- capítulo 50

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L e t í c i a

Confesso estar bem nervosa, principalmente pela parte das ameaças, Gustavo não sabe que eu também sei dessa parte, preferi deixar ele pensar que eu sei somente o básico, pelo menos assim ele não fica paranóico. Depois daquele acontecido no consultório dele, eu acabei indo almoçar sozinha, e mais tarde voltei pra casa.

- Letícia: - oi, Max, tudo bem? - brinquei com ele. - seu pai já chegou? - disse olhando a porta aberta.

Seu carro não estava na garagem, franzi a testa e peguei meu celular, disquei o número do Gustavo e ele logo me atendeu.

[ ligação on ]

Gustavo: - oi, amor.

- eu acho que tem alguém na nossa casa.

Gustavo: - O QUE?
Gustavo: - SAI DAÍ AGORA, LETÍCIA.

- eu já estou aqui dentro, tem algumas coisa fora do lugar, nada demais, acho que a pessoa foi embora.

Gustavo: - EU TO FALANDO SÉRIO, SAI DAI, AGORA.

- para de gritar, por gentileza, eu não sou surda.

Gustavo: - Por favor, me escuta, larga de ser teimosa.

- eu escutei um barulho lá em cima, eu vou sair correndo.

Gustavo: - vai pra casa do Gabriel, eu te encontro lá em 5 minutos.

- 5 minutos, ta doido? Não é tão perto assim.

Gustavo: - não duvide da minha capacidade de furar todos os sinais de trânsito.

- vem com calma, não precisa disso tudo, já estou voltando pro carro.

Gustavo: - toma cuidado, por favor, qualquer coisa me liga.

- beijo, te amo.

Gustavo: - beijo, eu amo vocês dois.

[ ligação off ]

Peguei o Max e voltei pro carro, assim que virei a chave, tomei um susto com algo caindo na frente do carro. No começo eu fiquei com medo de olhar, mas logo Max saiu correndo do carro e foi até o objeto.

- Letícia: - mas que merda é essa? - disse pra mim mesma.

Era um manequim com as minhas roupas, a testa do mesmo estava escrito vadia, de batom vermelho. Olhei em volta mas não tinha ninguém, entrei no carro e fui o mais rápido que pude para a casa do Gabriel.

Gustavo chegou alguns minutos depois de mim, ele me analisou inteiro pra saber se tinha algo de errado e ter certeza que eu estava inteira, como ele havia dito.

××

- Gustavo: - eu não sei mais o que fazer, eu juro que se acontecer alguma coisa com eles, eu não sei, eu morro cara. - ouvi ele dizer para o Gabriel.

Me dói ouvir isso dele, meu coração fica lento só de imaginar a dor dele. Essa situação tinha que acabar, não quero que meu filho nasça no meio dessa confusão.

- Gabriel: - hoje eu vou pedir pra vocês ficarem aqui, eu vou dar um jeito nisso, preciso do endereço da Olívia, preciso interrogar ela hoje mesmo.

Me sentei na varanda e Max logo veio atrás de mim, o sol já não estava mais no céu, dando lugar a um vento frio de final de tarde. Camila tinha acabado de voltar da casa da sogra, onde foi buscar Beatriz.

| O Melhor Amigo Do Meu Irmão | parte IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora