baby,comeback home

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Os dias se passaram tão rapidamente que nem ao menos tive como sentir. No entanto, não me causou sentir menos falta dele. Era fora do normal! Meu coração continuava apertado de saudade, e saber que Jimin estava por aí de folga fazia a tortura de não vê-lo tornar-se mais intensa.

Meus dias não foram tranquilos,o ateliê ia de vento em poupa com a preparação para nosso primeiro desfile. Não era mais só eu e minha melhor amiga,havíamos contratado mais mão de obra para corte e costura. Todos os modelos também tinham sido contratados,homens e mulheres e uma diversidade cultural entre eles que fora prioridade. Meu corpo pedia descanso necessitando relaxar,enquanto minha mente trabalhava a mil para que tudo ficasse perfeito, no devido lugar.

Há dias atrás tinha decidido ligar para os meus pais,para saber da saúde de meu pai e como eles estavam lá no Brasil. Acabei contando a eles sobre a confusão que tinha enfrentado. Para minha surpresa,eles riram. Disseram que a vida estava mesmo testando o amor que existe entre meu namorado e eu. Não fora o que esperei de meus pais,mas a conversa me fez pensar muito sobre...Talvez Jimin e eu tivéssemos mesmo de atravessar tais barreiras para amadurecer nosso amor. Para sermos melhor para o outro.

Eu queria ver ele,queria beijá-lo e nunca mais soltar! Gostaria de poder sentir aquele cheiro suave de sua pele quentinha. Beijar os lábios macios que moviam-se sempre tão gentis contra os meus...Soltei um longo suspiro dando mais um giro na cadeira do meu escritório. Tinha o celular na mão e me torturava com fotos e vídeos dele.

Jimin tinha cumprido com sua palavra. Não ligou e nem viera atrás de mim. Quase duas semanas haviam se passado,eu sabia que dentro de alguns dias ele voltaria a seguir com a agenda de trabalho.

— Unnie,todos os sapatos estão pagos. - Lee entra na sala com um tablet na mão. — Unnie?

Ergo o olhar para encarar minha amiga e seus cabelos mais longos.

— Sim?

— Os sapatos que precisávamos,estão certos agora.

— Ah,sim. Perfeito e obrigada. - deixo o celular de lado.

— Aconteceu algo? - percebi seu tom preocupado.

— Nada.

Ela me olha fixamente em seguida abre um sorriso.

— Já sei.

— Sabe? - ergui as sobrancelhas.

— Quer que ele apareça logo.

Rolei os olhos sentindo-me fraca por admitir.

— Não negue,'tá escrito na sua testa! - ri — Por que não liga logo?

— Sei lá,acho que gosto de sofrer.

— Aish! Liga de uma vez. Ele também deve 'tá subindo pelas paredes.

Parei para ponderar por um instante. Deixaria o orgulho de lado antes que me arrependesse.

— Vou ligar.

Pego o celular discando o número que sabia de cór. Chamou uma,duas,três,quatro,cinco,seis...até cair na caixa de mensagem. Tentei outra vez e fora a mesma coisa.

— Não é meu dia de sorte. - digo.

— Assim que ele ver vai retornar.

— Que seja.

— Vai ficar brava?

— Não! - faço careta. — Só queria dar uns amassos,hoje é sexta-feira.

— Você fala como se ele fosse apenas um passatempo. Mas sei que não está nada bem. Ficar sem falar com ele te deixa irritada.

— Você acha? - me debrucei sobre a mesa.

Together || P.JMOnde histórias criam vida. Descubra agora