Anjo de Ferro, o vento da morte. (Era Cyberpunk)

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Thay sabia que um dia iria morrer — ou de cansaço, ou alguém seria mais esperto que ela para cortar sua cabeça fora do corpo e vendê-la. Então... treinou cinco sucessores, que iriam treinar cinco pessoas cada futuramente. Seu primeiro sucessor era conhecido como "Anjo de Ferro" por ser um dos poucos naquela época a usar armas de fogo. O uso de armas brancas e mãos tinha tomado mais força que há 30 anos.

Anjo de Ferro era também chamado de Pazuzu porque, incrivelmente, o vento soprava sua chegada; mas seu nome mesmo era Mitchell. Ele não tinha só tamanho: sua aparência era única, assim como sua brutalidade e loucura.
Então, naquele mesmo dia em que Thay havia saído, ele também fora chamado para "cuidar" de uma gangue de hackers que conhecia, pois havia já participado... Porém, aquilo era um rumo que seria garantir sua morte nesta era.

— Mitchell — disse o homem de terno com um hand-spinner, de lâminas afiadas, girando na mão. A cadeira cobria todo o corpo, deixando só os braços à mostra com o terno. — Já sabe, certo?
— Ah, se sei... estou indo.
— Cuidado. — Falou o homem ironicamente.
— Eles quem devem ter comigo. — Foi andando pelo corredor, destravando as pistolas enquanto elas se preenchiam com uma luz vermelha.

Os hackers — melhor dizendo, Piratas, estavam jogando no momento, sem preocupação, com a porta do cômodo aberta, até que um vento frio entrou subitamente e a porta de ferro bateu com um baita estrondo. As luzes se apagaram e os computadores desligaram, enchendo o ar de palavrões.
[C]Seus olhos se abriram e o vento ainda soprava, fazendo um som de uivo. O brilho verde era evidente e as pistolas se acenderam, mostrando um pouco de pele parda e tatuagens com mensagens pesadas sobre aquela era. Um dos Piratas tentou acertá-lo com um extintor, mas o desvio foi eminente e, o tiro, consequente.

— O problema não é roubar, e sim, como agem. Vocês são impuros demais. — Mais um tiro.
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— E você acha que é quem para falar de impureza, comprador de vadias?! — uma coronhada na cabeça de tal. Ninguém o via devido à escuridão.
— E o que você sabe de mim?
— Você era um de nós! Maldito!
— Era? — mais um tiro. — Desde quando sou parte de um grupo de gente podre como vocês?

Um raio caiu ao horizonte. Novamente, a chuva faria parte do clima junto ao vento, que conseguia ser forte, mesmo com tudo fechado. O cheiro do sangue ferroso era presente no ar. Faltavam mais três: colocou-lhes de joelho e amarrou suas mãos. Cortes e mais cortes. Passa seu isqueiro nos menores, fazendo pouca visibilidade...

...Até eles morrerem de colapso nervoso e cansaço. Depois, atirou nos demais corpos, colocando as iniciais com faca e fogo: "M O R T E".
A luz se acendeu e este viu Thay ali, ao canto, observando sem a máscara.

— Então, este cheiro é seu?
— Claro. Que cruel você, hein? — ele tirou a bandana que cobria sua boca e deu um curto sorriso. Levantou-se, foi até porta de ferro e abriu-a facilmente.
— Agora, preciso ir a um lugar.
— É onde estou imaginando?
— Ela encheu o saco. Matei sem querer, juro. Então, é outro.

Andaram rapidamente pelo corredor. Precisavam de um bom banho e comida — no outro dia, teriam mais serviço.

"Aprendi mais com a vida do que poderia imaginar, a crueldade dominou este mundo. Então não digam que eu sou cruel."

                         — Anjo de Ferro💀

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