Diane é consolada por Andrew

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Diane

Deixei aquela sala porque não queria ser vista chorando. Era horrível me sentir vulnerável! Me encolhi no canto da cama, no chão do meu quarto e escondi o rosto entre as mãos. Ouvi batidas à porta.

- Me deixa, Drew! - Eu sabia que só poderia ser ele.

- Não! Você não é essa garotinha frágil! - Andrew se sentou na cama. - Você não está orgulhosa em ter a mim como seu marido e um filho no seu ventre?!

Tentei ignorá-lo, mas ouvi a chave girando na porta e logo ele entrou, se ajoelhando a minha frente.

- Por que ela me odeia, Drew? Eu sempre fui uma boa irmã! - O encarei.

- Bem! - Andrew se sentou no chão a minha frente. - Quando eu era idiota... um completo idiota. - Ele riu encabulado passando a mão pelos cabelos. - Eu queria ser o Tom... ele tinha as melhores namoradas, os melhores amigos. meus pais discorriam elogios a ele. Minha irmã vivia como papagaio em suas costas e eu tinha que lutar contra ela para ter o seu colo... a nossa diferença era grande. mas eu queria ter a responsabilidade dele, ser homem como ele... - Andrew puxou o ar com força. - então eu passei a dar em cima das namoradas... elas davam desculpas a Tom e terminavam o namoro... e eu nem sabia o que era sexo e provavelmente deveria ser muito vulgar. - ele me olhou com um sorriso meigo. - pura inveja e despeito. As vezes a felicidade de quem amamos machuca o nosso ego.

Acarinhei o seu rosto.

- Você ia querer casar comigo se eu não estivesse grávida?

- Sim! Me casaria com você... e posso provar... - ele se levantou indo até a gaveta do criado mudo, pegou a notinha e voltou a se sentar comigo. - Olha! - ele apenas me mostrou a data da compra do anel de noivado. - Eu ia te pedir de qualquer jeito.

Sequei meu rosto e o abracei.

- Eu também tenho muito medo de perder você, sabia?

- Estamos ligados... não sei explicar, mas o amor que sinto por você é tão maior que o que achava que sentia por Sandy. - Ele me apertou em seu braços. - Eu não quero que deixe a tristeza tomar conta e acabar esse momento tão lindo que estamos vivendo... é novo para mim, Diane!

- Me ajuda a levantar! - sorri, o beijando.

- Vem!? - Ele se levantou me ajudando. - Retoque a maquiagem, eu espero você sair.

O obedeci , tratando de secar o rosto e limpar aqueles borrões, tratei de refazer a minha imagem e me voltei para Andrew lhe oferecendo a mão

- Vamos voltar pra sala!

- Estou orgulhoso de você! - ele me deu um beijo no pescoço.

- Eu não conseguiria sem você aqui comigo.

- Imagina eu! - ele riu gostosamente, atravessando comigo o corredor até a sala. - Trouxe a minha noiva fujona de volta!

- Eu já estava atacando as frutas. - Sidney mostrou o morango em sua mão.

- Diane! - mamãe aproximou-se de nós e tomou minhas mãos, havia um brilho indecifrável em seu olhar. - Eu vou ser vovó? - ela sorriu.

- Sim, mamãe! - A abracei e ela beijou o meu rosto.

- Finalmente, vamos ter crianças correndo por aquele quintal! - Foi a vez de papai se aproximar e tornar o abraço coletivo.

- Desculpe, pelo comentário, Diane! - Sarah aproximou-se ressabiada quando nossos pais se afastaram. - Parabéns pelo noivado e pelo bebê!

Apenas sorri Cortez pra minha irmã e busquei a mão de Andrew, eu não sabia se a Sarah estava sendo sincera, mas eu sinceramente queria socá-la e não podia responder a esse impulso.

- Obrigada, mana! - limitei-me a responder.

- Estamos muito felizes com esse bebê. Por isso precisava dividir com a nossa família. Porque amamos vocês também. - Andrew me abraçou de lado, beijando meus cabelos.

Sidney se aproximou de nós e nos abraçou.

- Parabéns pelo noivado e pelo bebê... Vamos trocar experiências, frustrações... Vai ser divertido. - Ela disse para Diane.

Andrew

- Tom? - O olhei sorrindo.

- O que foi, meu irmão? - Anthony respondeu.

Tom era a pessoa mais importe da família que queria dividir minha conquista, minha felicidade. Anthony me encarou sério, depois me puxou pra si e bagunçou meus cabelos, me abraçando em seguida.

- Eu estou muito feliz por você, seu moleque!

- Obrigado!!! - O apertei em meus braços.

- A nossa família está crescendo rápido! Nem acredito que vou ser pai e tio ao mesmo tempo! -Tom me soltou e puxou Diane para um abraço- Meus parabéns, minha amiga!

- Obrigada, Tom!

 - Eu te disse que você encontraria um grande homem que a faria imensamente feliz. Só não contávamos que seria esse moleque

- Vamos ao brinde!? - Olhei para todos ali.

Meus cunhados eram as únicas pessoas que estavam de cara feia, e de verdade, eu estava adorando e com certeza seria uma boa briga entre os dois.

Peguei a champanhe e a estourei, para Diane e Sidney, estourei a champanhe pequena sem teor alcoólico.

Cada um com sua taça e brindamos a felicidade.

Depois disso nos sentamos a mesa para jantar, a comida estava deliciosa e a conversa fluiu com mais leveza. A família estava solta e descontraída a medida que as horas iam passando.

A irmã de Diane foi a primeira a nos deixar, ficando os pais de Diane e meu irmão com sua esposa. De um lado os homens e do outro as mulheres.

Diane agora estava mais leve e não deixava de sorrir, a vê-la feliz era a melhor parte.

- Amo você! - Ela sussurrou baixinho, soltando um beijo no ar, enquanto iniciávamos uma partida de baralho.

Sorri contente piscando para ela. Me voltei aos assuntos dos homens e a noite foi deliciosa.

Fechei a porta depois de me despedir dos meus sogros, meu irmão também tinham acabado de sair. Me virei para Diane.

- Vamos dormir... Você parece exausta! - estendi a mão para ela.

- Dormir? Achei que esse seria o momento que iríamos comemorar o nosso noivado! Eu até comprei lingerie nova e brinquedos...

Cocei a nuca abrindo um sorriso malicioso.

- Dormir é algo meio difícil ultimamente... - Segurei a sua mão. - Massagem... Bem gostosa. Depois uns apertões... - fui puxando ela pro quanto.

- Adoro massagem! - ela sussurrou com malícia.



Mata-me de Prazer - RedençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora