36: Zayn

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 Mil e uma palavras voam soltas em minha cabeça e não consigo por nenhuma em ordem. Merda! Porque aquela mulherzinha tinha que aparecer justo agora?

- Ela está mentindo. – digo por fim.

- Desenvolva sua resposta.

- Eu não tenho filho, não biológico. Eu tive um caso com ela, há muito tempo, no inicio da minha carreira e me apaixonei. Ela aproveitou desse sentimento e inventou uma falsa gravidez. Bem, não completamente falsa.

- Você tem um filho ou não, seja direto.

- Sim e não. Porra, mais ou menos.

- Como? Não tem como foder mais ou menos.

- Quando o bebê nasceu fiz teste de DNA, deu negativo, eu não era o pai, biologicamente falando. Mas fiquei com pena daquela criança e assumi o bebê, mesmo não sendo meu. O nome dele é Nicholas e tem cinco anos, é meu orgulho. Chama-me de pai e tudo. Mas mantenho em segredo, não quero expor ele assim. Pago pensão e passo alguns fins de semanas com ele. E-eu amo aquele pirralho, ele é o meu mundo.

- Por que você nunca me contou? – pergunta ele vindo em minha direção.

- Fiquei com medo de você achar que sou um homem sem alma ou algo do tipo.

- Você é tudo, Zayn, menos um ser humano desalmado. – e beija meu pescoço – Então você o adotou?

- Sim.

- E gosta dele? – outro beijo, no canto da boca.

- Muito.

- Bom.

- Você está com raiva? – pergunto.

- Não, pelo contrario. Essa sua historia de bom samaritano me conquistou e muito.

- Legal.

- Você não está mentindo, né? – indaga ela encarando meus olhos.

- Eu prefiro arrancar um membro sem anestesia do que mentir para você, gatinha.

- Bom saber disso. – ele brinca e segura meu pau que endurece sob a calça – Só não arranca esse membro, é a parte que mais gosto do seu corpo.

- Ah é? – provoco segurando sua cintura.

- Sim, e muito.

- Quando vou conhecer, o seu filho?

- Quando você quiser.

- Que tal no próximo fim de semana? – propõe ela.

- Que seja no próximo fim de semana.

- Ótimo.

- Ótimo. – digo.

Ela me beija e começamos, mais uma vez, outra rodada de sexo quente e gostoso.



Las Vegas continua da mesma maneira que a vi pela última vez: Grande, colorida, diversidades em drinks e cheia de jogos. Esse último item alegra-me. Sempre fui muito bom com jogos de sorte. Por isso, quando Melissa acorda em meus braços, nua e linda, eu digo com um sorrisão no rosto:

- Anima de ir ao um cassino agora?

Ela me encara e diz:

- Zayn, já está muito tarde.

- E daí?

- E daí que, além de estar tarde pra cacete, eu tenho dezenove anos e...

- E o foda-se. – respondo rindo e ajoelhando-me em sua frente – Vamos, gatinha.

- Zayn, não acho boa ideia.

- Ah, vamos logo! O que custa?

Melissa fica calada por segundos que mais se parecem horas e, com uma ruguinha de preocupação entre suas belas sobrancelhas, diz, meio temerosa:

- Ok, vamos lá.

- Valeu, gatinha.

Corro e tomo uma ducha rápida, preparando-me para ganhar uma bolada de verdinhas.

Louco por VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora