Capítulo 19 - O encontro com Kay

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Após algumas horas de viagem em um navio, Emar, Elizabeth e Jaqueline chegaram a ilha Etarh, onde o casamento se realizaria. O clima estava ameno. Entraram em uma bela carruagem que os levaria até o castelo Ghiri. Entraram em uma alameda ladeada por imensas árvores que terminavam em um belo jardim de rosas brancas. O castelo era inteiro de pedras brancas e em torno das janelas havia detalhes em dourado. Em cima da porta principal, novamente o brasão, agora já conhecido por Jaqueline.

Ao entrarem pela porta, Emar e Elizabeth foram ao encontro de alguns convidados que já se encontravam ali, esquecendo Jaqueline para trás. Ela entrou pela porta e se encontrava em uma enorme sala forrada por um tapete ornamentado por leões e ursos dourados. A sua direita havia uma grande sala de estar, a sua esquerda uma enorme biblioteca e a sua frente, duas escadas curvas, uma de cada lado, que se uniam ao centro logo acima de uma enorme porta de vidro.

Ao olhar através do vidro, Jaqueline viu um enorme jardim de rosas. Esquecendo-se de sua irmã e de seu cunhado, Jaqueline saiu pela porta de vidro e encontrou o mais belo jardim que já havia visto. Ao ar livre, bem no centro do castelo, rosas de todas as cores dispostas em jardins entre uma varanda e uma rua de pedras e, entre esta rua e outra, que circundava uma piscina retangular. Em volta da piscina, haviam quatro bancos, dois de cada lado mais comprido. Curiosa, Jaqueline aproximou-se e encontrou uma piscina funda de água cristalina. Ela começou a olhar as rosas, enquanto caminhava em torno da piscina. Foi quando viu a mais bela das rosas, que recém desabrochada, parecia a obra-prima de um desenhista. Aproximou-se da rosa, sentando-se no chão ao seu lado. Ficou por alguns minutos a olhá-la, logo depois acariciou suas pétalas delicadamente e sentiu seu perfume. Ela não percebeu que alguém se aproximava.

– Quem é você?

– Desculpe-me, sou Jaqueline Rosset. – respondeu ela levantando-se e alinhando com as mãos o vestido. – E o senhor?

A sua frente encontrava-se um jovem forte de aproximadamente um metro e oitenta, olhos negros e pele morena. Seu cabelo longo estava preso por um pano largo vermelho em um rabo de cavalo no topo da cabeça. Ele estava trançado e amarrado nas pontas por um pano igual ao outro e ia até sua cintura.

– A senhorita deve ser a irmã de Elizabeth. Sou Kay Narayan. Desculpe se a assustei.

– Não me assustou, alteza.

– Então sabe quem eu sou?

– Sim, senhor. Vi-o em um quadro no castelo de seu primo Emar.

– E o que fazia sozinha aqui em meu jardim?

– Não pude me conter com a beleza de suas rosas. Desculpe-me por ter invadido seu jardim.

– Não precisa se desculpar, senhorita. É convidada em meu castelo e pode vir ao jardim quando quiser.

– Muito obrigada, alteza! Ficarei feliz em poder vir aqui apreciar suas flores, pois as rosas são as minhas preferidas.

– Que coincidência, senhorita, pois são as minhas também.

– Vejo que já conheceu meu primo! – falou Emar, aproximando-se.

– Por acaso eu já o conheci. Ele me flagrou bisbilhotando seu jardim. – respondeu ela brincando.

– E já a informei que pode bisbilhotar meu jardim à vontade. – falou Kay entrando na brincadeira.

– Sua irmã está lhe procurando. Quer apresentar-lhe aos convidados.

– Então vou ao seu encontro. – falou ela dando um sorriso e indo em direção ao interior do castelo.

– Até mais tarde, senhorita Jaqueline! – disse Kay.

As Rosas de NarayanOnde histórias criam vida. Descubra agora