Cavaleiro da Morte, benfeitor infernal. (Era Cyberpunk)

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Como bem sabem, Thay, 'A Observadora', tem 11 fiéis seguidores treinados em ordem de sucessão. O de hoje é brutalmente forte, um experimento de um laboratório de Classe Montauk — conhecido esse nome, não!? —, foi exposto à radiação. Com esse teste, fizeram sua massa muscular aumentar e obter manchas - como tatuagens blackouts -, sorte era o belo degradê em sua pele azulada, que permaneceu e ficou irreversível. Ele não usa armadura, tem o cavalo que adotou, com patas incrivelmente flamejantes, e a enorme capa preta com capuz.

As marcas da sua morte eram as patas do cavalo no peito ou costas, a cabeça pendurada em um mastro, antena, ou qualquer coisa pontiaguda, e o corpo ao lado, cheio de sangue quente, fervido como uma grande panela. Os órgãos eram cozidos o suficiente para serem comidos ou fritados em panelas comuns. Para os demais dos Distritos e Repúblicas, era um banquete e tanto! Nem a carne podre tinha um preço capital tão bom. Triste, não é?
Comida e remédios, somente para os que trabalhavam duro e friamente. Juro que tentei lutar por justiça, fui apanhado e virei um mero teste radioativo, pelo qual virei uma fogueira humana com o poder do fogo. Thay me considerava um dos mais demoníacos, depois do Anjo de Ferro, Life Sucker e, também, do Escritor Formal. Os seguidores de Thay, são brutos, animalescos, formais, escritores cruéis, com aparência boa ou suficientemente intimidadora, marcados por momentos sofridos e teste obsoletos, devido a escassez de ordem neste mundo. Somente Ello era diferente; a pequena menina era muito bonita, por sinal, e com um visual limpo, apesar das olheiras e cicatrizes.
 
O Cavaleiro da Morte, conhecido também pelo nome de Joseph, engolia, todos os dias, sua bondade e alegria que estava ali escondida em seu peito. Um dia, Ello se sentou à mesa para o café da manhã, de frente para ele, e pôs-se a o observar, depois tirou a máscara de gás para saborear os ovos com bacon, que é um artigo de luxo desde 2060.

— Que foi, menina?

— Tenho vinte e dois anos, não sou mais uma menina.

— Tenho mais, e isso não nos faz diferentes. — ela somente ergueu as sobrancelhas e começou a comer uma torrada, enquanto tomava um gole de café.

— Essas marcas que você tem... — tentando, mais uma vez, puxar assunto com ele —, É verdade que brilham quando você queima as pessoas?

— Sim, é pura radiação, mas eu libero se quiser, aprendi muito autocontrole. Já que você insiste comigo, me encontre às onze horas em ponto na República dos Esquecidos, e não se atrase, menina! — Ello somente concordou, e depois, eles comeram.

Era onze horas da noite, o Cavaleiro da Morte olhava, agachado em uma pilastra do alto de um prédio, e aguardava Ello. O codinome dela era Bruxa Maldita e, até hoje, ninguém entendia o porquê! A vi olhando para cima e fiz um sorriso torto. Quando senti um vento rígido gelar minhas costas e olhei para trás, ela estava ali, diante de meus olhos.

— Vamos? — a chamei, descendo.

— Claro. — levei ela até um bar, deixei o serviço para depois, pois hoje era o dia certo.

Fiz meu cavalo surgir na esquina, e fiz relinjar alto, então os barulhos de todas as ruas e becos daquele lugar cessaram e somente o vento era audível. Ela parecia incrédula, com um sorriso no rosto.

— Uau, Joseph!

— Não me chame assim.

Caminhava e deixava as marcas do fogo com meus pés, torci a porta com o calor e a chutei, jogando ela do outro lado do bar subterrâneo, que não tinha ninguém. Ello respirou fundo, e dei a oportunidade de ela mostrar o que tinha de bom.
Ela respirou fundo e se concentrou, fiquei ao seu lado. Sua pele escureceu e seus olhos ficaram translúcidos, antes pretos, e os cabelos vermelhos.

— Revelium, adonare, bellore, Revelium. Mostrum! — e bateu as mãos uma contra outra, soltando um vento que emanou uma onda e fez todas as cadeiras e mesa sairem do lugar e os "panos" que escondiam todas aquelas pessoas evaporarem no ar.

— Gostei. — todos tentavam fugir, e a Ello fez uma porta surgir, com as madeiras quebradas e ferros retorceidos, então ninguém sairia dalí, a não ser, morto.

Os cortei, degolei suas cabeças, torrei alguns... Meu casaco começou queimar, tive que tirá-lo.  As minhas marcas brilhavam como nunca, Ello ainda levitava alguns e jogava para mim. Naquela noite, consegui alimentar trinta Distritos, e me sentia revigorado.

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