Após três dias de viagem, chegaram a ilha Bhadrar. Ainda no porto, o rei embarcou para Grande Narayan. Por ter ficado alguns dias fora, ele tinha muito que resolver. Os outros acompanharam os Ajoulais até sua nova casa. Antes, passaram no Centro de Atendimento, que estava quase concluído.
– Esse lugar é maravilhoso! – falou Monique.
– Quando você me falou desse Centro, Jaqueline, não imaginei que era tão grande e completo. – falou Albert.
– Vocês precisam ver o de Etarh, que já está funcionando. – falou Emar.
– A construção que você projetou está perfeita! – falou o doutor Ajoulais.
– Não precisa exagerar! Nada neste mundo é perfeito! – falou Jaqueline.
– Você que é modesta, Jaqueline! – falou a senhora Ajoulais.
– Estão prontos para conhecer vossa nova casa? – perguntou Elizabeth.
– Claro! E, para começar uma nova vida também! – falou Albert.
Subiram novamente nas carruagens e rumaram até o outro lado da cidade.
Chegaram em uma colina verde e dava para se ver no topo uma bela casa. A casa tinha no térreo uma sala de estar, uma sala de jantar, uma pequena biblioteca e a cozinha. No piso superior, quatro quartos e, em seu exterior, uma piscina, um jardim e, um pouco mais distante, um pequeno estábulo.
– Aqui, terão espaço suficiente até para sua horta, senhora Ajoulais. – falou Jaqueline.
– Você ainda se lembra que gosto de plantar?
– Como eu poderia esquecer? Eu lhe ajudei inúmeras vezes a regar e a plantar novas mudas. – falou Jaqueline.
– É verdade, querida! – falou a senhora Ajoulais abraçando-a.
– Será maravilhoso tê-los por perto novamente. Vocês são como pais para mim. – falou Jaqueline.
– E, você, a filha que não tivemos, mas Deus fez com que cruzasse nosso caminho. – falou a senhora Ajoulais.
– Ainda ganhamos um genro e um neto maravilhosos! – falou o doutor Ajoulais colocando a mão no ombro de Kay.
– Na verdade, ganharam uma família inteira! – falou Elizabeth.
– Eu concordo. – falou Emar – Eu, Elizabeth e o bebê que irá chegar os consideramos como parte de nossa família também.
– Você se esqueceu de mim, meu irmão! – falou Eliá.
– Desculpe-me, pequenina! – falou Emar abraçando-a.
– Que maravilha! Isto é simplesmente fantástico! Vocês são uns amores! – falou a senhora Ajoulais.
– É querida, precisamos ajudar nossa família a crescer. – falou Albert sério.
– Albert! Isso é coisa que se diga! – falou Monique encabulada.
Todos riram.
– Enviaremos algumas pessoas para ajudá-los a arrumar a casa do modo que quiserem e a guardar suas coisas. – falou Kay.
– Nós ficaremos muito gratos. – falou Albert.
– Albert, pretendemos inaugurar o Centro de Atendimento daqui mais ou menos uma semana, enquanto isso pode atender no de Etarh. O que você acha? – perguntou Jaqueline.
– É uma excelente ideia! – falou Albert.
– Pode ir também, doutor Ajoulais! – falou Kay.
– Não sei! Talvez eu vá um dia para ver como é. – falou o doutor Ajoulais.
...
A semana passou rapidamente. Albert e o doutor Ajoulais trabalharam ao lado de Jaqueline todos os dias.
Houve uma grande festa de inauguração do Centro de Atendimento de Bhadrar, que contou com a presença da população da ilha e de convidados importantes de Narayan.
Logo, Jaqueline parou de trabalhar, a pedido de Kay, que se preocupava com a gravidez.
Um dia, Jaqueline acordou com Kay trazendo-lhe o desjejum. Era dia 17 de novembro de 1803 e o céu estava de um azul esplendoroso.
