E X T R A 3 - paris

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— Se eu ficar muito tempo parada aqui vou petrificar. – eu falei ainda na minha pose para ser fotografada. A risadinha contagiante dele me fez perder a linha e cai na gargalhada também. — Jimin! Por que me fez rir?
Desci da coluna baixa de concreto, me juntando a ele que tinha meu celular na mão, rindo atoa.
— Ah, gordinha me desculpe por isso, mas você é tão fofa! – cobria a boca ao falar. Rolei os olhos pegando o celular de sua mão. Jimin usava um chapéu preto que cobria praticamente todo seu rosto. — Por sorte consegui tirar as fotos.
Eu bem vi. Quatro tremidas e uma boa.
— Bom, pelo menos a que conseguiu ficou muito boa... – dei zoom na imagem. Jimin veio para o meu lado olhado sobre meu ombro.
— Eu gostei. – diz ele — Você é sempre tão bonita, perfeita.
— Não fala assim quando eu não posso te dar um beijo na boca.
Ele me encarou com aquele sorrisinho de canto.
— Obrigada pela foto, meu amor. – sussurrei jogando um beijo. Ele fez o mesmo.
— Por nada. Agora que tem sua tão sonhada foto, podemos tomar sorvete? – pediu.
— Com certeza. – sorri guardando o celular na bolsa.
Lado a lado, caminhamos pelas ruas de Paris com nossas casquinhas de sorvete sabor creme. Era fim de tarde, mas os raios de sol atravessavam a rua estreita por onde andávamos. Haviam carros estacionados e poucas pessoas caminhavam pela calçada. Eu estava morrendo para segurar a mão dele, mas se fossemos vistos juntos seria melhor sem contato físico.
Estávamos correndo um grande risco sim, porém decidimos deixar a questão de lado e aproveitar as férias. Saquei o celular começando a fotografar nos pontos mais bonitos do bairro. Nunca cansaria de dizer como Jimin era lindo, não seria possível pois mal acreditava que ele era real e ainda, se minha vida junto a ele existia.
— Como você consegue parecer uma modelo vestindo calça preta e um casaco que parece um animal morto? – ele perguntou mexendo nos pelinhos da lapela do meu casaco.
Ergui as sobrancelhas incrédula enquanto mastigava meu cupcake de chocolate. Durante o dia tínhamos provado tudo que vimos exibido nas vitrines, eu principalmente os doces. Já Jimin tinha sacolas das diversas grifes locais e internacionais.
A noite veio caindo sobre nós e apesar de não ser tão fã de cidades europeias, a romântica Paris ficava ainda mais charmosa com suas luzes amarelas e construções antigas.
Sem ter muita noção, mas com costume, me peguei agarrada ao braço de Jimin caminhando de volta para a casa que ele havia alugado.
— Já pensou na programação desta noite? – indaguei.
— Uh, tem um lugar que eu quero conhecer. Meus amigos sempre falam muito sobre.
— Ah, estou curiosa também.
Ele me olhou.
— Quer ir?
— Seu amigo vai? – havia um amigo de Jimin hospedado com a gente. Um cara legal.
— Sim, podemos ir nós três. O que acha?
Fiz que sim com a cabeça. Jimin pegou a chave no bolso de sua bolsa preta abrindo o portão. Entramos e encontramos a casa sozinha.
— Ele deve ter ido aproveitar como nós fomos. Vou ligar pra confirmar se ele vai mesmo. Se quiser pode se arrumar, gordinha. Não sairemos muito tarde. – Jimin diz colocando as compras sobre a cama que dividimos.
— Certo. Vou tomar um banho. ‘Tá’ ficando calor. – digo tirando meu casaco.
Jimin ligou para o amigo e eu fui até minha mala pegar algo simples e bonito para vestir. Optei por um vestido branco que sairia na minha próxima coleção.
Ele era ombro a ombro justo na cintura e se desprendia levemente no quadril. Jimin conversava no celular quando me aproximei e sussurrei para que fosse depois me acompanhar no banho. Ele assentiu e eu fui levando minha necessaire comigo.
Logo frente ao chuveiro havia uma janela francesa longa, que tinha vista mesmo ao longe da torre Eiffel. Ao ligar a água e começar a tomar meu banho vi o vidro embaçar aos poucos. O cheio floral do meu sabonete líquido enchendo o espaço. De costas ouço quando a porta se abre e não precisei olhar ou esperar muito para ter braços e mãos delicadas ao meu redor.
— Sairemos em uma hora. – sussurrou no meu ouvido, deixando um beijo no local. Me virei dentro do seu abraço para o puxar completamente para debaixo da água, molhando o cabelo. Ele sorriu jogando o fios gotejando para trás, lindo como um sonho de verão.
Tivemos uma pequena discussão porque ele queria usar do meu sabonete, tudo porque esqueceu o seu para trás. Impus a condição de que eu colocaria a quantidade certa na esponja. Mas ele fez bico e se virou pedindo para que esfregasse suas costas.
E eu neguei? Nunca.
O fiz e com carinho, iniciando por cima perto dos ombros descendo aos poucos e quando cheguei perto do seu traseiro, passei as unhas marcando a pele levemente.
—AAAISH! – voltou-se para mim com uma cara engraçada — O que é isso?
Eu ri.
— Não vou pedir desculpas. – informei. — Seu traseiro é perfeito.
O vi revirar os olhos. A graça do nosso banho juntos acabou por ali e assim que terminamos nos vestidos. Quando eu acabava de me arrumar o amigo se Jimin chegou. Ele tinha seu quarto com banheiro e foi se ajeitar também. Enfim todos prontos, de taxi partimos para o tal pub.
O lugar não era dos maiores e o público pareceu ser jovem assim como nós. Tocava música latina como trilha sonora. Jimin e seu amigo escolheram uma pequena mesa de canto. Coloquei-me ao lado do meu namorado me sentando, sua mão repousou sobre minha coxa abaixo da mesinha.
— O que vão beber? – o amigo pergunta.
— Quero cerveja, bem gelada. – digo.
— Que seja cerveja então. – sorriu. — Eu pago a primeira rodada. – nos deixou indo em direção ao bar passando pela multidão de pessoas dançando e conversando com suas bebidas em mãos.
Senti lábios na minha orelha, inevitavelmente me causando arrepios. Jimin beijou a região, mordendo o lóbulo, o puxando sem machucar. Eu olhava ao redor observando se alguém nos sondava, mas do jeito em que ele estava só parecia sussurrar no meu ouvido.
— Para! – alertei. O safado riu nasalado dando um aperto em minha perna. — O que você quer? – tive de me afastar para ver seu rosto.
— Nada. – respondeu afastando meu cabelo – já bem crescido – para depositar um beijinho no meu pescoço.
— Jimin, eu te dei atenção o dia todo. Não precisa agir assim.
— Agir como? Estou apenas dando carinho para minha noiva.
Encarei seus olhos.
— Amor, eu não estou me sentindo confortável aqui. – Jimin faz careta — Não é nada com o lugar é que... Estou com um pressentimento, sabe?
— Ruim? – uniu as sobrancelhas.
— Não é de todo ruim, é minha intuição apitando. — cobri sua mão sobre minha coxa afagando com carinho.
— Odeio isso... – resmungou ficando emburrado.
— Ei, relaxa. Vamos encher a cara e jogar conversa fora, okay?
— Quer mesmo ficar aqui, se quiser podemos procurar outro bar.
— Não se preocupe. Viemos nos divertir. – sorri.
O amigo volta com certa dificuldade e uma bandeja com três canecas gigantes de cerveja.
— Bem na hora! – comemorei.
No início Jimin ainda estava meio em dúvida se eu estava bem, ficou me perguntando nos intervalos de nossas conversas se eu queria ir. Ele só relaxou quando eu saí da mesa para dançar com uma garota muito bêbada. Foram por alguns minutos e logo ela desapareceu causando mais no meio da galera.
As músicas ficaram cada vez melhores, cantamos ao som de Camila Cabello, mesmo eu não sendo muito fã. O tal amigo de Jimin se pôs a aceitar um flerte de algumas garotas da mesa ao lado. Uma delas, a loira não tirava os olhos de Jimin.
O lugar ficou mais cheio. Estávamos na quinta rodada de cerveja. Sentia-me bem para o tanto de álcool no meu sangue, mas Jimin encontrava-se alegrinho e levemente corado. Ele já tinha bebido mais cedo no nosso almoço, antes do nosso passeio na torre Eiffel.
Era minha vez de pegar a sexta rodada.
— Eu posso ir. – disse Jimin no meu ouvido.
— Pode deixar, amor. Vocês já foram agora sou eu.
— Okay, mas tome cuidado para não tropeçar por aí. Qualquer coisa você grita por mim.
— Ah, você é um anjo. – joguei um beijo — Volto já.
Ele ficou de olho em mim até que desapareci no meios das pessoas. No bar fiz meu pedido e o barman me pediu para aguardar, tinha um sotaque carregado falando em inglês. Havia uma grande quantidade de pedidos então tive de ser paciente.
— Aqui moça... – recebi minha bandeja — Desculpe pela demora. – disse mais alto que a música.
— Ah, tudo bem. Obrigada.
— Disponha. Ah, e antes que vá embora... Está sozinha? – sorriu torto.
Neguei com a cabeça.
— Estou acompanhada. – digo.
— Oh... É uma pena. Para mim, claro. – o cara bonito sorriu e eu não soube o que fazer além de assentir com um sorriso sem graça.
Me voltei por onde vim, pedindo licença com meu francês pobre. Mas pelo menos fui atendida. Fazendo meu caminho me deparo com a seguinte cena: Jimin, o amigo e as garotas brancas da mesa ao lado, na nossa mesa. As bebidas delas também e uma delas estava perto de Jimin. Perto... Ela tinha a mão na testa dele fazendo sei lá o que e deu um “peteleco”, Jimin riu alto empurrando a garota que o atingiu, de forma brincalhona.
Meu corpo pegou fogo de ciúme.
De repente eu queria avançar na filha da puta... Filha da puta! Minha mente gritava. Movida por meu ódio instantâneo me aproximei colocando o que eu carregava violentamente sobre a mesa capturando a atenção de todos. Os encarei de cara fechada.
— Com licença. – pedi abruptamente pegando minha bolsa ao lado de Jimin. — Esperou eu dar as costas para chamar as amiguinhas? – indaguei em coreano. — Pode ficar e aproveitar.
Lhe dei as costas saindo do estabelecimento. Que palhaçada. Eles esperavam eu me afastar pra juntar um bando de desconhecida na nossa mesa? Será que eu demorei tanto tempo assim? Eu pensava enquanto caminhava para um dos carros de táxi parados na porta. Falei o endereço da casa para o motorista e entrei no veículo.
Não vi Jimin atrás de mim.
[...]
Sinceramente não sabia no que pensar. Será que tinha exagerado...? Havia-se passado duas horas desde minha repentina saída do pub. Meu celular em silêncio sobre a cama enquanto eu, só de pijama – uma camisa enorme – deitada esperando o retorno do fulano. Metade de mim arrependida e a outra ainda com ciúme.
Caramba... Não me lembrava de quando tinha agido ou tido tanto ciúme de Jimin antes. Sei lá, talvez fosse o peso do anel em nossos dedos ou fora minha insegurança tomando espaço novamente? Era difícil dizer, porém o que foi feito não podia ser mudado.
Baguncei os cabelos, frustrada com a situação. De repente ouço sons vindo da entrada e rapidamente me ajeito na cama fechando os olhos, fingindo estar dormindo. Fico atenta escutando os passos pelo corredor da casa silenciosa, até a porta ser aberta. Meu coração batia acelerado e tive medo de que ele pudesse ouvir e acabar com minha farsa.
Um lado da cama se afundou, Jimin juntou-se a mim deitando de conchinha. O rosto na curva do meu pescoço as mãozinhas na minha barriga.
— Sei que não está dormindo, gordinha... – sussurrou apertando minha cintura, sua palma quente e o hálito de álcool da mesma forma.
