Treat you better - Dramione ✔

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Indico ouvir: On top of the world - Imagine Dragons

O mal da grandeza é quando ela separa a consciência do poder. - William Shakespeare

Ao recuperar seus sentidos e abrir seus olhos Nicole percebeu estar deitada em uma cama não muito macia. Ao seu redor diversos guardas, mais a frente Donna observando uma janela, algumas pessoas ao longe amarradas à parede e o som de bombas, feitiços e passos apressados. Ao se levantar conseguia olhar através da janela, descobrindo que estavam em um local bem alto, provavelmente uma das diversas torres. Pode também perceber que entre os que estavam presos havia Hermione e também o garoto ruivo, que não lembrava o nome.

Suas observações duraram o tempo de se aproximar de Donna. A mais velha olhava o que acontecia mais a baixo, em uma das salas da mansão. E estava surpreendentemente calma e impassível. Nicole sabia que era agora, tudo ou nada, seu momento para agir. Tirar aquela tranquilidade da expressão de Madeline. Mas assim que ficou perto o suficiente da janela ao lado da senhora - antes que pudesse ter alguma reação - a outra começou a falar.

Se sua face exalava paz sua voz estava carregada de medo. O que acabou por assustar a menina, nunca vira e nem pesara que Donna fosse capaz de sentir medo.

- Logo chegarão aqui, o que não seria um problema se um certo garoto estivesse longe. Um dos únicos que poderia mudar sua cabeça, já que a garota apenas ajudou. - disse virando a cabeça para olhar Hermione de realance antes de voltar-se para a janela novamente. - Agora, acredito que esteja realmente apaixonada por aquele menino, Theodore Nott certo? - a respiração de Nicole acelerou, Nott estava aqui? - Não há maneiras de lutar contra o amor. - Donna fez uma pausa, como se refletisse sua próprias palavras. - Por isso acho que chegou a hora de eu ser completamente sincera com você. Contar minha história, a verdade sobre meu relacionamento com sua tia. Sobre como tudo começou e o porquê de você significar tanto para mim.

Donna respirou fundo, olhando para Nicole, que estava tomada pela curiosidade.

- Se por acaso, ainda assim você escolha ao seu amor, eu espero que ao menos guarde consigo a história que vou te contar agora, que pelo menos acredite.
"Preciso voltar um pouco, na história de minha família. Para que você possa entender mais sobre mim.
O legado da minha família começou nos Estados Unidos. Os primeiros Armstrong eram sedentos por novas culturas e estavam sempre se mudando para outros países. Com isso não haveria como existir qualquer preconceito, pois estavam convivendo sempre com todo o tipo diferente de pessoas. Muitas gerações depois, meu pais, resolveram ficar aqui na Inglaterra. Minha mãe tinha a sede por novas etnias, mas o amor a parou. Ela amava muito meu pai. E ele queria manter uma vida e carreira sólida, sem viagens e novas culturas para se adaptar. Então por aqui ficaram.
No verão de 1926, mais precisamente no dia 5 de Agosto, eu nasci.
Meu primeiro sinal de magia foi bem precoce, ainda no berço. Estava brincando com meu primo e fiz alguns brinquedos flutuarem no momento que ele se levantou para ir até sua mãe.
Por muito tempo falar sobre a história por trás da minha família era meu maior orgulho.
Em Hogwarts conheci sua tia. Uma garota incrível, amável e totalmente ambiciosa.
Foi com ela que eu percebi que precisava criar minha própria história. Para ser lembrada por algo que eu fiz, não minha família. Sua ambição me cativava. E sentadas juntas naquele vagão, nossa amizade começou com a promessa de que ficaríamos juntas para sempre.
Fomos selecionadas para a sonserina, como já era o esperado. Eu adorava a fama e o poder que vinha com minha família. E ela queria se tornar a próxima Ministra da Magia.
A sonserina nos apresentou pessoas e oportunidades. Uma nova família, pronta para ficar na história.
Algumas pessoas tinham uma ambição muito grande. Buscavam o poder acima de tudo.
Foi meu erro ou talvez meu maior acerto, seguir a linhagem de minha mãe e deixar o amor tomar conta de meu ser. Me apaixonei por um sonserino, com ideais completamente diferentes dos meus e bastante maduro para a idade. Me apaixonei por Tom Marvolo Riddle.
E mesmo que Tom, mais conhecido agora como Voldemort, não fosse capaz de amar, ele sabia aproveitar oportunidades.
Eu era conhecida e as pessoas gostavam de me seguir. Tom queria que as pessoas se aproximassem, para que ele pudesse trazer clareza a suas mentes, trazer sua forma de pensar para os outros. E qual a melhor maneira do que uma garota adorada da sonserina, que faria tudo para ter sua atenção.
Eu era boba e fraca, mas apaixonada.
Minha amizade com Clary continuava, mas ela nunca me apoiou com Tom. Ela era minha família na escola, e a família sabe o que é melhor para você.
Assim que ele não precisou mais de mim me descartou. Jogou fora e pisou em cima. E eu estava tão irritada, me sentia tão traída que comecei a culpar todos ao meu redor. Um dos meus maiores erros foi culpar Clarissa.
Eu me distanciei e cortei qualquer comunicação.
Era nosso último ano então depois da escola nos separamos totalmente.
Doía ficar longe, tanto para mim, quanto para ela, que se me mandava cartas querendo se aproximar.
Mas essa reclusão me apresentou a um outro homem e trouxe outro sentido a minha vida.
Eu jamais me apaixonaria novamente, mas ele sim. Ele me amou e com isso também tirei vantagem. Seu amor platônico me reergueu. Eu renasci das cinzas. Queria vingança, mas acima de tudo queria dominação. Ao ver o quanto ter aquele homem aos meus pés me fez bem, eu entendi que precisava de mais, mais poder. Mandar é uma droga que eu faço questão de me viciar e fazer o possível para conseguir mais e mais.
Antes, precisava fazer as pazes com minha amiga. Se a pessoa que mais me importa ficasse longe, não conseguiria nada.
Então fui em busca de Clary em sua casa. Essa que estamos agora, na qual cresceu meu império.
Ela me recebeu e perdoou. Me pediu para ficar. Eu a contei que estava reunindo pessoas que pensavam igual a mim. Ela me queria por perto, por isso cedeu sua casa.
Aos poucos, no entanto, começou a lhe fazer mal. Não sei se por estar cercada por meus seguidores, ou por se sentir sufocada. Mas um dia ela não foi ao jantar, apenas me avisou que ficaria em seu quarto. Eu tentei ajudar. Tirei todos de perto do corredor dela. Ia todos os dias a visitar, a pedia para sair. A reclusão não a fazia bem. Tentei dar a ela um pouco do que eu sentia. A dei poder. Mas só pareceu piorar. Ela foi contra meus princípios e não me deixou mais entrar em seu quarto.
Um dia ela simplesmente saiu.
Eu estava em uma tristeza profunda. Todavia uns dias depois um de meus servos trouxe a notícia de que um dos trouxas da aldeia, onde ela procurou abrigo, a torturara e como resultado ela estava grávida.
Ordenei que a levassem em segurança até em casa. E dei ao trouxa uma morte lenta e dolorosa. Ela sentiu na pele meu ódio e a dor de Clary.
E minha flor, você é tão parecida com ela. O filho dela de certa maneira foi corrompido por um trouxa. Ainda assim, ele traz os olhos e nariz dela. Se os dois quiserem ficar comigo, darei total segurança. Ainda assim você é a cópia dela, alguns traços diferentes mas nada muito aparente.
Eu só espero que você não cometa o meu erro de se deixar levar pelo amor."