Após comer, Jaqueline levantou-se, se trocou e Kay ajudou-a a descer a escada. Quando chegaram ao final dela, Jaqueline curvou-se para a frente, sentindo muitas dores. Havia chegado o hora do bebê nascer.
– Askar! Anabel! Me ajudem! Está na hora! – falou Kay.
Askar e Anabel vieram correndo, enquanto Askar ajudava Kay a acomodar Jaqueline na carruagem, Anabel subiu ao quarto para pegar a malinha que Jaqueline havia deixado pronta com algumas roupas. Anabel retornou e os quatro seguiram para o Centro de Atendimento, onde Jaqueline fazia questão de ter o bebê.
Chegaram rapidamente e, enquanto Kay ajudava Jaqueline a descer da carruagem, Askar correu para a recepção para avisá-los de vossa chegada.
Logo, Albert e o doutor Ajoulais buscaram-na com alguns enfermeiros. Os doutores Ajoulais e o doutor Karin revezavam o atendimento em Etarh, por causa da gravidez de Jaqueline. Levaram-na para uma das salas de parto e às dez horas e meia, nasceu Anie, uma garota grande e forte. A notícia de seu nascimento espalhou-se pelo reino e todos festejaram.
Kay foi chamado ao quarto em que Jaqueline se encontrava. Mas, antes de subir, foi ao jardim e pegou uma rosa vermelha.
Ao entrar no quarto, Jaqueline olhou-o e sorriu. Ele aproximou-se dela e lhe entregou a rosa.
– Que linda rosa, meu amor! Obrigada! – falou ela.
– Você que é linda, minha princesa! – falou Kay.
Uma enfermeira entrou, trazendo Anie para mamar. Kay sentou-se ao lado de Jaqueline.
– Ela é linda como a mãe! – falou ele pegando a pequena mão de Anie.
– Olá, pequena Anie! Seja bem-vinda! – falou Jaqueline.
– Nós prometemos sempre lhe amar e fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que você seja feliz! – falou Kay.
Jaqueline olhou para Kay e sorriu. Kay aproximou-se de Jaqueline e lhe deu um beijo.
– Eu te amo, minha princesa! – falou ele.
– Eu também te amo, Kay! – falou Jaqueline.
Eles se beijaram novamente, mas foram interrompidos por leves batidas na porta.
– Será que podemos entrar? – perguntou Elizabeth.
– Entre, minha irmã! – falou Jaqueline.
– Viemos visitar você e o novo membro de nossa família. – falou Emar.
– É uma menina! Que maravilha! – falou Eliá.
– Deixe-me ver minha netinha! – falou o rei.
– Venha aqui, meu pequeno príncipe! Venha conhecer sua irmãzinha! – falou Kay chamando Learzinho.
Learzinho aproximou-se do pai, que lhe pegou no colo.
– Pequeno, esta é Anie! Ela é sua irmãzinha e você terá que nos ajudar a cuidar dela, não é? – perguntou Jaqueline.
Learzinho deu um belo sorriso e abraçou o pai, escondendo o rosto. Ele tinha um pouco mais de um ano e era muito tímido quando estava diante de várias pessoas.
...
Após apenas três dias, Jaqueline e a pequena Anie puderam sair do Centro de Atendimento e ir para o castelo.
Como quando Learzinho nasceu, muitas pessoas do reino foram até o castelo levar presentes para a pequena Anie. Eles deixavam os presentes na porta do castelo e iam embora.
Três semanas após Anie nascer, foi a vez de Elizabeth entrar em trabalho de parto. Durgh nasceu forte e saudável. Emar festejou o nascimento de seu filho com um grande jantar para seus familiares e amigos. Durante o jantar, Monique deu-lhes a notícia de sua gravidez. Albert estava radiante com a novidade.
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As Rosas de Narayan
Historical FictionSéculo XVIII Jaqueline Rosset nasceu em uma pequena cidade ao norte da França. Ainda muito jovem descobre ser portadora de um dom especial e seu único desejo se torna usá-lo para ajudar a quem precisar. A realização desse sonho a levará a uma jornad...