Capítulo 42 - A dúvida

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Mais de um ano já havia se passado e todos viviam alegremente, menos Jaqueline e Kay. Há um mês que Kay não procurava Jaqueline e ela estava muito triste e preocupada.

Em uma certa manhã, Jaqueline acordou e não encontrou Kay ao seu lado. Desceu, tomou o desjejum e não o encontrou. Então, decidiu ir a cavalo até o centro buscar algumas encomendas.

Jaqueline pediu que selassem sua égua Katin. Ela saiu ao jardim para ir em direção a parte de trás do castelo, mas parou por alguns instantes para admirar as rosas. Quando chegou perto dos estábulos, sua égua já estava selada. Jaqueline montou e seguiu lentamente para a estrada.

– Jaqueline! – gritou Kay, galopando rapidamente em seu cavalo Rubro.

Jaqueline parou o cavalo e esperou Kay alcançá-la.

– Aonde você vai? – perguntou ele.

– Até a cidade. – respondeu ela.

– Posso ir com você?

– Desde quando você precisa pedir para fazer algo, Kay?

– Só queria lhe fazer companhia. Você está brava.

– Não estou brava! Apenas estranhei sua atitude.

– Não vamos discutir!

– Nós nunca discutimos!

– Eu sei! Mas, não quero que agora seja a primeira vez! Apenas vamos esquecer esse assunto e falar sobre outra coisa.

– Está bem. Sobre o que quer falar?

– Podemos falar sobre algo que descobri sobre algumas plantas?

– Sim. O que descobriu?

– Uma das plantas aqui do reino tem efeito cicatrizante quando é feito um emplasto.

Encaminharam-se para a cidade enquanto conversavam sobre o Centro de Atendimento e as pesquisas feitas com as plantas locais.

Ao chegarem à cidade, as pessoas os cumprimentavam alegremente. Pararam em frente a uma loja e Jaqueline desmontou. Kay permaneceu montado em seu cavalo e segurando as rédeas de Katin.

Jaqueline entrou na loja e logo saiu com três pacotinhos em suas mãos. Uma senhora aproximou-se dela e entregou-lhe um lindo buquê de rosas vermelhas. Todos no reino sabiam que eram as preferidas de Jaqueline.

– Um presente para a senhora, alteza! – falou ela.

– Obrigada, senhora! – falou Jaqueline.

– Posso falar-lhe um minuto?

– Claro.

– Vossa alteza me parece triste e preocupada. Mas, o que perturba logo saberá, basta sorrir, cantar e dançar como sempre.

– Eu não estou entendendo, senhora!

– Pensa que é algo com a senhora, mas se voltar a sorrir, saberá que o que lhe preocupa não tem a ver com a senhora em particular.

– Ainda não estou lhe entendendo! – falou Jaqueline.

– Pense com calma e compreenderá o que lhe digo, alteza. Agora, com sua licença, preciso me retirar. Tenha um bom dia, alteza!

– Bom dia, senhora!

A senhora afastou-se e Jaqueline andou até seu cavalo. Ela guardou os pacotes em uma bolsa pendurada em sua sela e montou. Em seguida, ela e Kay rumaram de volta para o castelo.

– O que aquela senhora queria? – perguntou Kay.

– Nada! – respondeu Jaqueline.

– Nada? E por que conversaram tanto?

As Rosas de NarayanOnde histórias criam vida. Descubra agora