- capítulo 51

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G u s t a v o

- Gustavo: - ela tá louca, é isso? - disse assim que Gabriel me olhou.

- Gabriel: - não podemos dizer com certeza.

- Gustavo: - okay, não podem me dizer com certeza. - passei a mão no rosto. - ela pode estar fingindo, ela é louca a ponto de fazer isso, eu aposto que ela tá fingindo, não é?

- Gabriel: - nós precisamos de um médico pra ter certeza, mas antes disso a gente não po.. - o interrompi e entrei rápido na pequena sala.

- Gustavo: - olha só sua maluca, eu não quero nem saber se você é louca mesmo ou se faz, mas se você encostar um dedo na minha mulher, eu juro que você vai se arrepender. - ela pareceu assustada. - EU NÃO TENHO MEDO DE VOCÊ, TA ME ESCUTANDO? - sua expressão mudou.

- Olívia: - nem eu, querido. - quando eu ia chegar mais perto dela, senti alguém me segurar.

- Gabriel: - tá louco, você não pode fazer isso, Gustavo. - ele me segurou.

- Gustavo: - me solta, ela tá fingindo, você não tá vendo? - ele nem a olhou.

- Gabriel: - o que eu to vendo é que você precisa se acalmar.

- Gustavo: - Gabriel, ela.. ela.

- Gabriel: - Gustavo, para.

- Gustavo: - quer saber, você tem razão. - respirei fundo. - é que eu to um pouco preocupado. Vai que ela pode fazer alguma coisa com eles, eu estou um pouco paranóico né?

- Gabriel: - relaxa, ela tá detida aqui, nada vai acontecer.

- Gustavo: - okay, nada vai acontecer, vai ficar tudo bem. - disse me acalmando.

- Olívia: - eu não teria tanta certeza assim, meus amigos. - ela sussurrou e sorriu.

- Gustavo: - sua maluca. - tentei passar pelo Gabriel. - VOCÊ VIU? ELA É LOUCA, É SURTADA.

- Gabriel: - se acalma, senão vou ter que mandar te prender. - respirei fundo. - vamos tomar uma água, depois você liga pra Letícia, pra você se sentir melhor. - concordei. - vai ver que nada aconteceu.

Ele tinha razão, eu estava deixando ela me irritar, ela está presa aqui dentro, não tem como ela fazer nada com a Letícia, vai dar tudo certo. Gabriel foi até sua sala pegar alguns papéis, eu peguei um copo d'água e disquei o número da Letícia, depois de chamar 5 vezes, eu pude ouvi sua voz.

[ ligação on ]

Letícia: - oi, amor.

- graças a Deus, você tá bem? Tá tudo bem aí?

Letícia: - tá sim, a Camila foi no portão atender o cara da pizza.

- Okay, tomem cuidado.

Letícia: - pode deixar, como está sendo aí?

- a Olívia tá surtada, não tá falando coisa com coisa.

Letícia: - sempre soube que ela era assim, você que era tapado e não via.

- muito engraçada você.

Letícia: - volta logo, ta?

- assim que acabar aqui eu volto, vou te levar caramelo, quer?

Letícia: - e alguma vez eu neguei caramelo?
Letícia: - se um dia isso acontecer é porque não sou eu, querido.

- até daqui a pouco.

Letícia: - beijo.

[ ligação off ]

Assim que desliguei pude ouvir meu coração voltar a bater no seu ritmo normal, respirei aliviado.

- Gabriel: - eai, está mais calmo? - - assenti. - eu acho melhor você ir pra casa, vá ficar com ela. - ele sorriu. - vou pedir que um policial te leve.

- Gustavo: - tudo bem, eu acho que se eu continuar aqui eu sou capaz de surtar com aquela loucura toda. - ele riu.

- Gabriel: - e depois vai preso por agredir uma mulher.

- Gustavo: - quem disse em agressão?

- Gabriel: - ah não? - neguei. - o que você ia fazer então?

- Gustavo: - na verdade eu só queria jogar ela na frente de um ônibus, sem agressão.

- Gabriel: - aham. - rimos. - some daqui, vai. Kevin, leva ele até a minha casa por favor. - ele disse a um dos policias que estavam perto.

- Kevin: - sim senhor, podemos ir? - ele disse a mim.

Antes que eu pudesse resolver, ouvimos um barulho alto vindo do corredor, logo alguns policiais correram em direção do barulho, segundos depois ouvimos três  disparos. Gabriel me olhou e puxou sua arma, ele foi caminhando devagar pelo corredor.

- Gabriel: - DROGA! - ele disse quando virou.

- Gustavo: - o que foi? - disse e fui até ele. - cadê a Olívia? - Gabriel me olhou sem saber se respondia ou não a pergunta. 

A sala onde Olívia estava antes, agora está vazia, sua cadeira está no chão, os policias que estavam ali, agora estão machucados no chão.

- Kevin: - senhor? - o policial de antes chamou. - o Carlos tá acordando.

- Gabriel: - o que aconteceu aqui? - ele perguntou.

- Carlos: - foi tudo muito rápido, em um momento ela estava lá dentro e no outro ela estava aqui fora com outros dois caras. - ele fez uma pausa. - eu acho que eram Matias e Saimon, senhor. - ele disse pausadamente e com dor.

- Gabriel: - merda, essa louca acha que pode vir aqui, comprar dois dos meus homens, atirar nas pessoas e sair por aí como uma vaca maluca. MAS QUE MERDA.

- Gustavo: - Letícia não me atende. - disse engolindo em seco.

- Gabriel: - tem uma viatura perto da minha casa, liga pra eles, Kevin.

A ambulância chegou em poucos minutos, Gabriel estava furioso com ele mesmo, ele não conseguia acreditar que apenas uma mulher surtada fez tudo isso. Eu estava sentado no chão tentando ligar para a Letícia ou a Camila, mas nenhuma das duas atendia.

- Gabriel: - Gustavo? - ele veio até mim e eu me levantei rápido. - a viatura não responde. - meu coração parou.

- Gustavo: - eu te disse, Gabriel, ela foi atrás da minha mulher, o que essa mulher quer de mim? - respirei fundo. - vamos pra lá, e se ela só não estiver me atendendo, precisamos ir ver.

- Gabriel: - já mandei uma viatura, agora nós precisamos manter a calma, você principalmente.

- Gustavo: - eu.. eu não. - um nó se formou na minha garganta. - eu sabia que alguma coisa de ruim ia acontecer, eu tava sentindo, Gabriel.

- Gabriel: - desculpa cara, nós vamos resolver isso, mas eu não posso fazer muita coisa se você continuar assim, daqui a pouco vou mandar você para o hospital.

- Gustavo: - tudo bem, mas eu quero ir, eu quero ir quando você for atrás delas. - ele pensou um pouco, mas logo assentiu.

Meu coração estava disparado, Gabriel estava esperando o retorno da viatura para ter mais notícias, enquanto isso estavam todos tentando achar a maluca da Olívia. Me sentei em um dos bancos e procurei me acalmar, eu estava quase colocando meu coração pra fora, ele estava acelerado, cada pessoa que chegava na delegacia era motivo da minha atenção, eu estava em alerta a cada movimento. Meus pensamentos só tinham um assunto, ou melhor, uma pessoa. Se eu descobrisse que a Olivia machucou a pessoa que me faz sorrir toda manhã, eu não sei do que eu seria capaz.

×××

Olívia, minha filha, o Gustavo quer te matar.

Beijos! 💙

| O Melhor Amigo Do Meu Irmão | parte IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora