Destroya, em clã e território!

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W040
Earthland // Oeste - Montanhas Olímpicas
Próximo a divisa de Mercattinarium

  O cavalo seguia em toda velocidade, enquanto a noite caía. Aurora, Mari ou qualquer outro pseudônimo que se refira a garota da ordem, se aproximavam do cansaço em meio ao anoitecer, no entanto, não havia tempo para se perder.

  Ela se cobriu sua mão de magia de ordem, criando uma iluminação que servia de lanterna, então seguiu avançando até ver o declive da parte oeste da montanha, em seu fim, uma placa anunciando a entrada em Mercattinarium. Alguns soldados do clã Destroya, patrulhavam a divisa, guardando seu enorme território.

- Aquelas bandeiras de polvo...

  Aurora moldou seu chapéu com uma ilusão, transformando-o em um capuz escuro, que cobriu sua cabeça, soltando duas correntes pelas suas mãos, que arrastaram no chão.

  Ao se aproximar dos guardas, que estavam rígidos e atentos no movimento de uma silhueta, ela saltou do cavalo e correu, lançando sua corrente direita em um guarda, lançando sua esquerda em outro e levando-os de encontro, impactando-os.

  Um terceiro guarda sacou sua espada, que se envolveu de magia elétrica e correu na direção de Mari, que soltou as correntes dos guardas presos e lançou ambas no guarda restante, enrolando e imobilizando.

  Ao se aproximar do guarda imobilizado, energizou sua mão com magia de ordem e desferiu um golpe no pescoço do mesmo, que ficou inconsciente.

- Presas fáceis - disse, confiante.

  Ela subiu novamente no cavalo e observou o caminho adiante, sabia que não chegaria a tempo. Matt seria transportado de Valenwood até Selnium pela manhã, sendo a única chance de tentar libertá-lo.

  Foi quando ela se lembrou.

W032
Earthland // Mercattinarium
Bosque Valenwood

- Esse lugar será nosso esconderijo! - disse Matt, ao revelar uma pequena casinha, escondida sob a terra.
- Eu adorei! - disse Mari, enquanto analisava algumas mesas com livros e umas cadeiras reclináveis.
- Você bem que podia me ajudar a pensar em um jeito secreto e emergencial para entrar aqui! - o garoto dizia, enquanto coçava sua cabeça.
- Eu já sei de uma maneira!

  Mari pegou um graveto que estava no chão, energizou-o e foi em direção a uma parede, onde desenhou símbolos rúnicos da ordem, formando um círculo mágico.

- O que é isso? Wow! - Matt se animou.
- É um círculo mágico de emergência! Se precisarmos de usar ele, eu só preciso desenhar isso em alguma outra parede, mas só funcionará uma vez!
- Espero que não tenhamos que usar então.

W040
Earthland // Oeste - Estrada

  Após se recordar do círculo mágico de emergência, Mari procurou por um rochedo ao seu arredor, desviando-se de seu caminho original. Ao encontrar um paredão de pedra, Mari energizou um pedregulho e desenhou o círculo mágico, imaginando a cena dela com Matt e torcendo para que ele não tivesse usado o círculo.

  Ao terminar o desenho, ela lançou suas correntes com força na parede, que se quebrou como um pedaço de vidro, abrindo uma fenda mágica.

- Obrigado por não ter usado isso, Matt.

  Mari saltou dentro da fenda, ressurgindo na pequena casa no bosque Valenwood. Cheia de poeira e teia de aranha, a casinha estava com livros espalhados, uma mesa continha um pedaço de pão mofado. Resolveu jogar os livros que estavam em cima de uma cama de feno no chão e deitou sobre os lençóis de pelo.

- Preciso descansar. Amanhã será um longo dia para Mari Merista, mas um dia maior para Aurora Vaerlina.

...

  Acordou ao amanhecer, arrumando suas coisas e observando a vista do pequeno esconderijo. Por mais sujo que estava, a garota desejava retornar para aquele lugar, de preferência com Matt.

  Saiu do esconderijo e tomou abrigo numa árvore do bosque, estava próxima a estrada principal que liga a cidade de Valenwood até a capital de Mercattinarium, Selnium.

  A expectativa era de que a caravana das bandeiras de polvo com Matt, passassem por ali em alguns minutos. Logo se posicionou e esperou.

  Ao ouvir o barulho de pessoas conversando, tomou posição e se cobriu com uma ilusão, se camuflando pela floresta. Avistou um soldado andando a frente carregando um estandarte de polvo, dois soldados conversando atrás do estandarte, um cavalo puxando lentamente uma prisão móvel de madeira e três soldados na retaguarda.

  Por estar coberta de ilusão, se aproximou da estrada e saiu do alcance de visão dos soldados. Moldou a ilusão em uma forma visível, de uma senhora de idade viajante e passou a caminhar de encontro a caravana.

  Ao se aproximar do primeiro soldado com um estandarte, os outros dois soldados se aproximaram e sacaram suas espadas.

- Continue andando, senhora. Não há nada para ver por aqui.

  Os soldados élficos do clã Destroya pararam de se locomover enquanto a senhora cruzava a caravana.

  Ao passar ao lado da prisão móvel, avistou Matt, com longos cabelos pretos, preso por correntes, jogado em um canto. Este, levantou seu rosto e observou a senhora, dando um leve sorriso.

  Mari continuou andando na forma de ilusão e ao cruzar a caravana por completo, virou na direção dos últimos soldados, desfazendo sua ilusão, lançando suas correntes que se prenderam na cabeça dos soldados da ponta, lançando-as de encontro ao chão. O soldado do meio avançou com uma espada em Mari, que desviou graciosamente da tentativa de corte do soldado, energizando seu punho e dando um tapa no seu pescoço, deixando-o inconsciente.

  Os outros três soldados gritaram e avançaram na direção de Mari, que usou de sua ilusão e assumiu a forma de Petro Destroya, fazendo os soldados recearem em atacar.

- Senhor Petro!? - um dos soldados perguntou.

  Logo a garota se aproximou dos soldados e girou sua perna para efetuar um chute forte que lançou os três soldados de uma vez só na direção de uma árvore, que caiu sobre eles.

  Ao se aproximar da jaula, aonde Matt estava, ela riu.
- Porque eu tenho a impressão de que você reconheceu aquela senhora de idade? - riu.
- Assumindo a forma da senhora Merista, que feio.
- Há quanto tempo, Matt - sorriu.
- Achei que fosse me abandonar, Mari.

  Mari energizou sua perna e chutou a jaula, destruindo-a. Se aproximou do seu antigo companheiro e lhe deu um abraço, enquanto quebrava suas correntes.

- Você não sabe o quanto esperei para te reencontrar.
- Eu sei, muitos anos - disse Matt, rindo - Mas, você veio.

Não há nenhum sentimento que pudesse descrever a alegria que tive, em vê-lo novamente, Matt.”
- Mari Merista

Aventuras Mágicas: SolOnde histórias criam vida. Descubra agora