Pérola
Foi difícil recuperar a respiração com o cretino ainda dentro de mim. Nem acreditava que aquilo tivesse acontecido bem no banheiro da floricultura e tendo Michael como telespectador. Apesar da surpresa inicial, eu não recuei, precisava daquilo, precisava ser dele novamente. Então, deixei que me possuísse de forma bruta, firme e implacável. Estava perdida com aquele homem. A intensidade dele me causava receio. Não que fosse me apaixonar. Homens como Márcio, que vêm com um letreiro avisando perigo, não são confiáveis no quesito amor.
Ainda estava processando a presença mumificada de Michael quando o estrondo da porta me fez tremer. Márcio com um chute a fez bater. Só espero que o nariz do Michael não precise de plástica. Senti ele saindo de dentro de mim e gemi. Michael tinha que aparecer logo agora?
Pérola: Tá vendo o que você fez, seu cretino? - o homem era uma máquina de sexo, mas quando tudo acabava a minha irritação com ele voltava ainda maior.
Márcio: Deixa de ser sonsa, maluca. - subiu a calça e tive vontade de chorar - Você bem que quis.
Pérola: Você não me deu escolha. - rebati vendo ele revirar os olhos de deboche.
Márcio: Dei sim. - passava as mãos nos cabelos tentando se recompor - Você podia ter pedido mais lento, mas bem que gostou, né safada?
Pérola: Com que cara vou olhar agora pro Michael? - eu realmente era muito sonsa.
Márcio: Com a mesma cara de maluca que olha para todos. Agora deixa de gracinha e vamos ver se ele ainda está vivo. - tentei me recompor, mas dessa vez, ele saiu vencedor, pois antes que eu colocasse minha calcinha, ele a tomou da minha mão e a guardou no bolso da sua calça.
Pérola: Márcio? - tentei pegar de volta, mas ele se afastou. - Eu não posso ficar sem calcinha. Já viu o tamanho do meu vestido? - lancei a ele o meu olhar mais duro, mas não funcionou. Merda!
Márcio: Pode e vai - disse secamente. O desgraçado ainda teve a audácia de sorrir. - Basta não agachar.Não abrir as pernas. Ou seja, não fazer nenhum movimento que deixe essa bundinha linda à mostra. - meu queixo caiu até o chão e, em seguida, eu fechei a boca, com medo de ter deslocado o maxilar. Márcio deu dois passos à frente e colocou a mão por baixo da minha roupa, apertando com força minha bunda. Seus olhos brilhavam e esse era o único vestígio de que acabava de me dar uma das melhores transas da minha vida. Enquanto eu mal respirava, tentando arrumar o cabelo que mais parecia um ninho de passarinho, ele estava intacto, sem nenhum sinal de que tinha me possuído como louco. - Não sei que feitiço você exerce sobre mim, sua maldita. - Ele me segurou e me colocou sentada sobre o balcão do banheiro. Enrolei minhas pernas em sua cintura, o puxando mais contra mim. Suas mãos alisaram minhas coxas, subindo mais uma vez meu vestido. Estava exposta para ele. Pronta para recebê-lo novamente quando ouvimos uma batida na porta.
Michael: Vocês dois querem parar de acasalar no banheiro? - gritou. - Estou precisando de água com açúcar. Quem vai me dar? - o cretino soltou um palavrão frustrado e me puxou de volta, me colocando no chão.
Márcio: Mantenha as pernas fechadas. - ajeitou minha roupa e apontou o indicador para mim e destrancou a porta,saindo. Fiquei ali parada, como uma idiota. Ele saiu como se nada tivesse acontecido. - Vai ficar aí?
Pérola: Estou indo. - me olhei mais uma vez no espelho, ajeitei meu decote e decidi sair.
Michael andava de um lado para o outro. A hora do drama estava prestes a começar. Conhecendo meu amigo, não duvidava que quisesse até ir para a terapia. Quando cheguei mais perto, notei o suor escorrer por sua testa. O cara estava uma pilha e Márcio parecia não está nem aí para o chilique de Michael.