- capítulo 29

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L e t i c í a

A festa foi ótima e todos já haviam ido embora, olhei o relógio e marcava 2:20AM.

- Letícia: - cansada, é a palavra que me descreve por completa. - falei jogada no sofá.

- Gustavo: - sabe, eu ainda ia cantar pra você na festa. - sorri e levantei a cabeça.

- Letícia: - pode cantar agora, sem problemas.

- Gustavo: - você que manda meu amor. - ele sorriu e saiu.

Gustavo voltou com o violão em mãos e uma caixa na outra.

- Letícia: - que isso?

- Gustavo: - seu presente. - ele sorriu e me entregou a caixa.

Eu o olhei e ele fez careta, ele não parava de me surpreender, o que vem pela frente dessa vez?

- Letícia: - Gustavo! - disse com a mão na boca, logo que abri a caixa. - você é louco. - sorri.

- Gustavo: - gostou?

- Letícia: - eu adorei. - meus olhos encheram d'água. - eu juro que eu adorei.

- Gustavo: - nosso filho de 4 patas. - ele sorriu. - pronto pra receber todo nosso amor.

Olhei para o rosto daquele filhote e sorri, seus olhos tinham um brilho diferente, ele se aconchegou no meu colo e eu acariciei seu pelo.

- Letícia: - obrigada. - acariciei seu rosto. - obrigada mesmo.

- Gustavo: - obrigado você, por me fazer o homem mais feliz do mundo. - sorri.

Gustavo podia ser o que for, podia ter todos os defeitos do mundo, mas acima de tudo, ele era um homem incrível. Cheio de surpresas, leal, carinhoso e acima de tudo paciente.

Não é qualquer pessoa que conseguiria passar por tudo que passamos, se fosse outro talvez eu não estivesse aqui, talvez eu já tivesse feito uma besteira, não vou negar, já pensei nisso.

Mas essa hipótese sumiu no instante que eu o via, seu olhar, seu sorriso, seus carinhos, tudo isso faz parte, faz parte das coisas que eu mais amo nele.

- Gustavo: - o que você quer? - ele bateu no violão. - vamos lá, o mais novo membro da casa quer conhecer os pais maluco que ele vai ter. - ele sorriu.

Ele estava feliz, eu estava feliz, pela primeira vez estava tudo indo bem, estava tudo no seu devido lugar, estava tudo melhor nas nossas vidas.

- Letícia: - me surpreenda. - ele me olhou nos olhos.

- Gustavo: - uma canção que me lembra muito você, toda vez que eu ouço ela. - ele sorriu. - você vem na minha mente.

- Letícia: - que não seja uma música erótica. - ele riu

- Gustavo: - não, não é uma música erótica.

- Letícia: - assim espero. - ele riu.

- Gustavo: - vamos lá. - ele se posicionou direito e começou a tocar. - mesmo com seu ciúmes, mesmo com seus costumes, difíceis de aceitar, aceitei estar do teu lado, é, prometi me adaptar, as suas palhaçadas, chegando como quem não queria nada, conseguiu me conquistar, vi mudança em você, é, conseguiu me convencer a ficar. - sorri. - e quantos momentos sentimos saudades, e por orgulho não confessamos a verdade, fizemos burradas, voltamos atrás, foram tantas mancadas que já nem lembro mais. - momentos foram se passando na minha cabeça. - enfim, quando tô com você não respondo por mim, e eu espero que seja sempre assim, que o nosso amor seja louco, que a loucura nunca tenha fim, e seu sorriso me trás santa paz, já imagina o bem que cê me faz, e o quanto odeio ver você atravessando a porta, e fingindo que pouco se importa. - mandei língua pra ele e o mesmo riu. - eu só quero uma tarde com você, um sofá, um cobertor e uma TV, te abraçar e esquecer o mundo lá fora, e é só você que eu quero agora. - ele terminou sorrindo.

Esse homem era de longe o melhor do mundo, eu não sei como, nem se vai ser assim pra sempre, mas meu coração bate mais forte cada vez que o vejo. Quando seus olhos se encontram com os meus, eu posso sentir as borboletas se formarem no meu estômago, é sempre assim. Eu o amo com todo o meu coração desde que o conheci naquele carro.

- Gustavo: - se você não gostar dessa, tem uma música erótica também quer ouvir? - eu desviei dos meus pensamentos e o olhei. - quando você sen.. - eu o interrompi.

- Letícia: - não compete essa frase. - ele riu.

- Gustavo: - então me diz se você gostou. - eu tirei a mão da sua boca.

- Letícia: - eu adorei. - sorri. - estamos parecendo dois adolescentes apaixonados.

- Gustavo: - mas eu sou, perdidamente apaixonado por você coisa linda. - ele beijou minha bochecha. - e sempre vou ser. - ele beijou minha testa. - você é a mulher da minha vida.

- Letícia: - Gustavo. - sussurrei perto dos seus lábios.

- Gustavo: - fala. - ele engoliu em seco.

Nossas respirações estavam fora de ritmo, ele estava tão perto que eu sentia sua respiração quente bater em meu rosto, era incrível o que um único toque dele podia fazer com o meu corpo. Depois de anos, ainda era o mesmo.

- Letícia: - eu. - olhei em seus olhos. - eu. - ele riu. - acho que eu te quero.

-  Gustavo: - acha? - ele mordeu meu lábio. - eu preciso que você tenha certeza do que quer.

- Letícia: - é que com você eu nunca tenho certeza de nada. - ele sorriu.

- Gustavo: - tudo bem, essa eu deixo passar. - sorri.

Nós estávamos como dois bobos, sorrindo um para o outro, como se nossas vidas dependesse disso, mas a única coisa que eu sabia nesse momento era que eu era dele. Para sempre.

- Letícia: - eu te amo. - sussurrei enquanto ele tocava meus lábios com os seus.

- Gustavo: - eu também te amo. - e isso foi o bastante para unir nossas bocas.

Era mágico, seu beijo me causava diversas sensações diferentes, suas mãos que me puxaram para mais perto, agora estavam apertando minha cintura.

- Gustavo: - eu estava com saudades de você. - uma lágrima escorreu dos seus olhos.

- Letícia: - Gustavo. - eu me espantei pela lágrima. - por que você está chorando? - limpei a lágrima.

- Gustavo: - só Deus sabe o quanto eu me segurei por todo esse tempo, eu achei que fosse explodir. - ele riu, me arrancando uma risada em seguida.

- Letícia: - desculpa, eu só precisava de um tempo pra mim.

- Gustavo: - okay, mas nunca mais faça isso, eu juro que pensei que fosse morrer.

- Letícia: - exagerado. - revirei os olhos.

- Gustavo: - você vai revirar esses olhos em outra ocasião baby. - ele levantou comigo. - desculpa totó, eu vou precisar roubar ela um pouquinho. - e como se ele tivesse entendido, ele soltou um latido e deitou no sofá.

- Letícia: - bom garoto. - eu ri. - agora vamos.

Gustavo beijou meu pescoço e foi em direção ao quarto, podemos ter derrubado algumas coisas no meio do caminho, mas isso é super normal, não poderia ser diferente.

- Gustavo: - hoje você não me escapa senhora Bennet.

- Letícia: - tá me vendo fugir? - eu  disse e ele soltou seu sorriso travesso.

Ah, um dos meus sorrisos preferidos.

×××

TUDOBOMPESSOAL?

tenho uma notícia triste pra vocês, nossa história está chegando ao fim, teremos mais um capítulo e o epílogo.

Beijos!! 💙

| O Melhor Amigo Do Meu Irmão | parte IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora