Um beijo e tanto...

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Escuridão,
Madeira range,
Medo aflige
De súbito, ouvi gritos...
Gritos estes de medo
O terror da noite que ataca novamente

Nesta noite interminável, dormia confortável
Breu encantável e mortal, de fato
O manto negro me visitara ontem
"Levar almas é o meu trabalho". Medo sinto
E não gritei. Mamãe sempre me falava:
"Moça bem-aventurada não há de chorar"

Nada naquele ano pude fazer
O homem de manto negro veio de
volta, dizendo-me:
"És bela moça e, um dia, irei levá-la"
Não via seu rosto
Entretanto, já sentia seu gosto

Via mortes e ele por lá
O ar podre dos cadáveres
Cabe a nós sepultá-los e mostrar-lhes o caminho de fogo e luz
Endo caixão a sete palmos do chão

É tudo mais que um ciclo

Onde tudo sempre termina

Perdi a sanidade, então
Respectivamente, a alegria
Ordenando o que fazer
XXX, veneno a beber
Indo em direções divergentes
Me entendi bem com a vida
Olhei com generosos olhos a seu oposto.

O beijo do Anjo Negro recebi e ele pediu para que eu deixasse um recado a partir das iniciais do quarto parágrafo.

Poesias e Historietas - GóticosOnde histórias criam vida. Descubra agora