Theodoro
Sentado no sofá com a cabeça entre as mãos enquanto Vick explodia com seu psiquiatra. ele queria interna-la e seria para o bem dela. Seu emocional estava completamente fora dos padrões e colocava não só a vida dela em risco como a de todos nós que éramos a sua família. Na minha cabeça ela só estava surtada, não faria mal algum a nós dois, mas era a sua avaliação e não tinha o que se fazer.
- Vick! - Me levantei dando um basta. - Você prometeu que faria o tratamento. então vamos acabar logo com isso.
- Vocês não podem me tirar da minha casa! - ela se jogou no chão e se encolheu no canto, escondendo o rosto entre as mãos. - Eu não quero... Não quero...Não quero! - Ela ficava repetindo isso enquanto balançava o corpo pra frente e pra trás.
Olhei para o doutor e dei o aval para ele chamar a equipe para leva-la, já que eu não iria conseguir levar. Me abaixei no canto em que ela se enfiou, acariciei seus cabelos.
- Eu vou com você até lá, vou estar todas as semanas com August para te ver. - Tentei fazê-la olhar para mim. - Não faz assim, Vick! É para o seu bem e tenho certeza que vai sair outra mulher de lá.
Ela não respondia e continuava se balançando para frente e para trás.
-Teremos de sedá-la, Sr. Austin! Para a sua própria segurança.
- Me deixe pega-la no colo, então vocês podem seda-la. - Pedi com os olhos marejados.
- Não acho que seja seguro, senhor!
- Ela não me faria mal. - Desobedeci a ordem do médico. - Vem meu amor, vou por você para dormir. vai ficar tudo bem, você é minha.
A peguei no colo e me sentei no sofá, acariciei seus cabelos, me permiti chorar ali com ela nos meus braços. eu não sei de onde vinha tanto amor por aquela mulher, mas eu não podia mais deixa-la com aqueles fantasmas rondando, Sair de Sardenha foi uma boa, mas Vick não tinha mais paz dentro dela e era o meu dever devolver isso a ela.
Olhei para o médico e indiquei que podia seda-la, Vick estava agarrada a mim, não iria me fazer mal.
- Você vai me abandonar! - ela chorava baixinho, agarrada a lapela da minha camisa. - Vai me esquecer naquele lugar, longe de vocês... - O médico aplicou o sedativo em seu braço. - Não deixa eles me levarem, Theo!
- Eu nunca vou te esquecer naquele lugar, eu prometo a você, meu anjo! - Beijei sua boca antes dela adormecer, aos poucos ela ficou mole, adormecida em meu braços.
Acariciei seus cabelos em um choro compulsivo, agora quem não queria deixar ela ir era eu. Mas não tinha jeito, me levantei com ela nos braços e a deitei na maca, eu mesmo passei as fivelas para prender seu corpo magro e deixei que a levassem.
Michael foi comigo no meu carro, eu estava visivelmente mal, Michael não abriu a boca ao meu lado para falar algo, respeitando a minha dor.
Chegamos ao sanatório, levaram Vick para dentro e eu fui preencher a ficha de internação dela.
Foi quando vi o Dr. Antony Herbert parado a alguns metros de mim, me aprumei e o encarei por alguns segundo e fui ao seu encontro.
- Como vai? - Estendi a mão para ele.
- Theodoro? Há tempos não nos vemos! O que faz aqui?
- Vick... ela não está bem. - sacudi a cabeça. - o Dr. Rossi achou melhor ser internada... - sacudi a cabeça. - Cuide dela, por favor? eu te peço mais esse favor. - Olhei em seus olhos.
- Oh meu Deus! A Victoria sempre foi tão doce! O que houve?
- Podemos falar em particular?
Anthony me levou até o seu consultório e fechou a porta atrás de nós.
- Então? No que posso ser útil?
- Vick a um tempo vem mostrando desequilíbrio emocional. acha que vou deixa-la a qualquer momento. Depois de um tempo começou a ter pesadelos com o seu passado. Vick foi muito maltratada. Nos lares adotivos também não tinha paz. - passei as mãos pelos cabelos. - Surta do nada. Chamei o Dr. Rossi e ele achou melhor internar. Pode representar risco a mim e ao August.
- Entendo! Vou ficar de olhos abertos na sua mulher, devo isso a vocês! Ela era a única amiga da minha Sandy!
- Eu sei! Vick sempre fala dela, sente saudades. - Puxei o ar com força. - Antony! não deixem maltrata-la!?
- Não vão tocar em só fio vermelho dos seus cabelos, lhe asseguro! Sua esposa agora é minha prioridade.
- Obrigado! - Me sentia em frangalhos, perdendo o chão como a muito não acontecia.
O olhei com os olhos cheios D'água, não consegui agradecer em palavras. Toquei em seu braço e me levantei.
- Posso ver a minha garota antes de ir? - Me virei de costas para secar os olhos.
- Pode sim! Ah e não se esqueça de procurar a administração e me nomear o responsável por ela aqui. O Rossi não gosta muito de mim. Métodos divergentes!
- Com certeza farei isso. - Sorri agradecido e saímos de sua sala.
Atravessamos o corredor indo até o quarto de Vick, entrei e ela estava amarrada.
- Precisa disso? - Perguntei me aproximando dela.
- Ela pode acordar agitada, Sr. Austin! Machucar a si mesma ou a equipe.
- Sinceramente, Rossi! Sabemos que conter o paciente não é uma medida eficaz e só é empregada em último caso. - Anthony protestou.
- Entendo... - Acariciei seus cabelos beijando seu rosto e sua boca. - Não vou descansar até ter você em casa, para nós! eu amo você. se lembre disso quando acordar. Te amo! - Falei perto do seu ouvido. - Descanse. Logo vou estar aqui e vamos conversar.
Voltei a beija-la e me afastaram dela.
- Agora o senhor precisa deixa-la descansar. - A enfermeira sorriu amável. - Eu sei que é dificil, mas para o bem dela.
Concordei com a cabeça e deixei o quarto, passei na recepção, coloquei o dr. Hebert como responsável pela Victória, agradeci mais uma vez e deixei o sanatório de Sta. Mônica.
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26/08/2018 - 03:32hs da madrugada
A um ano atrás eu Heloisa e Neila começamos Mata-me de Prazer. Nem imaginávamos que seria o sucesso que é hoje.
Começamos um conto e a saudade veio com tudo. Conversa vai e vem e decidimos fazer mais um. Redenção. Esse é a palavra certa para essa nova história. E claro. com muito Hot incluso.
Afinal de contas, Theo e Vick são brasa!Espero que gostem.
Até mais!
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Mata-me de Prazer - Redenção
RomansVictória e Theodoro, agora casados e vivendo na Sardenha. levando uma vida "pacata". Mas que a alma dominadora de Theo ainda fala mais alto. assim como a paixão entre os dois. Victória Austin passa a brigar com seus fantasmas do passado. Theodoro A...