— E o que você quer? – indaguei num tom sussurrado.
Jimin solta um riso breve.
— As vezes é tão geniosa. Sabe que exagerou, por isso não corri atrás de você.
— Exagerei? – abri os olhos para o quarto de luz baixa. — Eu saí por alguns minutos e quando voltei você estava rodeado de galinhas francesas!
— Shhh! – ele riu. — Galinhas francesas? Minha nossa, a cerveja não lhe fez bem. Aquelas meninas só nos chamaram para uma brincadeira que valia uma garrafa de whisky. Nós achamos divertido, pensei que você também pudesse gostar.
Fiquei em silêncio e ele continuou:
— Fiquei preocupado, mas estava tonto demais para correr atrás de você. – Jimin falava com riso, sabia que não estava tão bêbado, porém tinha certeza sobre seu rosto avermelhado. — Confesso que não entendi bem o porquê da sua atitude. Quer me dizer o que aconteceu?
Levei meio minuto para ponderar a ideia. No fim, soltei um suspiro me virando para ele encontrando os olhos brilhantes e mais fechadinhos que o normal, as bochechas rosadas como bem imaginei. Deitei a cabeça na beira do seu travesseiro, ficando muito perto.
— Eu exagerei? – franzi as sobrancelhas.
Jimin assentiu.
— Um pouquinho. – seus dedos tocaram meu rosto.
— Me desculpe. Foi... Ciúme. Não sei o que me deu quando vi aquela loira com a mão na sua cara. Só quis sair...
— Já passou, tudo bem. – afagou minha pele — Mais cedo havia me dito sobre sua intuição, talvez fosse sobre isso.
— Estou me sentindo ridícula agora. – foi minha vez de toca-lo. Primeiramente os lábios úmidos que se partiram ao meu toque.
— Não tem que sentir assim. Já passou. — beijou meus dedos em seguida me beijou. A língua gentil entrando em contato com a minha, Jimin beijava tão bem... Fazia amor com a boca.
Quando dei por mim, estava por cima dele uma perna de cada lado, as mãos dele no meu quadril por baixo da minha camiseta. Soltei sua boca para espalhar beijinhos por sua pele macia, por cada parte exposta até o decote de sua blusa fina. Ela tinha que sair da frente.
Jimin mordeu o lábio quando puxei a peça para sair por sua cabeça. Ah, seu peito liso me era muito atraente e tratei de continuar com os beijos. A respiração dele se alterava cada vez que eu descia com a boca, parando no cós de seu jeans preto. Olhando para cima – para seus olhos – abri o cinto de couro, o botão e vi o peito subindo e descendo.
— O que quer ai, huh? – indagou.
Eu sorri.
— Me redimir. Acha que um boquete resolve?
Ele se equilibrou nos cotovelos me olhando com os olhos cheios de desejo, no tempo em que eu colocava seu pau para fora.
— Resolve sim. – sorriu abertamente.
(...)
Uma noite quente em Paris. Mas não era pelo clima que meu corpo estava totalmente molhado de suor, por toda parte até meus cabelos soltos encontravam-se úmidos. Deitada de bruços sentindo as pontas dos dedos dele na minha pele nua. Nossas respirações já normalizadas, meu rosto sobre o peito suado dele.
— Amor... – o chamei.
— Sim?
Ergui os olhos.
— Posso fazer uma pergunta?
— Já fez uma.
Revirei os olhos.
— Como você se sente quando eu faço algo impulsivo?
Suas belas sobrancelhas se uniram.
— Whoa... Pergunta difícil. Bom... Hm, eu fico preocupado na verdade. Porque no final sei que o arrependimento vai bater e você vai sofrer. – os dedos nos meus cachos — A impulsividade é uma característica sua, um traço que te trás consequências. Depois vem tentando encontrar um jeito de desfazer o que deu errado.
— É sério que se preocupa? Não fica... Sei lá, irritado? Eu faço confusão quando não penso direito.
— É difícil ficar bravo com você, gordinha. Ainda mais com esses olhos me encarando ou quando vem me persuadindo, oferecendo coisas que não posso negar... Como fez mais cedo.
— Um boquete? – indaguei.
— E um sexo bem gostoso.
— Safado.
Ele riu.
— Me conhece tão bem amor. Fico admirada pois nunca tivemos tanto tempo para nos conhecermos e nossa relação e percepção um do outro vem amadurecendo. Sou tão grata por ser tão paciente.
— Não se sinta culpada por nada. Sabe que eu também tenho meus momentos. O que passou eu já esqueci. Sem mais galinhas francesas.
Soltei uma gargalhada.
— Te amo demais, sabia?
— Eu sei sim. E quer saber como me fazer te amar mais um pouquinho?
— Como?
Ele me puxou para cima de seu corpo.
— Oh, sinto-me fraco. – resmungou — Mas quero que faça aquilo novamente.
— Aquilo?
— Exatamente. – nossos sexos se encontraram por baixo do lençol. — O que fez mais cedo quando estava por cima.
— Quase não me deixa ficar por cima, agora 'tá' me pedindo para fazer aquilo? Me admiro muito, Sr Park.
— Faz, Hm?
Outra vez as mãozinhas espertas pegando meu quadril. Sorrindo, o beijei. Um beijo cheio de paixão o fez voltar a me penetrar.
— Ai... – gemi beijando os lábios. — É tão gostoso quando você coloca só a cabecinha primeiro.
— Você ama cada movimento meu. – se afundou todo.
Jimin sabia me fazer suar. De um jeito que ensopava os lençóis e deixava minha pele muito sensível, nossas mãos unidas enquanto fazíamos amor. Tinha olhos nos olhos e sussurros apaixonados, uma pequena parte de mim questionou silenciosamente se eu teria capacidade de amar assim outra vez nessa vida. Porque o homem sobre meu corpo, de olhos semicerrados tinha tudo de mim. Meu amor incondicional.

B u s a n · casa dos Park

— UNO! – gritei com a carta na mão.
A família do meu namorado me olhando com decepção. Era minha terceira vez consecutiva ganhando dos demais.
— Como ela consegue?! – meu sogro riu indignado.
— Ela é boa. – minha sogra.
— Até demais. – concordou o Park mais novo, meu cunhado.
— Nem eu sei. – ri. Olhei para Jimin que tinha um bico grande. Não era segredo que ele odiava perder. — Parece que alguém não gostou.
Ele me olhou e fez careta.
— O que foi, amor? Vou dividir meu prêmio com você. – apertei sua bochecha fazendo eles rirem com a cena.
— Amanhã bem cedo, antes de irem embora, irei preparar seu prêmio, Chris. – diz Sra. Park. Havíamos apostado um mini barril de cerveja artesanal da própria região, realmente deliciosa.
— Obrigada. – sorri pra ela.
Continuamos ali, não jogando e sim compartilhando alguns detalhes sobre minha viagem e de Jimin  a Paris. De lá pegamos um voo para Busan para visitar a família, então contamos com haviam sido nossos dias na cidade romântica.
As horas se passaram, jantamos todos juntos e depois fomos servidos pelo Sr. Park com uma taça de vinho branco. Meus sogros tinham grande interesse em saber sobre minha vida profissional, como as coisas estavam indo e ter certeza de que eu estava me alimentando bem.  Em um momento, Jimin me chamou para levar as taças para a cozinha.
— O que foi? – indaguei colocando as taças dentro da pia.
— Vamos contar.
— Ah...
Estava na hora. De repente meu coração acelerou.
— O que foi? – se aproximou pegando meu rosto.
— E-eu não sei... Hm, estou um pouco nervosa.
— Não há necessidade, gordinha. Eles gostam de você. Já faz parte da família.
— Não é tão simples... Será que eles vão aprovar? Tem toda uma questão por trás.
— Não se preocupe. – me deu um selinho demorado — O importante é que eu já disse sim.
Um dia ele me mata.
— Okay... Me dê um minuto.
Ele me deu. Voltamos para a sala de estar de mãos dadas, Jimin chamou a atenção de todos. Apertei sua mão com força e ele apertou a minha de volta. Sentia meu joelho querendo falhar, merda.
— Hm, nós temos um comunicado a fazer.
A expressão de expectativa e apreensão na cara da família.
— Não estou grávida. – digo tentando aliviar e Sra. Park coloca a mão sobre o peito aliviada.
— Ah, que alívio. – disse.
— Se não é isso...? – meu sogro.
— Pai, mãe e irmão... Chris me pediu em casamento.
Olhos quase rolaram ao chão.
— É-É sério? – o irmão mais novo indagou.
— Sim. Eu aceitei. Faz algum tempo, mas achamos melhor contar depois.
— Oh, meu filho.
Os mais velhos vieram até nós. Jimin foi abraçando e senti um grande alívio, em seguida fui eu e o calor do abraço foi genuíno e verdadeiro. Eles estavam me aceitando oficialmente.
— Vocês tem a nossa benção. – diz Sr. Park.
— Sim. – sua esposa concorda — Espero que sejam felizes e saudáveis.
— Ah, meu mano. – o mais novo juntou-se a nós. — Parabéns!
Ele nos abraçou de uma vez. Jimin e eu achamos graça no gesto do garoto. Recebi um piscadela do meu futuro marido. Não havia pressa em nada, por enquanto era apenas um gesto importante de amor.
— Obrigado. Eu amo vocês. – Jimin disse formando um abraço em grupo.

Aeroporto internacional de Icheon

— Gordinha... Ah... – ele gemia enquanto eu me praticamente devorava seu pescoço dentro do carro. Estávamos estacionados com meu carro na parte dos fundos do aeroporto. Minhas mãos estavam quase no topo da cabeça, entre seus fios recém cortados. O cheiro gostoso de sua pele me fazia não querer me afastar nunca.
Meus lábios percorreram todo o caminho livre, pouco me importei se ficaria marcado ou não. Quando voltei a sorver a boca macia e quente, senti as mãos fofas agarrando minhas coxas por baixo do meu vestido longo. Fazia frio em Seul, no entanto meu carro estava em chamas por dentro.
Ouvi mais dos gemidos manhosos dele, mordi seu queixo me mexendo sobre seu colo.
— Eu quero você. – eu disse.
— Não temos tempo. – respondeu ofegante assim como eu. — Os hyungs estão me esperando lá dentro. Também queria mais um momento com você.
— Ah... Tudo bem. – coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha. — Tem que ir, não quero que perca o voo por minha causa.
— Vai ficar bem? – segurou meu rosto — Se quiser eu posso dizer a eles para irem sem mim.
— De jeito nenhum! Você vai. Aproveitamos muito bem nosso tempo juntos, agora acho que vai ser bom ficar sozinho com seus amigos.
Jimin me olhava nos olhos.
— Eu te amo muito, sabia?
— Sim, eu sei. – sorri e beijei sua mão. — Me manda fotos, cuide-se e não beba muito. Não esqueça de usar protetor solar, certo? E se eu descobrir que ficou flertando com todo mundo lá, eu te deixo de greve.
Sua expressão de espanto fingindo me fez rir.
— Vou precisar anotar, pode repetir?
— Palhaço, é sério... Seu cuida e volta pra mim.
— Ah, essa é uma das melhores partes. – sorriu fazendo os olhos desaparecerem. — Não se preocupe comigo, cuide bem de si mesma. – afagou minha bochecha — O fuso horário é diferente, mas vou tentar ligar sempre que possível para saber de você, gordinha.
Beijou minha testa.
— Te amo. – sussurrou.
— Te amo.
O beijo de despedida fora caloroso. Jimin beijou o anel e meu dedo antes de descer do carro com sua bagagem. Queria poder levá-lo ao portão de embarque, porém me contentei ali o vendo caminhar para dentro do aeroporto. Meu amor precisava de um tempo de mim, não precisa se dedicar somente a noive e eu sentindo-me satisfeita em vê-lo feliz mesmo de longe.












Together || P.JMOnde histórias criam vida. Descubra agora