Eighteen

120 7 0
                                    



-Gosta de comida italiana?!

-Se você se refere a massas como pizzas,macarrões, o queijo... adoro! -Ele ri. Me limito a esboçar um sorriso.

Ele puxa o freio de mão e desliga o motor:

-Justo...

Eu ia abrir a porta mas ele me olha com cara feia:

-O que?!

-Sério?! É seu primeiro encontro, eu irei abrir a porta! Não que você se importe, mas eu sim. Já disse, esta noite será especial!

-Own ele é romântico gente! -Aperto sua bochecha.- Adorei descobrir esse seu lado- Ele tira minha mão e beija a costa dela. Ambos rimos.

-Não tenho só esse lado Lucy...

-Então espero conhecer o outro... anda cavalheiro... Vá e abra a porta de sua carruagem! -Debocho dele e quando tento tirar minha mão da sua ele a segura e faz uma careta. Passa o polegar nela num gesto carinhoso.

-Certo.- Ele a solta e abre a porta saindo do veículo e o contornando e abrindo o meu lado. - Mademosel... -ele estende sua mão para que eu a pegue. Eu rio e aceito.

Assim que nós certificamos o carro estar trancado e acionado o alarme, caminhamos poucos metros na calçada de mãos dadas. Entramos no restaurante Italiano, Justin nos leva a uma mesa reservada, onde logo um garçom vem entregar os cardápios.

Em meio às brincadeiras e conversas um foi conhecendo o outro, posso dizer que foi o melhor primeiro encontro, quando ele disse que ia ser especial,conseguiu comprar com sua palavra. Era por volta das dez quando ele me deixa em casa, ambos estávamos fora do veículo ele encostado no seu carro e eu de frente para ele:

-Você era uma pestinha quando criança Lucy! -rimos.

-sim! -Ele olha o relógio -Ugh, estou tomando seu tempo né? Deve estar cansado...

-Que não! Eu que... isso é patético. Sabia que eu estava achando isso em relação a você?!

Soltamos gargalhadas:

-Quer andar pelo quarteirão!!? Deve ser um desconforto achar que minha mãe vai sair por aquela porta não?! -Ele da os ombros. Estendo minha mão.- Vem!

Ele entrelaça os dedos nos meus e um arrepio passa por minha espinha. Caminhamos alguns minutos em silêncio até o assunto surgir novamente:

-Você diz que eu era uma peste mas ao que parece você também não fugia do título não é mesmo?!

-É... nisso eu concordo! - E lá estávamos pela sétima vez enfrente de casa- Já e a sétima vez que te levo pra casa! -Ele debocha.

-Que tal uma oitava?! -Arqueio a sobrancelha.

-Justo! -Ele passa a mão em minha cintura.- Então... você não me contou. Nunca namorou nem nada?!

-Já, tinha treze anos, mas não passou de uns dois meses só de mimos e beijos. Ele se mudou. Desde aí, só consegui paqueras! -Abaixo meu olhar. Ele fica a minha frente e sua mão levanta minha cabeça.

-Você é especial sabia?! Não é do tipo de garota que deve ficar com um garoto qualquer. Você merece melhor. Eu me pergunto se eu sou capaz de ser isso.

Quando essas palavras chegam aos meus ouvidos, o ar que estavam em meus pulmões saem de uma vez. Nossos olhos não se desviaram, sentia seu corpo se aproximar do meu aos poucos.

Nossas faces juntas, se unindo até sentirmos os lábios um do outro,o beijo que imaginava, desde que eu comecei a nutrir sentimentos por ele.

Ficamos assim por alguns minutos até seu celular tocar:

-Meu pai!- Ele tinha a mão esquerda em meu pescoço e a direita olhava o celular.

-Já é tarde, você precisa ir...-Ele faz beicinho- Não faz isso. Você sabe que não pode ficar! -tento não sorrir. Ele guarda o celular e volta envolver meu rosto com suas mãos grandes.

-Queria poder ficar.. É pedir demais!? -Apenas mordo o lábio inferior - Sabe o quão sexy fica mordendo a boca?!- Solto o lábio e ele ri- ainda sim continuo achando sexy! -Ele sela meus lábios.

Nos despedimos e eu espero seu veículo sumir no fim do quarteirão. Entro em casa e vejo as luzes apagadas, vou para meu quarto e me jogo na cama,não acreditando no que aconteceu nessa noite e caindo em sono profundo.

A Garota Que Ele Nunca Percebeu || J.B. & L.P.Onde histórias criam vida. Descubra agora