Capítulo 3 - Diretora, AGORA!

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POV Mel

- O que é que se passou hoje na escola que te deixou tão nervosa? - O meu pai perguntou-me e eu engoli em seco. Ai e agora!! O que é que eu vou dizer ao meu pai. - Estou a falar contigo, Mel! - Eu olhei para a minha mãe e ela estava séria a olhar para mim e para o meu pai enquanto o David permanecia calado. 

- Não se passou na-a-da! – Gaguejar não ajuda em nada, Mel. O meu pai suspirou e voltou a olhar para mim.

- Não vou perguntar de novo, Mel! O que é que se passou? – O meu pai insistiu e eu sei que ele estava a ficar impaciente.

- É sério, pai! Não se passou nada e eu não estou nervosa, apenas deixei cair o copo sem querer. - Eu falei sem gaguejar e ele continua a olhar para mim desconfiado.

- É suposto eu acreditar nisso? - Ele perguntou-me e eu assenti ligeiramente. - Pois eu não acredito! - Ele falou sério e eu já não sabia mais o que dizer.

- Já te disse que não precisas estar nervosa, Mel! - A minha mãe falou de repente e nós olhamos para ela admirados enquanto ela se sentou ao lado do meu pai.

- Nervosa com o quê, mãe? - O David perguntou e eu continuava a olhar para minha mãe.

- A diretora escolheu a Mel para fazer as boas vindas aos alunos novos da escola, amanhã. E ela está muito nervosa mas sem motivos para isso, não é filha? - A minha mãe perguntou-me e eu sorri ligeiramente. A minha mãe é um anjo! É verdade que eu vou ter que fazer isso amanhã, mas eu não estou nervosa. Mas passei a estar por essa razão! Ai como eu amo a minha mãe.    

- Tu não precisas de ficar nervosa por causa disso, Mel! - O meu pai falou e eu sorri ligeiramente para ele. - Tu tens muito jeito para essas coisas. - Ele sorriu para mim e isto é sinal que ele acreditou no que a minha mãe falou.

- Pois é, tu fazes isso na boa, mana! Não era preciso partires o copo! - O David brincou e nós gargalhamos.

- Desculpem pelo copo! É que eu fico mesmo nervosa e depois não consigo controlar. – Eu falei mais calma e eles assentiram. Nós voltamos a comer e a minha mãe piscou-me o olho discretamente e eu sorri.

- Isto está fenomenal, Bianca! Podias fazer todos os dias. – O David elogiou a comida da Bianca e os meus pais sorriram concordando com ele.

- E depois em vez do mister te utilizar como jogador utiliza-te como a bola do jogo! - Eu falei e o David fez-me uma cara muito engraçada. - Gordo! - Eu brinquei e ele fez uma cara de ofendido.

- Isso é tudo inveja, maninha! - Ele brincou e eu ia para responder.

- Já chega! Odeio quando vocês se provocam dessa maneira! - A minha mãe falou séria.

- Desculpa! - Nós falamos ao mesmo tempo e o meu pai estava a fazer alguma força para não rir. 

- Invejosa! - O David sussurrou.

- Gordo! - Eu sussurrei de volta e logo começamos a rir. 

(…)

Pov Bela

- Tu deves ser surdo, David! Eu já te mandei para a cama. - Eu estava na porta do quarto dele e já era a 5ª vez que o mandava para a cama.

- Ainda é cedo, mãe! – Ele respondeu-me e continuava a olhar para aquele ecrã fixamente enquanto jogava consola.

- Amanhã é dia de escola, David! - Eu falei, mas ele simplesmente ignorou-me. - Ai é assim! Já vais ver então. - Eu sai do quarto enfurecida e fui ao meu quarto.

O Fruto do Nosso Amor 2Onde histórias criam vida. Descubra agora