35 s c i a m

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O jantar foi silencioso, mas um dos mais tensos desde que o antigo Ministro do Brasil comera com sua família. E não pelo fato de estar jantando com a responsável por estar presa e sim por ser a mesma garota da foto.

O jantar seguiu silencioso, mas se fosse necessário Nicole sabia que não conseguiria falar nada, palavra nenhuma sairia da sua boca naquelas horas que se seguiram. Ela só conseguia pensar em como a moça parecia bela, fofa e inocente e em que havia sido tão ruim para mudá-la de tal modo que trancafiasse sua amiga em um quarto. E em como a garota das fotos, aquela que sorria de forma angelical, poderia estar liderando essa coisa terrível.

Por mais que soubesse que a garota da foto tivesse feito tudo aquilo, ver ao vivo era muito pior, como se lançar em um balde de água fria na Antártica.

Quando Madeline, ou como se apresentou Donna Madeline, se levantou, Nicole fingiu um sorriso tentando não suspirar aliviada. Foi o suficiente para a senhora, que mandou algum guarda a acompanhar até o quarto.

Chegando lá, assim que o guarda saiu, Nicole foi pôr em prática o plano que teve no jantar.

A varinha iria ajudá-la, não apenas a sair, mas a acabar com esse grupo. Durante o jantar pensou nas suas opções. Não poderia mandar um patrono, iria chamar atenção. Carta não era um opção. Desconhecia outras formas de contato. Mas em algum momento lembrou de anos atrás quando encontrou um livro em sua estante de casa.

Um livro de magia negra. Sua curiosidade falou mais alto, o que eram esses feitiços e porquê eram de magia negra.

Com aquele livro ela descobriu feitiços piores que as maldições imperdoáveis. Quem diria que teria como controlar alguém sem usar o Imperius? Mas um feitiço, um chamou muito sua atenção. Ele era uma maneira de se comunicar, ele estava escondido no livro, por ser muito perigoso. Faria você invadir a mente de alguém e conversar com ela. Esse feitiço foi escondido no tempo. Por isso o livro era tão velho. Fuçou a memória fazendo o possível para lembrar o feitiço.

Pegou a varinha e pensou em Theo, a pessoa que seria mais fácil conversar.

- Sciam!

...

- Quem está por trás desses ataques?

Rafael fez uma expressão de raiva, tentando ao máximo não responder nada. A verdade é algo perigoso, ele não pode mentir, mas pode brincar com a verdade. Contorná-la.

- A minha senhora é maravilhosa. Com certeza mais inteligente que Voldemort. Senhor como era descuidado. São vontades parecidas a dos dois. Mas com certeza Donna é a melhor. Vocês são bobos pensando que eu vou ficar aqui por muito tempo. Agentes duplos estão em todo lugar, os aurores principalmente. - ele olhou ao redor com um sorriso divertido - Vocês confiam tão facilmente nas pessoas. São tão facilmente manipulados.

Um certo pânico os invadiu. Aurores agindo para o inimigo? Em quem podiam confiar? Um certo ruivo invadiu o pensamento de Hermione.

- O que vocês fizeram com o Rony?

- Ah! Aquele ruivo foi tão fácil. Vocês não conhecem metade dos feitiços que conhecemos. - ele soltou um riso fraco, mas com superioridade. A situação estava pior que Hermione pensava. Magia negra? Realmente não conheciam quase nada sobre. Harry iria perguntar algo no momento em que Theo invadiu a sala sendo seguido por Luna, Pansy e Blásio, com expressões surpresas.

...

Theo estava limpando com a varinha e tirando algumas mesas do salão, quando sentiu uma pontada na cabeça. A dor foi alucinante e só conseguiu ver Luna, Pansy e Blásio correndo até ele antes de cair no chão. Abriu os olhos e estava de pé e em sua frente estava Nicole. Piscou algumas vezes, estava imaginando aquilo?

- Oi Theo! - ela correu até ele e pulou em seu pescoço, mas foi um abraço rápido. - Não podemos perder muito tempo. Eu fiz um feitiço e estou falando com você na sua mente. Mas isso não vai durar muito. Vou te contar algumas coisas que você precisa passar para Hermione e os outros. Mas cuidado com quem estiver perto. A responsável por isso é Madeline. Quero que você peça para os meus pais explicarem quem ela é, eles saberão. Isso é muito importante. Eu estou na Mansão da minha tia, fale para os meus pais. Mansão da Clarissa Yalex. Mas vocês precisam tomar cuidado, eles estão em todo lugar. E a segurança é enorme, eles são muitos.

Ela apertou o braço dele uma última vez e mergulhou em uma escuridão.

Theo abriu os olhos novamente, ele estava no chão e em seus olhos desciam lágrimas. A única coisa que conseguiu foi abraçar Luna e deixar que as lágrimas caíssem.

...

Assim que os garotos e as garotas entraram pela porta Draco apareceu atrás.

- Hermione, Weasley, Potter e Draco precisamos conversar a sós. Eu achei uma peça no salão que vai nos ajudar na busca, mas vocês precisam vir agora. - pediu Theo.

Todos o acompanharam até uma sala vazia

- Isso é tudo uma mentira. Mas é porque ela me alertou a tomar cuidado. Só posso confiar em vocês. - ele contou o que acontecera, trazendo de todos olhares surpresos. - Eu chamei os pais dela, mas ainda precisamos investigar.

- Com toda certeza, Theo. Não temos como saber se isso foi planejado ou se ela realmente está nos ajudando. Talvez ela tente falar com outra pessoa de nós, esperaremos para ver. Agora, acho que Draco você deve continuar com o plano de falar com o dono da loja lá. Eu, o Harry e a Gina vamos tentar arrancar o nome, da mulher, dele, para ver se as coisas se encaixam. E gostaria que vocês - apontou para Luna, Blásio, Pansy e Theo - procurassem sobre magia negra antiga e desconhecida. O prisioneiro falou que estão usando magia negra. - todos assentiram e Hermione foi em direção ao Draco, enlaçando seus braços - E aproveitando que estão todos aqui juntos, eu queria dizer oficialmente que eu e o Draco estamos namorando. - ela levantou suas mãos, fazendo a expressão das garotas se alegrarem e pularem em cima dela para um abraço.

- Sabia! Sabia! Sabia! - falavam elas.

Logo elas a soltaram e Hermione pode ouvir a conversa dos que estavam ao redor.

- Malfoy é bom você não machucar ela! - disse Harry apontando para Hermione.

- Se não você vai me atacar?

- Não ela é capaz de fazer isso por si própria, com diversas armas diferentes. Eu só vou ajudá-la a esconder o corpo. - Draco deu um pequeno passo para trás, com certo medo.

Hermione riu e abraçou Harry.

- Estou muito feliz por você Mi. Eu posso não confiar nele, mas em você eu confio. Então eu sei que alguma coisa você viu naquela fuinha loira. - ele soltaram uma risada leve - Mas conte comigo no que precisar.

Eles sorriram e se soltaram.

- Temos que ir agora, porque eu quero ver outro casal assumindo logo. - disse Pansy olhando para Theo.

Eles saíram cada grupo para um lado.











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