Capítulo 22

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Depois de quase dez horas dentro do avião finalmente chegamos ao nosso destino, São Petersburgo.

Já estamos a caminho do hotel na qual alguns agentes ficaram  hospedados por um tempo, não vamos ficar em um local fixo e nem todos no mesmo hotel. Só iremos investigar e recolher informações necessárias sobre o que estão aprontando.

Acabamos de chegar no hotel, fingimos que nem nos conhecemos e que somos meras turistas. Faço meu check in e vou para meu quarto.

Quatro semanas depois.

Um mês se passou desde de nossa chegada, descobrimos que esses agentes inimigos fizeram um acordo com bioquímicos e dois cientistas para criarem um vírus fatal e transmissível, pretendem solta-lós através de uma bomba, confuso? Então nem me pergunte porque não sou dessa área. Ainda não conseguiram ter sucesso, descobrimos também que alguns desses agentes estão infiltrados na embaixada, ou seja, embaixo de nossos narizes.

Não podemos ter comunicação, a não ser que seja para informar alguma coisa, mas isso fica responsável por outros agentes. Meu irmão provavelmente vai me matar por não poder ter ido em seu casamento, eu havia mandado uma mensagem antes de vir para cá, mas mesmo assim...

Eu ainda penso muito no Matthew, fico me perguntando todas as noites quando fecho meus olhos para dormir se ele está bem. Sinto falta dos seus beijos, de dormir com ele, do contato da nossa pele, do seu toque... Fico imaginando se ele sente a mesma falta que eu estou sentindo.

Logo estaremos voltando, só precisamos descobrir nomes, soubemos de uma lista, mas não será muito fácil tê-la, estamos nesse momento arquitetando uma maneira de conseguir a lista e descobrir onde está.

Duas semanas depois

Mais duas semanas se passaram, hoje iremos colocar em prática nosso plano para pegar a lista. Estamos a caminho de uma residência, aparentemente sem perigo nenhum, mas tem exatos sete homens disfarçados de vigia naquela casa.

Quem mora na casa é uma senhora, isso mesmo, não sabemos se ela faz parte ou só seu filho. Todas as sextas ela vai ao supermercado e volta com várias sacolas, e eu vou me oferecer para ajudá-la.

- Senhora? Você quer ajuda? - Pergunto fingindo estar preocupada.

- É tão bom saber que ainda existem pessoas como você, eu aceito sua ajuda. - Me responde contente.

- Verdade, o mundo hoje está cada vez mais ignorante.

- Concordo, um dia desses eu estava voltando do mercado e vi uma turminha de adolescentes, eu reclamando do peso e eles nem me ajudaram, você acredita nisso? - Ela fala.

- Sério? Que chato. - Eu falo.

- Não vai ficar ruim para você? Minha casa é ali perto, mas se não for seu caminho não tem problema. - Ela pergunta.

- Não, imagina, é o mesmo caminho que o meu, e não tenho nenhum compromisso então não estou com pressa. - Respondo. Ela me dá um sorriso e vamos o caminho todo conversando, descobri que seu nome é Sônia, eu acho que ela não está envolvida com nada ela é tão doce.

- Eu moro aqui. - Ela me diz apontando para a casa a nossa frente. - Você quer entrar? Para tomar um chá ou um café... - Me pergunta.

- Ah, pode ser. - Sorrio.

Entramos em sua casa que é impecável, nada fora do lugar, um conjunto com tudo da cor branca. Ajudo a colocar as sacolas na cozinha, ela me pede para esperar na sala enquanto ela faz o chá. Vejo alguns portaretratos espalhados e fico olhando, pego um para ver mais de perto, é uma foto dela com o agente russo.

- É o meu neto. - Ela diz-me segurando uma bandeja com as xícaras. Neto dela? Achávamos que era seu filho.

- Parece muito com você... - Comento, colocando o portaretrato no lugar.

- Todos me dizem isso. - Ela sorri. - Ele mora comigo, mas no momento ele não está. - Me fala.

- Ah, e os pais dele? - Pergunto inocente. - Oh, desculpe minha intromissão.

- Imagina... Os pais dele morreram em um acidente de carro. - Ela diz com lágrimas nos olhos.

- Eu sinto muito, não devia ter perguntado... - Falo, a abraçando como forma de consolo.

Passado um tempo conversando peço para ir ao banheiro, ela me diz que é no andar de cima, aproveito a oportunidade para procurar a lista. Subo para o andar de cima e há quatro portas, assim que abro a segunda vejo que é o quarto do neto dela, começo a bisbilhotar com muita cautela  para não tirar nada do lugar ou fazer barulho, mas ao mesmo tempo rápido... Abro uma gaveta e encontro um envelope bem no fundo, o pego e quando abro meus olhos brilham, todos os nomes estavam ali, tinha até números de telefones. Rapidamente tiro foto com o celular que foi me dado, escuto um murmúrio lá em baixo e acho que ele chegou, guardo tudo da maneira que achei e desço.

- Achou o banheiro querida? - Ela me pergunta. Assinto um sim com a cabeça. - Esse é meu neto Andrey.

- Prazer, Rayssa. - O cumprimento com um aperto de mão.

- Não sabia que minha avó tem uma amiga tão bonita. - Ele me diz lançando um sorriso.

- Nos conhecemos hoje Andrey, ela me ajudou com as sacolas do mercado e eu a convidei, ela é uma boa moça. - Sra. Sônia diz contente.

- Interessante. - Andrey diz. - Seu russo é ótimo, mas creio que seja estrangeiro Rayssa. - Comenta.

- Sou sim. - Digo sorrindo.

- O que faz em um país como a Rússia? - Ele pergunta meio desconfiado.

- Eu gosto muito da cultura e vim praticar o idioma também. - Respondo, mas acho que ele não caiu na minha lábia. - Na verdade, eu vim pra cá para espairecer, eu terminei um relacionamento meio conturbado e eu resolvi mudar, literalmente.

- Te entendo, tem pessoas que não servem para a nossa vida então temos que deixá-las... - Ele fala. Suspiro aliviada por ele ter acreditado.

- Eu tenho que ir, gostei de conhecer vocês não conheço muitas pessoas ainda, muito obrigada pelo chá. - Falo.

- Eu te acompanho até a porta. -  Andrey diz. Me despeço da Sra. Sônia e vou para fora com Andrey na minha cola.

- Espero te ver mais vezes. - Diz-me. - Para você. - Ele me entrega um cartão com seu número.

- Obrigada. - Sorrio, atá que vou ligar, provavelmente daqui dois dias vou estar de volta em Washington. - Tchau.

Vou embora para o hotel, senti que fui seguida, acho que ele quis uma confirmação, ainda bem que não entrei na van. Encontro com uma agente lá e entrego o celular com as imagens, logo recebemos a informação que podemos voltar.

Continua...

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