Fearless [EM HIATUS]

23. Ops! (Parte II)

Logo que amanheceu, mal Viv tinha despertado do seu sono, o quarto já estava cheio de pessoas, balões cor de rosa e sorrisos.

Vivian coçou os olhos incomodada com a forte luz, e visualizou Anne sentada na poltrona do lado da cama esticando os braços para frente, enquanto Harry deitado no pequeno sofá resmungava. Lizzie, Ally e Summer pararam na frente da morena e sorriram, enquanto Brian, Louis e Matthew fechavam a porta tentando diminuir o barulho que poderia estar soando lá fora. Viv balançou a cabeça negativamente, enquanto sentava-se na cama, sentiu os braços doerem e fez uma cara de dor, que não passou despercebida por Ally, e muito menos, por Matthew que em poucos passos estava ao seu lado, segurando seu rosto entre suas mãos, preocupado.

- Está bem? Está sentindo alguma dor? - ele perguntou procurando qualquer vestígio de dor nos olhos da namorada, que riu.

- Matthew Hendricks, você todo preocupado comigo é a coisa mais fofa do mundo todo. - ela riu apertando a bochecha dele. - Só senti uma dorzinha no meu braço, amor. Nada para se preocupar, estou bem.

- Ainda bem! - Summer disse sentando na beira da cama. - O Josh não pôde vir, mas mandou um beijo e melhoras para ti, Viv.

- Obrigada, Sums. - ela sorriu.

- Eu quero te bater por ter me deixado tão preocupada, Vivian Lawrence! - Alyson cruzou os braços sobre seus seios e fez um bico, franzindo a testa. Todos riram. Viv fez cara de pânico.

- Alyson, eu estou deitada numa cama toda dolorida e você me diz que quer me bater? - fez um bico triste. - Eu juro que não queria te preocupar. Eu nem sei como eu consegui cair daquela escada... - Na verdade, ela sabia muito bem o que tinha acontecido. Sabia quem tinha causado tudo aquilo, mas não queria que Matthew soubesse e fosse falar com Barbara. Então, fingiu não saber como aconteceu aquilo tudo.

- É incrível como você consegue ser tão desastrada, Vivian! - Alyson riu sentando ao lado da amiga.

- Todos nós ficamos preocupados, Viv, e estamos feliz que você esteja se sentindo melhor. - Lizzie disse calma e sorridente.

- Estou ótima, já estou contando os minutos para voltar para a Universidade. - a morena disse rindo.

***

Quando todos foram embora, após desejar que Vivian melhorasse logo, e que fariam uma festa imensa para ela, Anne aproximou-se da morena depositando um singelo beijo em sua testa. Enquanto Matthew estava na lanchonete do hospital tomando um café, Harry estava sentado na cadeira ao lado observando as duas mulheres. Só faltava Gemma ali para completar as mulheres da sua vida. Observou os traços delicados de sua melhor amiga e o sorriso de sua mãe. Começou a prestar atenção nas palavras de sua mãe:

- Querida, o que aconteceu de verdade? - ela perguntou calma, sentando-se na cama de frente para a mulher.

- Eu não sei. - ela disse olhando para as mãos.

- Viv, eu me lembro quando você saiu comigo e com o Harry do Orfanato... O jeito que você estava, sem acreditar que alguém poderia te amar e te querer bem, que alguém poderia te proteger e não te abandonar. Eu me lembro das noites que você se escondia e chorava baixinho, pensando que ninguém estava te escutando, só para não ter que falar que estava triste. Você sempre foi assim... Escondendo o que está sentindo, nunca querendo demonstrar medo e franqueza, mas querida... Eu sempre estava lá, depois da porta, te ouvindo e pedindo a Deus que acalmasse seu coração. Eu te conheço, Vivian, eu sei que você sabe o que aconteceu, e tudo bem se você não quiser contar... Mas, se foi alguém que causou a sua queda, você precisa dizer para um de nós, porque querida: você não está e nunca mais ficará sozinha. Nunca, Viv. - ela parou de falar olhando para os olhos castanhos marejados. - Quando eu resolvi te levar com meus filhos daquele lugar não foi por dó, por pena ou caridade. Foi porque eu queria que você se tornasse parte da minha família, fosse minha filha como o Harry... - ela estendeu a mão para o garoto, que ficou em pé ao seu lado sorrindo, e a morena segurou a outra mão dele. - E a Gemma. Vocês são tudo o que eu tenho, e eu nunca vou abandoná-los, eu os amo.