Thay está te observando... Cuidado!

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Todos conhecem as lendas do Reddit, Deep Web, Mariana's Web, 4chan e não se questionam sobre ser realidade. Pelo menos, era isso até 2030, quando o que parecia ser somente "lenda" tomou formas e uma profissão respeitada.
Logo, toda profissão de alto escalão — ficam somente os fortes — era ser um assassino de Filmes Snuff ou simplesmente de aluguel, com direito a viagens e um dinheiro bem gordo, além de Bitcoins.

— Thay, é a sua vez!
— Quem e onde? — era conhecida por sua frieza.
— Carla Dickson e o local: Distrito Ilha 12-R, AR. — O homem entregou o folheto digital em que passavam as fotos da mulher e mostravam o lugar.
— E?
— Grave e trasmita ao vivo o cliente quer que você seja extremamente cruel. Simule uma caça e destrua-a, por favor.
— Só?
— Observe e mate.

Colocou suas luvas de couro negras, sua máscara vermelha e soltou seus cabelos, que iam até a altura de seus ombros. A parte da máscara se ativou com um movimento singelo enquanto caminhava corredor afora.
"Estou te observando... cuidado."

P.O.V. Thay

Caminhava lentamente pelos distritos. A morte não precisava chegar tão rápido naquele dia e o céu parecia saber exatamente quando desabar suas lágrimas. Matar pode ser certo ou errado, mas alguém sabe disso? Nunca, de fato; além de que, em 2067, o mundo piorou: vi revolucionários sendo mortos e torturados em vários cantos do planeta.
Vi filmes que imaginavam este atual futuro e fiquei chocada. Conspirações reais. O primeiro "fim do mundo" ocorreu em 2030 com a falsa vinda dos deuses; desilusão é o que nos resta e ganhar dinheiro e Bitcoins é uma verdadeira disputa para não usar o Chip da Besta. O jeito era tirar vidas.

Saindo de tais devaneios, imaginei que ela soubesse; arrombei a porta da frente e, com um dispositivo de formato circular, simulei minha entrada e fui para os fundos enquanto o holograma atordoava a vítima, mostrando algo quase real (miniprojéteis de Blue Beam). Fui para os fundos, espalhei as câmeras e, então, o show começou.
Como tinha previsto, dei-lhe um soco na face, fazendo-a cair para trás. Ouvi um barulho de lâmina; mesmo que baixo e quase inaudível, eu ouvi... um sorriso de escárnio se formou. Esperei-a atacar-me — e dentro de cinco minutos, ela veio para cima de mim. Segurei suas mãos e fiquei tentando tomar a lâmina dela. Dei-lhe uma cotovelada, fazendo-a cair.
Cravei o canivete em sua coxa e arrastei-a pelos cabelos até a sala, onde estavam todas as câmeras. Esse choro de desespero é um clichê, ninguém aqui se importa nem se intromete. A fama dos assassinos de aluguel são de Anjos da Morte e, em nosso caminho, ninguém entra.

Comecei pelos cabelos cibernéticos, que são muito caros para alguém que vive num lugar como esse. Comecei a arrancar suas unhas de plasma e cobre com um alicate; os aplausos emitidos pelas câmeras era um método de referência ao assassino e à vítima. Comecei a cortar transversalmente os braços e as coxas com a faca e a passar fogo, levando-a ao seu delírio e desejando a morte. Houve tremedeira e suor. Já tinham se passado duas horas, então resolvi fazê-la morrer engasgada com o próprio sangue para finalizar. Logo, cortei-a embaixo de seu queixo, de orelha a orelha, e a cascata iminente de sangue banhou seu corpo.

Eu posso estar em qualquer lugar nesse futuro corrompido. Cuidado!

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