Visões... Eu vi. +16

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Eu tinha dormido, mais ou menos, umas 21h:11min, devido ao cansaço do dia de trabalho.
Assim que fechei e acalmei a minha mente, comecei a ouvir gritos e uivos do vento. Lembro-me de ter fechado a janela, e agora, ao abrir meus olhos, pude ver um aspecto avermelhado da luz sobre meu corpo e suponho que esteja alucinando devido ao uso do café e do álcool.

Me sentei lentamente, tentando achar minha camisa ou o casaco na cabeceira da cama. Lua minguante de sangue? Como assim? Da janela de meu quarto, não conseguia ver muita coisa, então resolvi trancar e fechar as cortinas. Fui com a lanterna e celular em mãos para sala, porque talvez acender as luzes não seja uma boa ideia. Me agachei em frente a janela e abri uma pequena parte da cortina. As cenas seguintes fizeram eu achar que estava enlouquecendo.

As pessoas corriam desesperadas, carros passavam atropelando-as, coisas... coisas vistas somente em filme de terror criados pelo homem. Deixei meu celular em cima da mesinha e resolvi sair. Eram seres nojentos e bolas de fogo que explodiam no céu... Meu coração começou a bater forte em meu peito, então andei mais um passo e tranquei minha porta. As pessoas pareciam não notar minha presença.

Pessoas tinha suas peles arrancadas, membros devorados vivos, crianças sumiam diante de meus olhos, nas casas vizinhas. Andei mais um pouco, até ficar na calçada, e pude ver o fogo de lugares explodindo ao longe e os aviões que passavam tão baixo, perdendo a altitude.

A lantera caiu de minha mão e se acendeu, então me abaixei rapidamente e senti um bafo quente me cercar. Gritei e tentei correr para dentro de casa, mas a chave não queria se encaixar na fechadura, até que senti a mão daquele ser, com uma cabeça de bode e corpo de lutador de MMA, segurando meu ombro e me derrubando no chão, pisando em meu peito fazendo parte de meu tórax afundar, e puxando meus braços, arrancando-os de maneira bruta.
Senti meu sangue subindo pela garganta e escorrendo pela minha boca, além dos rios que vazavam onde ficava meus braços. O frio me fazia tremer, e eu vi aquele ser se deliciando com meus braços, com um sorriso assustador em sua face de bode. Fechei meus olhos... a sensação era como se eu fosse tirado da água. Acordei desnorteado, o suor escorria pelo meu corpo.

Era de manhã... O vento gélido da janela aberta me refrescava. O que mais me assustava após esse pesadelo ou visão, era as marcas em vermelho, meio alaranjadas, no meio do meu peito e em volta dos meus ombros.

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