

- Está tarde garoto, por que não fica?

- É abusar muito da sua generosidade

- Deixe de besteira, a casa do jardim está sempre vazia e Rebeca ficara mais a vontade por lá.

A ideia de passar mais tempo na companhia de Rebeca, era no mínimo agradável e sem contar que parte de mim se sentia responsável pelo acontecimento daquela noite, assim que o tumulto havia começado eu já deveria ter feito alguma coisa, sendo ela ou não. Hesitei por alguns segundos antes de responder.

- Tudo bem.

- Mas vou deixar você ficar com uma condição.

O olhei desconfiado.

- Vai avisar Elisa.

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⏰ Última atualização: Aug 30, 2018 ⏰

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