Capítulo 33

4.1K 261 9
                                    

Sinto meu corpo pesado e dolorido parece até que tem um elefante em cima de mim. Forço os meus olhos a abrirem, mas logo os fecho por conta da intensa claridade.

- Vou chamar o doutor. - Escuto uma voz feminina.

Vou me acostumando com a claridade aos poucos, noto que estou com vários fios pelo corpo ligados a um aparelho que fica fazendo um barulho entediante, logo um homem que creio ser o doutor entra.

- Alice, fico feliz em ver você acordada... - Ele diz. - Sou o Doutor Guilherme, responsável por você.

Tento falar algo, mas minha garganta totalmente seca reclama, o médico parece notar isso e pede um copo com água para a enfermeira, menos de um minuto depois ela volta. Ele me dá a água com calma e me sinto muito melhor.

- Vamos com calma, você ficou sem usar as cordas vocais por três dias... - Ele diz e arregalo os olhos, achei que tudo tinha acontecido ontem. - É, era para você ter acordado antes já que seu estado estava estável, mas parece que você queria mais um tempo de descanso. - Ele brinca.

- Você se lembra de tudo que aconteceu? - Me pergunta.

- Sim. - Minha voz sai um pouco rouca.

- Você perdeu muito sangue então é normal que se sinta fraca, cansada. Você foi atingida em baixo do seio direito, a bala ficou alojada, mas não tivemos complicações... - Ele me explica tudo que aconteceu e o que fizeram. O médico faz alguns testes e fala que voltará para fazer alguns exames.

- Vou avisar para seus familiares que você acordou. - Ele me avisa. - Seu marido ficará muito feliz, ele só saiu do quarto hoje por que eu o convenci de ir se alimentar. - Marido é?

- Tudo bem. - Falo.

Ele sai e nem dois minutos depois uma confusão é ouvida do lado de fora, e eu reconheço todas as vozes.

- Eu entro primeiro. - É a Isa.

- Eu tenho prioridade. - É a voz do Matthew.

- Desculpem informar, mas o irmão dela sou eu então quem vai entrar primeiro sou eu. - Não acredito que o Rafael tá aqui!

- Se acalmem, eu vou deixar todos vocês entrarem, mas isso é uma excessão então sem euforia lá dentro. - É a voz do Doutor Guilherme.

Assim que ele terminar de falar a sala é invadida por três pessoinhas que literalmente correm para cima de mim. Elas começam a falar todos juntos me deixando louca.

- Gente! Um de cada vez. - Obrigada Isa, leu meus pensamentos.

- Ali, que susto que você deu na gente, quando me disseram eu não acreditei, eu quase infartei. - A Isa diz.

- Eu... eu não me lembro de você. - Falo brincando, a cara de confusão deles é a melhor.

- Alice sou eu a Isa, sua melhor amiga. - Ela diz preocupada.

- Eu sou o Rafael seu irmão e esse ser infelizmente é o seu namorado. - O Rafa diz.

- Eu não conheço nenhum de vocês.

- Amor, olha para mim, não tem como você me esquecer. - Ele diz, e eu me seguro muito para não rir. - Eu não entendo o médico disse que ela estava bem.

Não aguento mais e caio na gargalhada, mas logo me controlo quando sinto fisgadas no machucado.

- A expressão de vocês foi muito engraçada. - Falo.

- Alice não teve graça. - A Isa diz fingindo estar brava.

- Eu sabia, não tem como você me esquecer porque eu sou inesquecível. - O Rafa fala.

Foco AliceOnde histórias criam vida. Descubra agora