Desalmados.com.br

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Sher e Alan sem dúvidas sempre foram amigos, apesar das dificuldades, problemas que ambos passaram e até as brigas que os distanciaram e como eram apegados, voltaram um ao outro.

Já com vinte anos, Alan foi visitar Sher. Ela levou seu notebook, duas pulseiras diferentes do comum, bateu a sua porta e cumprimentaram com um caloroso abraço e sorriso. No caminho para sala, ele já ligara seu eletrônico e conectando ao wi-fi, o de Sher já estava ligado na mesinha de centro.

— Sher será que é real? — Ela arqueou uma das sobrancelhas e se sentou no chão, com um sorriso.

Alan lhe deu a pulseira e ambos colocaram, se sentaram um na frente do outro e se olharam.

— Qual é o site mesmo, A?

— Desalmados.com.br — Sher sorriu com o nome bem comum, mas chamativo.

— Jura que isso é real? — Ele deu um simples sorriso curto e a olhou com ferocidade com aquele desejo demoníaco.
— Vamos tentar!

Eles criaram suas contas e ambos conectaram pelos nome de usuários. O site a seguir tem a seguinte descrição.

Desalmados!
Para vocês que amam uma possessão.

Sher riu muito e olhou para Alan, os jogos eram infantis, as pulseiras em seus braços davam leves choques a cada perca em rodada, a pulseira tinha dez luzes indicando se chegasse ao vermelho, menos de quem está desafiando, perderia claramente sua alma como um pacto demoníaco.

Jogaram e jogaram, Sher já nervosa perdeu simples jogos e a tática que ela própria tinha ensinado ao Alan, era muita ironia. Quando a última luz se apagou e lhe deu o choque, riu loucamente e se levantou vendo que a do amigo faltava duas cores, não sentiu nada e olhou-o sério, ele se levantou com um olhar sádico.

— Daqui dois minutos, sua alma será minha, eternamente! E eu estou falando sério, Sher. — Claro que ela ficou histérica.

— Você está louco?! Isso é um site de zoação, é mentira! — gritava inconformada.

— Esse site é consagrado. — Logo após isso, Sher desmaiou e ficou inconsciente por 24 horas, ao acordar, via seu melhor amigo sentado em uma cadeira a olhando.

— Isso é sério? — Foi a sua primeira pergunta.

— Sim, e eu serei com um mestre e caso eu morra, você morre. Temos que ficar juntos, Sher.

— Falou friamente como se não existisse vida em seus olhos.

Queria ficar junto com ele, sim, mas não dessa forma e aos poucos a vida a deixa e a morte gélida chegava, agora ele tinha controle da sua vida, estranhamente...

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