Twenty Seven

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Estava no meu quarto arrumando minha mochila, Liam estava lá embaixo conversando com meu pai sobre o jogo desse fim de semana. Assim que acabo desço as escadas e ouço minha mãe falar:

-Liam o que acha de aproveitarmos esse fim de semana e fazer aquele almoço que a Karen tanto quer?!

-Acho uma boa ideia tia. Mamãe vai gostar da ideia.

-Não se esqueça do maravilhoso escondidinho de frango que a Karen faz. - Papai diz e eu me pego rindo com o restante deles.Jogo minha bolsa no sofá.

-Está pronta?!

-Tudo certo! -Sorrio.

-Então vamos.

-Mais já garoto?! Fiquem pra janta! -Meu pai diz.

-Quando avisei mamãe da Lucy ela fez questão de preparar o jantar igual fazia toda vez que Lucy dormia lá em casa! -Ele sorri.

-Ahh! A tia fez torta de limão?! E bolo de chocolate?!

-É provavelmente.

-É pai não é dessa vez! -Dou um beijo em sua bochecha e ouço seu riso. Vou até a mamãe que conversava com a tia Meg na cozinha e dou um beijo nas duas -Tchau mãe, tchau Tia.

-Tchau querida! -Dizem em uníssono.

Liam me esperava no hall de entrada todo alegre, acabo por rir da sua figura:

-O que é tão engraçado?! -Ele tenta fechar a cara mas sem sucesso.

-Você! -Fecho a porta. E caminhamos para o carro.

-Eu?!

-É! -Abro a porta do veículo.- Parece quando éramos pequenos, quando ficava todo eufórico toda vez que ia dormir na sua casa! -Acabo por rir e ele sorri.

-Como disse Little Bear, algumas coisas não mudam.

-É eu gosto assim! -Ponho o sinto e ele faz o mesmo.

-Eu também.

Ele arranca com o carro e íamos conversando sobre a nossa infância o que mais sentíamos falta. Nem me apercebi de que havíamos chegado já:

-O papo estava realmente bom! -Brinco.

-Verdade! -Ele sorri e abre a porta do carro e vai até o portão da garagem. Ele o abre e volta para o carro.

Liam conduz o veículo para dentro do imóvel e o estaciona. Eu saio do mesmo e vejo o moreno abaixar o portão, trancando de seguida. Pego minha mochila e ouço o alarme do automóvel soar.

Liam abre a porta que dá acesso a cozinha e vejo Tia Karen com Ruth cozinhando:

-Vocês chegaram! -Tia exclama e vai direto lavar as mãos.

-Acho que vou ter que me re-acostumar com a atenção voltada a você querida Little Bear. -Liam diz ao meu ouvido e pega minha bolsa andando em direção as escadas.

Eu fico lá conversando com a Tia e a Ruth:

-Mamãe estava falando com Liam sobre o almoço de vocês duas, e papai pediu para ele lembrar do seu maravilhoso escondidinho de frango.

-É, Mattew sempre gostou dos meus escondidinhos. Mas é claro que farei para ele, uma forma só dele! -Rimos.

-Ele vai adorar... -Digo.

-Eu lembro pouco do Tio Matt. Mas ainda sim consigo lembrar das vezes que ele me ensinava a jogar futebol americano. -Ruth ri baixinho. -Ele me fazia rir muito.

-Papai é muito humorado. -Comento.- atua quer ajuda?! Sabe... sempre posso ajudar...

-Não querida, damos conta do trabalho não é Ruth?! -Tia Karen a olha e Ruth sorri. -Vai lá com Liam.

Relutante eu vou. Assim que chego no seu quarto vejo ele por lençol na outra cama vazia:

-Minha mãe nunca tirou a cama daqui, ela dizia que nunca sabia quando a veria aqui de novo! -Ele diz sem olhar para mim.Pego a fronha e ponho no travesseiro.

-Isso seria bom?! -Faço uma careta.- Nossas mães tem um sexto sentido muito peculiar, minha mãe dizia que em breve tudo ia melhorar e voltaríamos como éramos antes com a diferença que seríamos melhores!

-É estranho não?! -Rimos.

-Total. Mas eu acho isso bom, olha onde estamos!

-Verdade. O que quer fazer agora?!

-Hummm!!! Não sei! -Sento na sua cama.- Lembra daquela vez que você ficou tirando sarro de mim por que eu tinha fobia de aranhas!? E eu fui me vingar de noite com uma colher?! Você ainda tem medo de colher Boo?! -Pergunto matreira.

-Lembro. E bem. Isso é tipo sua fobia, não medo. -Ele faz bico e eu acabo por rir. - Não tem graça Bear!

-Oh sim!!! Como uma pessoa com seus 17 anos tem fobia a colheres?! -Gargalho.

-Você me paga! -Ele vem ao meu encontro e pra fazer casquinhas mas rapidamente saio do quarto correndo gargalhando.

Passo pelo sofá e ele fica na outra ponta, damos voltas no sofá:

-Ah Lucy, você vai aprender a não debochar da minha fobia! -Gritava e eu ria correndo.

-Tia Karen...- Grito rindo e indo na cozinha e ele vinha atrás, me escondo atrás dela que ria também.

-Vocês dois parem! Parece que voltaram a ter dez anos, Deus! Andem vão tomar banho a janta está saindo.

-Faz ele não me dar cosquinhas .

-Liam, vai tomar banho do banheiro do corredor, sobe eu quero ouvir o barulho do chuveiro. Lucy vai tomar banho no seu quarto.

-Mãe! -Ele bufa assim como tinha seus dez anos e eu estava me divertindo.

-Já! -Ela diz autoritária. Ele sai marchando e eu suspiro- Vocês só aprontam não é dona Lucy!

-Foi mal tia!

-Tudo bem...

Subo pro andar de cima novamente e vejo que ele não estava no quarto, pego meu pijama e fecho a bolsa:

-Eu andei percebendo que não usa mais os óculos! Você não precisa ou usa lentes?! -Ouço sua voz ecoar no quarto e olho para trás, ele estava encostado no batente da porta.

-Hmm. Eu to usando lentes. Meus óculos quebraram e eu pedi para minha mãe comprar lentes. -Digo atrapalhada.

-Eu gostava da antiga Lucy de óculos. Mas gosto mais dessa de agora também! -Ele sorri e caminha até a cômoda pegando uma cueca- estava esquecendo ! -Diz simpático. E depois some no corredor.

A Garota Que Ele Nunca Percebeu || J.B. & L.P.Onde histórias criam vida. Descubra agora