Treat you better - Dramione ✔

39 c o n f i a n ç a

Esse cap é em homenagem ao Setembro Amarelo. Mais sobre isso eu falo lá em baixo.
...

Zac subiu a escadaria e entrou no primeiro quarto a esquerda. Pansy o seguiu porta a dentro, pois o mesmo manteve a porta aberta.
O garoto se sentou na cama, cuidadosamente arrumada, assim como o resto do quarto. Ele parecia ter um certo toc com limpeza e organização ao julgar pelo quarto, ou era tudo obra do estresse e ansiedade.
Nas prateleiras não havia nada, apenas um ou outro livro, algumas penas e pergaminhos na escrivaninha no canto do lugar. O quarto era em tons frios e ao ver de Pansy parecia não ser habitado por ninguém a anos ou nunca.
O menino parecia deslocado em meio aquela frieza. Mas ao olhar em seus olhos, Pansy viu seus sentimentos estampados no quarto.
A garota se aproximou e o abraçou com força. Por experiência própria sabia como a morte de um pai ou uma mãe podia ser difícil.

- Zac, eu sei como esse assunto é difícil, mas conversar, se abrir com alguém, ajuda, ajuda muito.
Ele a olhou com lágrimas escorrendo e ela complementou.

- Eu sei que sou uma das últimas pessoas que você se abriria. Praticamente não nos conhecemos, mas entenda que eu quero só ajudar. E com isso não vou te forçar a nada. - um silêncio se instalou, Zac estava incerto, confiar ou não? - Na guerra, estávamos em meio a uma batalha, e meus pais eram comensais da morte. Eu estava nas sombras apenas me defendendo, não sabia que lado escolher, o do bem ou o dos meus pais? Até que eles apareceram. Estavam lutando contra dois aurores cada um. Estavam em minoria e eu ia ajudá-los, quando outra pessoa começou a me atacar. Eu me defendia, mas minha atenção estava em meus pais. - ela puxou o ar

- Você não precisa - disse Zac, a menina apenas apertou sua mão docemente e continuou.

- Mas eu quero, Acho que teria sido mais fácil se eu estivesse concentrada em minha própria batalha. Eu não teria visto o brilho e a cor sumirem dos olhos de meus pais e seus corpos caírem no chão. Talvez tivesse sido mais fácil de superar, sem essa lembrança invadindo meus sonhos. Mas enfim. Eu fiquei um caco. Eu deixei de ser a menina forte que eu era. Aquela que não tem sentimentos - um sorriso triste passou por seu rosto - Eu só me reconstruí, só reergui minhas defesas este ano, após conhecer algumas pessoas novas. Meus amigos foram muito importantes.

Ela sorriu lhe sorriu simples. Estava feliz por trocar experiências sem entrar em colapso.

Zac sentiu uma confiança na garota, um confiança que se demorava para conquistar. Ele sentiu que ela poderia entendê-lo.

- Eu nunca cheguei a conhecer meu pai. Não sei nem se ele sabe da minha existência. Mas talvez seja melhor, sabe-se lá quem ele é. Acho que minha mãe preferiria assim. Tem vezes que eu penso em quem ele pode ser. Penso se não posso ser o fruto da violência que ela sofreu. E eu sei que minha tia sabe, mas ela nunca falou no assunto. O que só aumenta minhas dúvidas. Acho que você sabe o que eu quero dizer. - A garota sabia, mas ela não conseguia como deveria ser se ele se remoesse pelo assunto. Ela assentiu solidária, apertando de leve sua mão, passando seu apoio. - Eu acho muito provável, pelo o que eu sei ela voltou de lá grávida. Qual foi o pensamento da minha mãe ao me ver? Que lembranças que eu trazia a ela? - Pansy o abraçou, e o mesmo colocou seu rosto na curva do pescoço da morena. Ele continuou, com a voz abafada - É muito difícil eu falar com alguém sobre isso. Acho que foi mais simples agora, porque eu mal te conheço. Você não me vê como um garoto feliz, então não vai me julgar por não falar com ninguém. Mas quando a Nicole estava aqui ela era quem me ouvia, quem me dava apoio. Agora, além de ela estar longe, pensar ela no que ela pode estar passando. Quem sabe como minha mãe? Nenhum remédio tem surtido muito efeito para tirar isso da minha cabeça. Estou fazendo o possível para parecer bem. Meus tios estão sem a filha, é o momento em que eles não querem ter mais problema. Já estão mal o suficiente. Imagine se meus problemas dessem as caras? - A garota o abraçou mais forte acariciando seu cabelo, o apoio era o que ele precisava e o que ela daria.