Um tanto confusa e desacreditada Nicole sentou-se em um poltrona, que estava próxima da janela.
Como se soubessem que conversa havia terminado a porta foi brutalmente aberta por alguns autores e entre eles estavam seus amigos. A garota porém olhava para fora e com toda aquela história ela estava perdida em seus pensamentos, alheia a o que acontecia ao redor. Theo focou seus olhos em Nicole, mas soube que não poderia se aproximar quando os guardas se postaram em frente a ela.
Draco procurara por todos os cantos por todos os cantos da mansão por Hermione. Aquela torre era sua última esperança de que tudo estivesse bem com ela. Assim que entrou, quase como se houvesse um ímã, sua visão focou no corpo da grifinoria amarado na parede. Ele queria correr até ela é destruir todos que tentassem o impedir. Mas quem o parou foi Pansy, o pediu para manter a calma, passariam primeiro pelos guardas.
Hermione, no entanto, tinha uma varinha, assim como Ronald ao seu lado. Mas o garoto ainda estava desacordado. Assim que a castanha conseguiu pegar a varinha se soltou. Continuou porém silenciosa, seus amigos duelavam com os guardas da torre e não seria uma boa ideia se eles soubessem que ela estava livre. Fez o que pode, então, para desamarrar os outros prisioneiros silenciosamente.
O ato no entanto mostrou-se falho, pois havia uma mulher que não estava lutando.
Com um movimento da varinha de Donna, um a um seus "soldados" foram se afastando.
- Se não quiserem vê-la morta, eu sugiro que parem. - disse Madeline com a varinha apontada para o pescoço de Hermione - Posso dizer que é uma guerreira essa garota. Mas pena que o mundo não é dos bons, mas im dos que têm poder. - com um sorriso maldoso ela apertou ainda mais a varinha no pescoço da castanha. - Larguem as varinhas! - assim que todos deixaram suas armas ao chão, os guardas apontaram as deles para o grupo. - Tolos! Tem ainda tanto para aprender. - com essas palavras Hermione caiu desacordada no chão.
- NÃO!
- Como você ousa fazer isso! Depois de tudo que você falou sobre amizade você tem a coragem de acabar com uma vida dessa maneira? - gritou Nicole, que se virara a tempo de ver essa cena. Olhou de relance para Thomaz, com o pedido silencioso de que ajudasse seus amigos.
- Não se trata de coragem e sim de ajudá-los. - disse doce - Precisam aprender a nunca confiar - sua frase foi cortada por um feitiço verde que a atingiu nas costas. O corpo de Donna caiu ao lado de Hermione.
Ao olhar para frente ela viu Draco, sua varinha levantada, seu rosto molhado pelas lágrimas e uma raiva aparente. Vingança.
O problema era que não estavam sozinhos com Madeline na torre. Haviam ainda muitos. E então milhares de feitiços explodiram de suas varinhas trazendo um clarão ao local.

XXX

Oie!!!!!
Quero muito saber o que acharam da capa. Bateu um orgulhinho dela. Foquem na Nicole e na mulher que segura a Mi (mais conhecida por nós meros mortais como Nazaré).
:)