L e t í c i a
12 horas. Só faltam 12 horas para o Gustavo estar de volta. Acho que eu nunca vi 12 horas passarem tão devagar na minha vida.
- Camila: - você colocou um aviso no celular, não é possível. - Camila brincou e depois me olhou. - você não fez isso, fez? - ela levantou uma sobrancelha.
- Letícia: - não, claro que não. - disse rindo nervosa.
Rapidamente liguei meu celular e apaguei os alarmes que estavam programados para me avisar toda vez que uma hora se passava.
Eu poderia sim estar parecendo uma louca, mas nada parece louco pra mim quando se trata dele.
- Camila: - pega a Bea pra mim, por favor. - ela disse saindo do carro.
- Letícia: - vem pra tia vem. - disse com a voz fina e ela riu.
Peguei Beatriz no colo e Camila pegiu sua bolsa, estávamos indo ao médico, Beatriz tinha passado a noite com febre.
- Camila: - ela não parece estar mais tão quente. - ela disse botando a mão na testa da mesma.
- Letícia: - calma, pode ser apenas uma coisa besta. - disse fazendo carinho em Bea.
Entramos no hospital e Camila foi preencher a ficha que era necessária. Nós esperamos pouco mais que 15 minutos, a sala de espera estava com apenas duas pessoas, nós e um belo menino de olhos verdes.
- Desconhecido: - Beatriz Alcântara. - o médico chamou.
- Camila: - você quer ir? - ela disse pegando a Bea no colo.
- Letícia: - não, eu posso esperar aqui. - ela assentiu e seguiu o médico.
Fiquei ali na sala de espera e analisei o lugar, era cheio de adesivos de crianças, bichinhos e alguns brinquedos em um canto.
- Desconhecida: - eu já disse pra não fazer isso Nicholas. - uma mulher disse para seu filho.
O mesmo estava se pendurando na persiana da janela, o garoto ria em ver o desespero da mãe.
Confesso que ser mãe deve ser difícil, mas nada me faria mais feliz, alguns podem até me chamar de maluca, mas eu sou vejo a hora de poder ter um e ver o rostinho dele.
Será que ele vai se parecer mais comigo ou com Gustavo?
Ri com meus pensamentos loucos e meu celular vibrou, peguei o mesmo, mas antes que eu pudesse ver o que era me veio uma tontura repentina e eu fechei os olhos.
- Desconhecido: - está tudo bem senhora? - a mulher da recepção perguntou.
- Letícia: - acho que minha pressão subiu. - me segurei na cadeira. - eu não..me ajuda.
- Desconhecida: - senhora? - ela veio até mim e balançou meu rosto. - eu vou chamar alguém.
Era uma sensação ruim, minha barriga não estava nem um pouco legal e minha cabeça parecia que tinha sido chacoalhada umas mil vezes.
- Desconhecido: - vem, nós vamos te ajudar. - um homem disse.
Não respondi nada e fui levada até uma salinha toda branca, eu odiava a cor branca.
- Desconhecido: - sou o doutor Fernando, vou medir sua pressão, tudo bem? - só assenti.
Ele mediu a mesma e não disse nada, anotou alguma coisa no papel e me olhou.
- Fernando: - vou te fazer algumas perguntas, okay? - assenti ainda um pouco atordoada. - você ja sentiu isso alguma outra vez?
- Letícia: - sim, na semana passada eu fiquei um pouco tonta, mas foi porque eu levantei da cama rápido. - ri sem graça e ele assentiu de cara fechada.
- Fernando: - sua menstruação está regulada? - parei pra pensar e engoli em seco.
- Letícia: - não. - ele anotou.
- Fernando: - a quarto tempo não está vindo?
- Letícia: - um mês e algum tempinho, mas é porque meus hormônios estão desregulados. - sorri sem mostrar os dentes.
- Fernando: - você comeu alguma coisa hoje?
- Letícia: - meu Deus, eu esqueci de comer.
- Fernando: - seu caso é simples Letícia, pelo que eu vi você é casada. - ele olhou para o meu dedo com a aliança. - acho ótimo, recomendo que você faça um exame de sangue pra confirmar, mas eu acho que você só está gravida.
OI??
- Letícia: - não pode ser doutor, eu tomo remé.. - parei de falar.
Eu tomava sim remédio, mas meu médico mandou eu parar por um tempo, por conta dos meus problemas hormonais.
Meu Deus, é isso mesmo?
- Fernando: - algum problema?
- Letícia: - não, não é nada disso. - ele sorriu. - eu posso fazer o exame agora?
- Fernando: - pode sim, é só mostrar isso na recepção. - ele me entregou um papel. - se cuida.
- Letícia: - obrigada doutor. - sai da sua sala.
Andei pelo hospital e cheguei na recepção novamente.
- Desconhecida: - a senhora está bem? - ela perguntou.
- Letícia: - estou, eu preciso fazer esse exame. - dei o papel a ela. - o mais rápido possível.
- Desconhecida: - claro. - ela anotou algumas coisas do computador. - vá na sala 47 e espere seu nome ser chamado.
- Letícia: - obrigada. - agradeci e fui para o elevador.
Isso estava mesmo acontecendo, eu ia ser mãe de novo? Eu não conseguia acreditar.
- Letícia: - calma Letícia, é só um palpite. - disse a mim mesma. - acho que eu vou enlouquecer. - disse rindo, passei a mão no cabelo e me olhei no espelho do lado.
Enfim o elevador chegou, me sentei no pequeno corredor que tinha e esperei que me chamassem.
Não demorou tanto, tinha apenas uma mulher na minha frente. Entrei e fiz o exame, o enfermeiro disse que ficaria pronto em 4 horas.
Admito que meu coração queria saltar pra fora de ansiedade, mas uma grande parte dele também tinha medo de tudo ser apenas coincidência.
××
Estava esperando Camila voltar da farmácia, Bea estava apenas com um leve resfriado, como pode um ser tão pequeno ficar assim. Ela estava dormindo na sua cadeira e eu a observava, rindo igual boba.
Eu podia negar, mas o que eu mais queria era que o resultado saísse logo.
Assim que cheguei em casa, me lembrei que não vi a mensagem que tinha chegado no meu celular, era do Gustavo, abri a conversa e minha boca foi parar no chão.
[ mensagem on ]
Gustavo: - desculpa.
Gustavo: - [ mídia][ mensagem off ]
E foi ai que meu mundo pareceu desmoronar em cima de mim. Tudo de uma vez só.
××
Ps: a foto que a Letícia recebeu é a da mídia.
Eita 🔥🔥
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| O Melhor Amigo Do Meu Irmão | parte III
Teen FictionLetícia e Gustavo estão mais felizes que nunca, mas não se esqueçam que quem é muito feliz, acaba causando inveja nos outros. "TERCEIRO LIVRO, CASO NÃO TENHA LIDO O PRIMEIRO E O SEGUNDO, ELES ESTÃO DISPONÍVEIS NO MEU PERFIL"