Capítulo 34 - Desespero! (Parte 3)

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Pov Josh

- Conseguimos! – O Gui falou baixo assim que entrámos dentro de casa.

Como combinado eu e o Gui trepamos a árvore que daria até à janela do quarto do David. Por sorte a janela estava aberta e não tivemos dificuldade em entrar. Eu ainda não acredito que estou a fazer isto, mas seria pior se tivesse deixado o Gui fazer isto sozinho, apesar de ele ser maluco o suficiente para isso.

- Boa! Já estamos cá dentro e agora? – Eu perguntei ao Gui que apenas deu de ombros.

- Eu só pensei num plano para entrarmos. Agora, seja o que Deus quiser. - Ele respondeu calmamente e eu fiquei com vontade de lhe bater.

- Que ótimo plano, Gui! Lembra-me para nunca mais confiar nas tuas brilhantes ideias. – Eu falei um pouco chateado e ele sorriu ligeiramente.

- Tem calma, Josh! Vais ver que vamos encontrar alguma maneira. – O Gui falou otimista e eu suspirei.

- No que é que eu me fui meter. – Eu comentei e ele riu baixinho.

- Temos que arranjar um plano e rápido! – O Gui falou e eu assenti começando a pensar numa ideia qualquer.

- E que seja um plano que de preferência todos nós saiamos vivos daqui! – Eu disse sério.

- Mas é claro! Se eu morrer a minha mãe mata-me! - O Gui falou sério e eu sorri ligeiramente.

- Pois, prepara-te porque se sairmos daqui vivos, acho que vais ficar de castigo até aos teus cinquenta anos. - Eu falei e ele arregalou os olhos.

- Não vamos pensar nisso agora! Vamos nos concentrar! – Ele pediu e eu assenti.

(...)

Eu e o Gui ficamos por alguns minutos a pensar em algum plano que pudesse dar certo, e logo nos surgiu uma ideia que até podia resultar. Nós saímos do quarto muito devagarinho e assim que abrimos a porta já conseguíamos ouvir vozes na sala. Então, eles estão na sala de estar, o que nos ajudava bastante. Como combinado, o Gui foi até ao quarto do David buscar algo que seria essencial para o nosso plano resultar. Assim que o Gui saiu do quarto, sorri ligeiramente ao ver na sua mão uma arma de plástico que o David tinha guardada. O Gui lembrou-se dessa arma de brincar e confesso que ela passa bem por uma arma verdadeira. Eu só espero que o homem seja muito burro e pode ser que até nos consigamos safar desta.

Para dar seguimento ao plano, nós descemos as escadas muito devagarinho e quando já tínhamos visão da sala paramos. O velho estava mesmo sentado de costas para nós, parece que tudo está a favor do nosso plano. O David estava sentado no sofá de frente para o homem e arrepiei-me assim que vi o mesmo apontar uma arma na direção dele. O David estava de cabeça baixa e ainda não tinha dado por nós, reparei também que a Letícia dormia ao lado do David. Eu observei tudo com cuidado e o plano até podia correr bem.

- Estás preparado? - O Gui perguntou-me baixinho e eu engoli em seco e assenti.

- É agora ou nunca! – Eu falei e o Gui assentiu um pouco nervoso.

Inspirei fundo e agarrei na arma de brincar do David com alguma força. Eu continuei a descer as escadas muito devagar para não fazer barulho nenhum e andei em direção ao homem, que até agora não deu pela nossa presença. O David entretanto olhou para cima e ele arregalou os olhos assim que me viu. Eu neguei logo com a cabeça e ele voltou a agir como se nada se tivesse a acontecer. Assim que cheguei perto do homem, inspirei novamente fundo e coloquei a arma nas costas dele.

- Larga a arma e nada de mal vai acontecer! – Eu falei e o homem ficou logo tenso assim que se apercebeu que não estava sozinha e que alguém lhe estava a apontar uma arma.

O Fruto do Nosso Amor 2Onde histórias criam vida. Descubra agora