Vick e Sidney se conhecem novamente

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Victória

Eu ainda não conseguia acreditar que a Sandy estava mesmo viva. Era como se algo dentro de mim também estivesse revivido. Eu não podia trazer a Gabrielle de volta, mas a Sandy estava viva, a minha melhor amiga, a que tinha ficado do meu lado quando eu era só uma caloura recém-chegada na universidade.

Eu estava motivada naquela manhã, então me levantei cedo, tomei um banho gostoso e segui até o consultório do Dr Herbert.

- Bom dia, Dr Anthony! Como vai?

- Olá Victória! - ele sorriu alvo. - Como se sente?

- Me sinto bem disposta! - sorri pra ele.

- Que bom! Não sente náuseas, dor de cabeça, letargia?

- Não! Hoje eu me sinto ótima!

- Que bom! - ele sorriu alvo, mas parecia estranhar algo. - Acho que hoje você pode trabalhar no projeto, então!

- Estou ansiosa pra isso! - sorri e ele levantou-se.

- Venha, vou acompanhá-la até a sala onde a equipe está reunida

Acompanhei Dr. Herbert até a biblioteca e senti meu coração falhar uma batida ao ver Sandy sentada à mesa com mais três pessoas em volta da minha planta.

- Venha Vick! - ele pôs a mão no meu ombro. - Vou apresentá-la a Sidney!

- Sidney?

- Está pronta?

- Claro!

Nos aproximamos da mesa e ele sorriu tocando o ombro da Sandy.

- Olá Sid!

- Bom Dia, Dr. Herbert! - Ela sorriu. - Bom dia, senhora Austin! - Ela estendeu a mão para mim

- Sandy! - Meu coração palpitou e eu ajoelhei ao seu lado a abraçando, meus olhos encharcaram. - Como é bom ver que você está viva! É incrível! - Eu parecia louca mas, não contive a minha emoção.

- Ei!? Está tudo bem! - Ela acariciou meus cabelos. - Você... É a Victória... Eu sei! - Ela riu. - Que recepção mais calorosa.

Brincou ela puxando meu rosto.

- Há! mas o que é isso? - ela limpou meu rosto. - Uma mulher tão linda não pode ter rugas por causa do choro!

- Você não se lembra? - a encarei. - Não lembra mesmo?

- Desculpa... - Ela sacudiu a cabeça lentamente. - mas eu gostei de você! E eu me chamo Sidney Green.

- Sidney, Claro! - levantei e sequei as lágrimas, tomando suas mãos. - Seus cabelos ficam lindos assim longos e cheios de vida

- Eu acho que você tem muito para me contar... - Sidney abriu um largo sorriso. - Vou poder conhecer o meu passado. - Ela olhou para Dr. Herbert.

- Nós éramos grandes amigas! - Sorri para ela e Sidney levantou-se. Ela usava uma bata leve azul-clara e calça rosa. - É tão estranho vê-la usando uma roupa assim romântica! É um estilo tão diferente do que você adotava. Você fica linda assim!

- Acho que vocês tem muito o que conversar! - Dr. Herbert afirmou. - Só seja cuidadosa com as informações, Victória!

- Thony!!! - Sidney protestou. - Eu não estou mais na fase de recuperação. Já sabemos que é irreversível.

- Só me preocupa os choques, Sidney! - Ele tocou sua mão carinhosamente e ela sorriu amorosa

- Tudo bem, tudo bem, Dr. Herbert! - Ela soltou um longo suspiro. - Pega leve Vick!!! Ou o meu doutor vai te dar uma bronca.

- Vamos conversar um pouco! - sorri animada.

- Dêem uma volta por aí. - Dr. Herbert sugeriu. - Ponham o papo em dia, mas não se esqueçam do projeto, sim?

 - Claro, Doutor!

- Vamos nos ver mais tarde? - Ela perguntou para Anthony antes dele sair de perto de nós.

- Eu levo comida chinesa pra nós dois! - ele sorriu e afastou-se, parecia se sentir incomodado com especulações.

Sidney me olhou sorrindo, esperando meu convite para sair da biblioteca.

- Então você se formou? - Perguntou ela assim que me virei para sairmos ao jardim.

- Sim, me formei! E você também estava prestes a isso. - me senti incomodada, porque pensava na vida que ela poderia ter tido e eu lhe tirei

- Anthony me disse que eu me formei... Mas já estava internada... Não peguei meu canudo. - Ela levou as mãos para trás sentindo o sol bater em seu rosto assim que saímos, sorriu. - Adoro esse cheiro de grama molhada logo de manhã.

- Se você se formou podemos conseguir a documentação na faculdade! - Sorri, eu queria ajudá-la a recuperar o tempo perdido, a retomar sua vida. - Você até pode trabalhar comigo se quiser.

- Obrigada, Victória! - Ela se virou para mim fazendo uma careta. - Eu terei que refazer o curso, ou até mesmo um NBA. Mas... - ela olhou para o jardim. Eu amo isso... Jardinagem... eu que fiz o jardim da clinica... dei vida a ela e é o que quero fazer. gosto de mexer com plantas... E... Você tem sua vida, seu método de trabalho. eu só vou atrapalhar.

- Isso aqui é lindo! Você pode se especializar em paisagismo. Eu adoro esse jardim, ele é incrível

- Eu tenho tanto orgulho dele! Começou lento! Os bancos em volta das arvores foram os últimos a serem colocados... - Ela me olhou. - Vamos sentar ali... ficaremos mais confortáveis.

A acompanhei e sentei ao seu lado.

- Você e o Dr. Anthony... - Sorri maliciosa e ela ficou vermelha, estava envergonhada, o que era bem novo em se tratando da Sandy

- Amigos... Muito amigos! - ela pigarreou e me olhou tentando não rir. - Bem! De vez enquanto a gente se pega... Mas tem algo que o faz me repelir. - Ela riu sem graça. - Droga! Eu acho que estou falando demais. Ele vai me matar!

- Ele é um apaixonado! Todo mundo vê... Ele te amava muito e é visível que ainda a ama!

- Mas eu devo ter traído... - Ela fez um bico chateada. - Eu tinha outro namorado... Michael! - Ela me olhou. - Eu o deixei para ficar com esse Michael. Anthony disse que os pais dele me humilharam e foi por isso que eu o deixei. Devo ter magoado demais ele com outro homem. Sinto tanto! por isso ele não confia mais em mim.

- Michael! - Revirei os olhos, ele queria me ver longe. - Você não combina com ele, já o Anthony!

- É! Combinamos... Mas é um amor impossível. - Respirou fundo. - Anthony não vai passar por cima dos pais... Eu sei porque da ultima vez que eles vieram visita-lo, Thony evitou me tocar por alguns meses. senti tanto a falta dele.

- Ele deve ter medo, Sidney! Talvez ainda se sinta magoado. Vocês estavam prestes a se casar e... o destino estragou tudo.

- Sim... Uma bala na minha cabeça e Adeus uma boa parte da minha vida... Agora fico pisando em ovos, com medo de me declarar, pedir de joelhos que o quero... - ela deu de ombros. - E ele dizer que não dá... E é o que ele vai dizer.

- Não acho que ele o faria! Dê-lhe algum tempo... Logo ele mesmo se declara.




Mata-me de Prazer - RedençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora