Foco Alice

Capítulo 14

Depois que levaram o cara, cujo nome é Hugo, deixaram dois policiais vigiando do lado de fora... O Matthew e a Isa insistiram para eu ir no hospital ver o corte apesar de eu ter dito que tinha sido superficial. Nesse momento estou na sala do médico.

- Pronto. - Fala o Dr. Ricardo terminando o curativo. - Não foi necessário pontos. - Continua.

- Obrigada. - Agradeço.

Saio da sala do médico indo de encontro com os dois. Conforme vou chegando perto deles os vejo cochichando algo que não consigo escutar, quando eles me vêem rapidamente param. Estranho.

- Vamos. - Falo.

- Precisa de ajuda. - A Isa pergunta? Conheço essa cara dela, ela tá me escondendo alguma coisa.

- Não, estou de boas. - Falo, a olhando desconfiada.

- Bom então vamos. - Foi a vez de o Matthew falar.

Estamos no carro indo para casa, está um silêncio muito desconfortável, ninguém ousa falar nada, mas eu não consigo ficar calada por muito tempo então vou puxar assunto.

- Gente, a pizza deve ter voltado já que não estávamos lá, vamos parar em alguma pizzaria para comer. - Comento.

- É, pode ser. - A Isa fala.

- Logo a frente tem uma pizzaria, podemos parar lá. - O Matthew diz. Apenas assinto.

Passamos na pizzaria e comemos, o clima estranho amenizou, e parece que está tudo normal, mas ainda estou encucada.

Assim que chegamos em casa, me certifiquei de trancar a porta e ligar o sistema de segurança, por mais que tenha polícias lá fora, nunca se sabe, tenho que proteger ao máximo as pessoas perto de mim. Fomos para o quarto - Eu e a Isa no meu e o Matthew no de hóspedes -.

Empresto um pijama para a Isa e visto um também. Estamos assistindo e conversando sobre tudo, até que ela pega no sono, fico assistindo e o sono não vem, resolvo ir fazer um chá.

Estou terminando de lavar o que sujei quando o Matthew entra na cozinha, sem camisa ainda, por Deus!

- Não achei que estava acordada, sem sono também? - Puxa conversa.

- Sim. - Falo.

- Como está sua perna? - Pergunta.

- Está perfeitamente bem, como eu disse foi superficial, nem está doendo... - Respondo.

- Que bom ouvir isso, quer dizer que você pode fazer isso.

No estante seguinte o Matthew me puxa para um beijo, no início eu relutei, mas deixei a vida me levar, o beijo era calmo e suave, mas foi se intensificando, sinto suas mãos apertarem minha cintura.

- Matthew... - Minha voz sai como um sussurro.

- Shh, só deixa rolar. - Fala no meu ouvido, mordendo o lóbulo da minha orelha, me fazendo soltar um gemido.

- Eu ia falar para irmos pro quarto. - Falo com a voz  embargada de desejo.

O Matthew me ergue, entrelaço minhas pernas em sua cintura e vamos para o quarto aos beijos.

Quebra de tempo

Acabo de acordar, sinto algo pesado me rodeando, me dou conta de que é o braço do Matthew, começo a recordar os acontecimentos da noite anterior, e que noite. Várias perguntas começam a surgir na minha mente "Como será que vamos nos olhar agora?" "Será que é melhor fingir que nada aconteceu?". Não era para ter acontecido, eu não posso fingir que nada aconteceu, mas não posso dar esperança de uma segunda vez.