Amarílis - Série "Flores Do Sertão"

Capítulo 8 (Revisado)

PDV. AMARÍLIS

Aonde eu fui amarra meu jegue meu pai?

Eu sabia que não deveria ter aceitado esse convite, mas nãããooo Talita e Sofia tinha que fazer aquela cara de quem caiu da mudança e a besta aqui tinha que cair.

Nunca pensei que ele viria me busca, não depois do que fiz no escritório dele, até agora espero me ligarem pra dizerem "venha esvaziar seu armário está demitida" coisa que ainda não aconteceu graças a Deus.

- Ele dormiu - sou tira dos meus pensamentos com o gato de terno.

- ham?- ele olha pra mim sorri de lado.

- Erick ele dormiu - era disso que ele tava falando? Olho pro banco de trás e vejo meu homenzinho dormindo e acabo sorrindo.

- Quem é o pai dele - sinto minha respiração presa, minhas mãos gelarem e suor escorre pelo meu corpo.

- Ele não tem pai - falo mais fria que posso querendo acabar logo com esse assunto.

- Tá querendo me dizer que ele não assumiu e nem paga pensão? - ele parece transtornado, se o meu problema fosse só a pensão.

- Eu não sei quem é o pai dele - sinto meu corpo queimar e sei que é ele me olhando.

- COMO ASSIM NÃO SABE? - Ele pronúncia com raiva e outra coisa que não sei dizer o que é.

- Isso mesmo que você ouviu eu não sei quem é o pai dele e para de gritar porra vai acordar meu filho! - falo tudo sem pausa, ele que se foda quem é o pai dele não é da conta dele.

O resto da viajem foi feita em completo silêncio, dei graças a Deus por isso. Quando finalmente chegamos em uma casa perto da Orla da atalaia.

Graças à Deus vou me livrar dele.

Quando desço do carro e abro a porta pra pegar Erick que continua dormindo escuto ele falar.

- Deixa que eu levo ele - assim curto e grosso. Idiota

Ajeito meu vestido e a bolsa de Erick o ruim de ser mãe é que você sempre vai anda com uma bolsa que é capaz de você tira uma girafa de dentro dela.

- Tia Lis - sou praticamente derrubada por uma Sofia de vestido vermelho, só não cai por causa do gato de terno que me segurou.

- Sofia você quase derrubou ela, cuido - ela parece arrependida mais isso só durou 2 segundos.

- Quem é ele? - ela olha pra Erick no colo de Ricardo e parado pra olhar agora ele tá gostoso pra caralho.

- Lembra quando a tia disse que tinha um homenzinho na vida dela? - ela confima com a cabeça - Então esse é Erick meu filho - Sofia parece surpresa.

- Posso brincar com ele? - antes que eu possa responder o grosso do tio dela responde.

- Quando ele acordar vocês brincam - ela confinar com a cabeça e vai embora correndo do mesmo jeito que chegou - Vem vamos por ele em um quarto - ele sai na frente e eu vou segundo ele .

A casa é enorme com piscina, churrasqueira e até um lago, povo rico é exagerado.

- Você deve ser Amarílis - vejo uma senhora baixinha caminhando até mim. - Ricardo. - ele olha pra ela é abaixa a cabeça.

- Mamãe - Mamãe? Essa mulher é mãe dele?

- Minha querida não precisa olha assim eu tentei dar educação a ele - me sinto até envergonhada por deixar tão na cara o que penso. - Seus olhos - caralho porque isso sempre vira motivo de conversar? - São lindos - abaixo a cabeça pra mim eles são só lembranças do que aconteceu.

- Obrigada - olho ao redor procurando uma solução pra sair da conversa até que vejo um homem e loiro me olhando de um jeito esquisito.

- Tá tudo bem? - prendo a respiração quando sinto as mãos de Ricardo na minha cintura.

- S..i..m - merda gagajei.

A mãe dele continua olhando tudo com um sorriso no rosto.

Velha doida.

- AMARÍLIS - escuto Talita gritar no meio das pessoas.

- Precisa grita doida - depois do que aconteceu com Sofia criamos uma amizade estranha.

O homem loiro continua me olhando, sinto uma sensação ruim.

Talita me leva pra conhecer a família e quando finalmente sentamos em uma mesa a mãe de Ricardo e Miguel continua me olhando.

- Seus olhos sempre foram assim? - tudo bem que é esquisto mais a mãe dela nunca disse que é feio ficar encarando?

- Não eles eram castanhos escuro - ela me olha confusa caralho agora vou ter que explicar, vejo que todos da mesa param de conversar pra escutar a nossa conversa - Eu sofri uma acidente. - vejo Ricardo, Miguel, Talita e até mesmo a mãe deles me olharem preocupado.

- O que aconteceu com você? - Ricardo parece preocupado. Caralho o que eu fala não dá pra solta "olha fui abusada, espancada e 3 meses despois descobri que estava grávida" eu preciso de uma desculpa melhor.

- Eu fui roubada perto de casa, não tinha muita coisa pra levarem então me bateram - nossa que desculpa de merda, eu já fui melhor nisso, Miguel parece na dúvida, Ricardo me olha preocupado e Talita me olha chorosa, agora imagina se ela soubesse da verdade.

- E foi por isso que seus olhos ficariam assim - Talita pergunta curiosa, deveria me sentir mau por esta mentindo na cara dura, meu Deus sou um péssimo exemplo pra Erick.

- Sim basicamente foi isso - eles me olha querem mais explicações, povo curioso, tento não revira os olhos. - É uma Doença chamada Heterocromia causa pigmentação mais clara em um dos olhos ou nos dois - Curiosidade matou o gato esse povo deveria saber disso.

- Mamãe - escuto Erick gritar de longe.

Me levanto e vou atrás do meu filho e quando chego vejo ele nos braços daquele loiro que tava me olhando esquisito.

- Mamãe - sorriu pra ele mais quando chegarmos em casa vamos ter uma conversa.

- Lisa - ninguém me chamava assim uma sensação ruim apertou meu peito, sinto minha respiração ficar irregular sinto lágrimas nos meus olhos.

- Solta o MEU filho agora - Eu não queria aquele homem perto de mim e nem do meu filho tinha algo nele errado e ruim, eu só não consigo lembrar, cada vez mais a sensação ruim aumenta.

Ele não solta o meu filho e tomo a força e sei que posso ter machucado ele, pego meu filho no colo e saio correndo. Eu preciso sair daqui nós precisamos.

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O primeiro encontro ja aconteceu...
Como será os outros?
Comentam a história só fica melhor se vcs participarem
Link do grupo na minha biografia
Lá vocês ficam por dentro de tudo que aconteceu e o que vai acontecer em todos os meus livros inclusive de novos projetos
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LR

OBS: HETEROCROMIA 👇👇

A heterocromia pode fazer parte de uma doença genética. Também pode ser um tumor que cresce na íris (nevo da íris) ou ocorrer após uma lesão ocular. Em casos raros, pode ser observada com outros distúrbios.

Em alguns casos, a cor da íris de um olho pode ser diferente da cor do outro olho. Por exemplo, um olho é azul e outro é castanho.

A heterocromia geralmente é inofensiva e não precisa de tratamento.

Fontes- hospital Israelita