As Rosas de Narayan

Capítulo 28 - A declaração

Jaqueline levantou-se junto com o sol, mas permaneceu em seu quarto. Kay levantou-se e desceu. Ele queria encontrar Jaqueline para conversar, mas encontrou apenas Elizabeth na sala de estar.

– Bom dia, Elizabeth! – falou Kay.

– Bom dia, Kay! – ela respondeu.

– Emar já se levantou?

– Já! Ele foi conversar com alguns empregados.

– E sua irmã?

– Ainda não desceu.

– Estou preocupado! Será que fiz ou disse algo ontem que a magoou? – perguntou Kay.

– Eu não sei! Daqui a pouco conversarei com ela. – respondeu Elizabeth.

– Diga a ela que se fiz ou disse algo que não gostou, que me desculpe.

– Direi sim! Eu vou tentar descobrir o que aconteceu.

Emar retornou e tomaram o desjejum. Elizabeth pediu que preparassem uma bandeja com o desjejum para levar para Jaqueline e, em seguida, subiu até o quarto de sua irmã.

– Jaqueline? Você está acordada, minha irmã? – perguntou Elizabeth batendo na porta.

Jaqueline abriu a porta para Elizabeth, que entrou acompanhada por uma empregada. A empregada deixou a bandeja na mesa e se retirou.

– Trouxe o desjejum para você. – falou Elizabeth.

– Estou sem fome, querida! – falou Jaqueline.

– Você precisa se alimentar! Não jantou ontem! Vai acabar doente!

– Vou comer só um pouquinho, então.

– O que você tem, Jaque? Desde ontem que está calada.

– Ah, Beth! Estou com medo! O que sinto por Kay é tão forte que às vezes parece que meu coração vai explodir. – Jaqueline fez uma pausa. – Ontem ele pegou em minha mão e fiquei paralisada. Quando dei por mim, larguei a mão dele e sai andando. Fiquei tão nervosa que não sabia o que dizer e preferi me calar. Estou sem coragem de encontrá-lo!

– Então foi isso que aconteceu! Minha irmã, Kay está preocupado com você. Até me pediu que lhe dissesse que, se foi algo que ele lhe fez ou disse que a magoou, que o desculpasse.

– Por favor, diga a ele que não foi nada que ele fez ou falou. Ontem ele me fez umas perguntas sobre Albert e acabei respondendo de uma forma que, talvez, ele esteja pensando que sou apaixonada por Albert. Mas, também, não sei se Kay gosta de mim. Ele me faz elogios e me olha de um jeito que faz meu coração disparar. Eu preciso ficar sozinha para pensar no que fazer.

– Está bem! Deixarei você sozinha, mas pense com calma no que ele já lhe disse ou o que fez por você. Tente descobrir, através disso, o que ele sente por você, querida. – falou Elizabeth.

Elizabeth deixou Jaqueline sozinha e desceu. Encontrou com Kay na sala principal, que andava de um lado a outro, nervoso.

– O que ela disse? – perguntou Kay logo que viu Elizabeth.

– Ela disse que não foi nada que você fez ou falou. Kay, ela me pareceu muito nervosa e confusa.

– Eu vou lá falar com ela! – falou Kay dirigindo-se para a escada.

– Ela disse que quer ficar sozinha, pensando! Melhor você não ir lá, Kay. – falou Elizabeth segurando-o.

– Está bem! Vou respeitar a vontade dela não indo lá, mas nada me impede de lhe mandar um bilhete. – falou Kay indo para a biblioteca.