Capítulo 17

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POV Matthew

Acabo de chegar do karaokê juntamente com a minha irmã, eu sinceramente não gostei nem um pouco, só quando a Alice cantou, a voz doce dela chegando em meus ouvidos me fazia lembrar a necessidade que eu tenho de tê-la.

- Você e a Ali já não estão se falando? Brigaram? - Minha irmã pergunta.

- Tipo isso. - Respondo.

- O que você fez? - Pergunta.

- Porque você acha que eu fiz algo? Lamento informar, mas eu não fiz nada, muito pelo contrário. - Respondo um pouco alterado.

- Calma grandão. Me conta o que a Ali fez para te deixar assim.

- Estávamos saindo de sua casa quando tocam a campainha, ela foi atender e tinha um cara, como é mesmo o nome dele?... Valter? Não... Victor? Também não era assim...

- Vinícius? - A Isa me fala.

- Isso, voltando, estava esse tal de Vinícius com um buquê de flores na mão, ela aceitou o buquê, até aí tudo bem, mas ele foi lá para buscar ela para irem juntos para o trabalho. Quando ela entrou para guardar o buquê eu vim embora, já que ela tinha outra companhia. - Conto. Olho para minha irmã que está rindo feito uma hiena.

- Qual é a graça? - Pergunto exasperado.

- Você ficou com ciúmes do Vinícius, Parou de falar com a Ali e ainda por cima tentou fazer ciúmes para ela com aquela garota, você acha que eu não notei? Você está ferrado. - Fala.

- Ferrado? - Pergunto sem entender.

- Para fazer com que a Ali te desculpe. O Vinícius é o parceiro de trabalho dela, então é óbvio que eles passem bastante tempo juntos e tenham uma boa amizade, segundo, ela o conhece antes mesmo de conhecer você e se ela quisesse poderia ter tido algo com ele, mas ela está com você. A Ali não brinca com as pessoas, você estava com outra garota, ela deve estar pensando mil coisas ruins sobre você... - Diz-me.

- Você acha que eu pisei na bola? - Pergunto preocupado.

- Você ainda tem dúvidas? Se eu fosse você ia falar com ela agora mesmo. - Ela tem razão, eu me deixei levar por um ciúmes bobo, e provavelmente ela deve estar muito brava comigo.

- Você tem razão, eu vou agora mesmo me desculpar. - Falo.

- Boa Sorte. - Me deseja.

[...]

Toco a campainha inúmeras vezes, acho que ela não está em casa, quando estou prestes a sair a porta é aberta revelando uma Ali com cara de que estava dormindo e foi interrompida.

- O que você quer? - Me pergunta indiferente.

- Eu posso entrar? Preciso conversar com você. - Peço. Ela me olha por um instante, dúvida passa em seus olhos, mas logo ela permite.

- Quer alguma coisa para beber ou comer? - Me oferece, apenas nego com a cabeça.

Nos sentamos no sofá, depois de alguns segundos em silêncio me pronuncio.

- Eu queria me desculpar por hoje. Eu acabei ficando com ciúmes do Vinícius, vocês pareceram tão íntimos... - Falo triste.

- Você é um idiota. - Me diz. - Eu fiquei bem chateada com você. - Fala.

- O Vinícius é o meu parceiro de trabalho, estamos a maior parte do tempo juntos, mas estamos trabalhando. E eu acho que você não deve duvidar de mim e do que eu sinto por você. - Fala.

- É, eu sei. - Suspiro. - Me desculpa. - Peço.

- Dessa vez eu desculpo. - Me fala, fazendo eu abrir um sorriso de orelha a orelha.

- Mas, toda ação tomada sem pensar tem consequências não é mesmo? - Me diz. Ferrou.

- Que consequências? - Pergunto com medo.

- Vou pensar em algo muito bom, quando souber te aviso. - Fala.

- Alice... - Falo com a voz rouca me aproximando de seu rosto.

- Consequência número 1, sem beijos. - Ela fala, não acredito no que estou ouvindo.

- Como posso ficar perto de você e não te beijar? - Pergunto manhoso.

- É fácil! É só manter sua boca longe da minha. - Ela não está fazendo isso.

- Eu estou com sono então vou ir dormir. Se quiser pode dormir aqui. - Diz.

- Você é muito má. - Falo meio irritado.

- Vai ficar ou não? - Pergunta.

- Vou poder dormir com você? - Pergunto sorrindo malicioso.

- Dormir pode. - Fala dando ênfase no dormir.

- Então eu fico. - Falo.

Subimos para o seu quarto, a Ali se deita de lado, com as costas virada para mim, tiro meu tênis e deito do seu lado, passo minha mão em volta de sua cintura, só agora percebo que ela está com apenas camisa e um mini short.

- Você está testando minha resistência Ali. - Falo em seu ouvido. Ela dá uma risadinha, mas não diz nada. Logo pegamos no sono.

POV Alice

Acordo com beijos sendo depositados em meu pescoço, abro um sorriso instantaneamente.

- Bom dia amor. - Sorrio ainda mais ao ouvi-lo me chamar de amor.

- Bom dia. - Me viro ficando de frente para o par de olhos castanhos na qual eu amo olhar.

- Porque está me olhando assim? - O Matthew pergunta.

- Assim como? - Pergunto me fazendo de desentendida.

- Como se estivesse apreciando uma obra de arte. - Responde.

- Talvez eu esteja, Deus fez uma verdadeira obra de arte. - Sorrio.

- Então Ele fez duas obras de arte, você e eu, uma perfeita combinação. - Diz.

- Nossa autoestima tá indo nas nuvens já. - Falo rindo.

- É só verdades, anjo. - Fala.

- Que horas são? - Pergunto.

- Tem outro compromisso melhor do que ficar aqui comigo? - Diz-me. - São 9hrs.

- Preferia ficar aqui com você, mas ambos temos obrigações a se cumprir. - Falo.

- Infelizmente. Acho que deveríamos fugir para um lugar muito distante, assim ninguém encontraria a gente e passaríamos ótimos momentos. - Fala.

- Eu ia amar. Uma ilha isolada, nós tomando sol, bebendo água de coco... - Complemento. - Mas a vida nem sempre é como a gente quer. Então vou tomar um banho se quiser me acompanhar deixarei a porta destrancada.

- Acabou as consequências? - Me pergunta.

- Por enquanto, então eu não brincaria com a sorte. - Respondo-o.

Depois do nosso maravilhoso banho, tomamos café da manha e cada um seguiu seu rumo.

Chego na base, cumprimento alguns colegas e me dirijo até a minha sala. Alguns minutos depois alguém bate em minha porta, peço que entre.

- Alice, Tudo bem? - O Sr. Calson pergunta.

- Estou sim e o Senhor?

- Também. Eu tenho um trabalho para você... Você vai a uma festa.

Continua...

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